~ Adam Lins?. ~

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Zulema On

-- Bom dia! -Um homem bem educado e arrumado adentra o elevador.-

-- Bom dia! -Respondo de volta simpática.-

Ele sorria contente e mexia no celular, creio que resolvendo alguns assuntos.

O perfume do mesmo tomou conta de todo aquele espaço pequeno do elevador, confesso que era um cheiro um pouco... Enjoativo.

Mas o brilho no olhar, a felicidade que ele transmitia fazia com que esse cheiro fosse o de menos.

Ele me olhou mais uma vez e eu estava fitando o chão a minha frente.

-- É.. Eu posso saber seu nome? -Pergunta se virando um pouco para mim.-

Eu penso um pouco antes de responder, afinal, por que ele estava conversando comigo?

Mas, logo respondo, eu não seria má educada a esse ponto, não é?

-- Zulema, Zulema Zahir. -Digo levantando o olhar e encontrando seus olhos.-

Ele me observava com atenção, parece que gostou de mim de alguma maneira.. Parece que me conhecia.

-- Eu adorei seu nome, Zahir. -Diz simpático e solta um sorriso.-
-- Posso lhe chamar de Zahir? -Pergunta estendendo a mão para me cumprimentar.-

-- Claro! Pode sim. -Digo estendendo a mão para cumprimentá-lo e balançando-a firme.-
-- E o seu, é?... -Pergunto estreitando os olhos.-

-- Adam! Adam Lins! -Diz sorrindo e balança minha mão.-

Sorrio para o mesmo e soltamos nossas mãos. Esse elevador nunca chegaria ao andar da recepção?

-- Prazer, Lins! Posso lhe chamar assim? -Rio baixinho olhando-o.-

-- Mas é claro! Nem precisava perguntar. -Ele diz e dá uma piscada para mim.-

As portas metálicas do elevador são abertas revelando a recepção. Logo caminho para fora mas o Adam me segura pelo braço, fazendo-me olhar para trás.

-- Zahir.. É.. Eu gostei de você, parece uma companhia legal para tomar uns drinks. -Diz sorrindo.-

Eu nenhuma reação esboço, queria saber até onde ele iria.

-- Que tal você aceitar meu convite para ir em meu navio uma noite? Se não quiser eu entendo. -Ele fala tirando um número de telefone do bolso de seu terno.-

Entregando-me em minhas mãos, olho o papel e logo em seguida olho para o homem a minha frente.

Ele parecia rico, parecia ter grana e me chamou para ir para um navio tomar uns drinks..

Eu pesquisaria sobre ele, descobriria coisas e ai colocaria meu plano em prática. Por que não assaltar um navio?

Gostei da ideia, aceitaria sim. Faz tempo que não roubava nada, essa era uma boa.

-- Eu vou pensar, Lins! -Digo fazendo um bico e encostando o papel em minha boca.-

-- Espero que pense com carinho! -Ele diz e solta meu braço deixando-me ir.-

-- Pensarei! -Digo antes mesmo das portas fecharem novamente.-

Ele acena para mim e as portas são fechadas. Coloco o papel no meu bolso da calça e caminho para fora do apartamento.

Assim que saio resolvo passear um pouco, sentir o ar livre em meu rosto, sentir o vento bagunçar meu cabelo.

Sentir a grama nos pés. Eu estava precisando disso..

[...]

Sento-me em um banco afastada do pessoal da praça, havia crianças brincando.

Família se divertindo. Acabei por olhar uma mulher agachar e pegar sua filhinha no colo.

A menina ria, abraçava a mãe como se não houvesse o amanhã. A mãe balançava a menina em seus braços.

Ambas sorriam. Elas realmente estavam muito felizes. Chegou um homem por trás da mulher e logo abraçou-a.

A filhinha dizia "papai, papai, você chegou." eu apenas admirei a cena.

Quando era criança isso nunca tinha acontecido comigo.. E por alguns motivos eu acabei por fugir de casa.

E, eu também tive uma filha mas.. Eu não pude ter momentos assim com ela, ninguém sabia mas, isso me doía o coração.

-- Eu não acredito! -Uma voz alegre fala comigo, Saray! Tenho certeza.-

Viro-me para ver quem era, era Saray, sua esposa e sua filha Estrelita. A mesma já estava enorme e muito linda igual a Saray.

-- Cigana! -Digo animada e a mesma solta a mão de sua esposa e vem me abraçar.-

Ela me abraça forte, parecia que era a primeira vez que me encontrara em anos.

Retribuo o abraço apertado, ela me balança para um lado e para o outro, rio baixinho.

Nos separamos e eu olho-a nos olhos, continham um brilho imenso, a cigana estava imensamente feliz.

-- Você está linda, Cigana. -Digo sorrindo.-
-- E sua filha nem se fala, puxou a você! Linda que nem a mãe. -Olho Estrelita que sorria para mim.-

-- Mãe! Essa é a tia Zulema? -Ela arregala os olhos e sorria contente.-

Tia Zulema? Eu fiquei feliz com essa melação? Sim, eu tinha ficado feliz com isso.

-- Sim! Estrelita! Essa é a tia Zulema. -Saray diz sorrindo.-

Rapidamente Estrelita me abraça forte, ela repousava a cabeça em meu peito e sorria, feliz.

Eu abracei a mesma e sorria, ela me olha e fala baixinho em meu ouvido.

-- Você é foda, tia. Foi a mãe que disse isso! -Ela fala dando uma piscada pra mim e acaba sorrindo.-

-- Sua mãe disse isso de mim? -Rio baixinho olhando-a.-
-- Ela também é foda! A mais foda que eu conheço na vida. -Digo piscando para Estrelita e a mesma solta uma risada.-

Se afasta de mim e vai para a outra mãe, que estava rindo com a emoção da filha ao me conhecer.

-- Prazer em conhecê-la, Zulema. Saray fala muito de você, és realmente uma irmã para ela. -Diz olhando para mim e sorrindo.-

-- Ela também é uma irmã para mim. -Digo e sorrio para a mulher ao lado de Saray.-

-- Eu e Estrelita vamos ficar ali. -Ela aponta para um banco falando com a Saray.-

Saray confirma com a cabeça e as mesmas se retiram, deixando-nos a sós ali.

-- E ai, Zule.. Eu ainda não esqueci da Helena não, em? -Saray senta ao meu lado no banco da praça e começa a falar.-

-- Ai Saray.. De novo.. -Reviro os olhos e rio baixinho negando com a cabeça.-

-- Pode me contando! -Ela diz se aconchegando no banco.-
-- Tenho muito tempo. -Diz rindo me olhando.-

Respiro fundo e nego com a cabeça, Saray realmente não sairia dali se eu não contasse a ela sobre Helena.

***

Eitaa.. Quem é esse carinha?? Rum..

Estão gostando?? ❤

You always had me. (COMPLETA)Onde histórias criam vida. Descubra agora