Me desculpa,você sempre esteve certo...

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Revisado📌
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Nana pegou o táxi e foi para a casa de Mário.
Naquela tarde de sábado,chovia muito forte.Nana ficou o caminho inteiro olhando para fora,vendo as gotas d'água escorrendo pela janela bem devagar,de uma forma deprimente.

- A senhora...

- Eu não sou mais casada. - Ela responde de forma seca.

- Ah sim,me desculpe.A senhorita está indo pra casa?

- Não,não.Eu estou indo pra casa de um amigo resolver uns problemas de trabalho.

- Entendi. - O senhor responde fica em silêncio.

Nana chegou na casa de Mário,pagou o táxista e deu um sorriso triste ao senhor que parecia ter uns 60 anos.

- Cuidado com as palavras mocinha,seu amigo pode não entender o que quer expressar. - Ele diz como se soubesse o que ela iria fazer.

-Claro...-Nana respondeu confusa.

Como aquele senhor sabia que ela não ia resolver assuntos do trabalho?

Nana avisou ao porteiro,e subiu de escada para poder pensar bem,e aquilo que o táxista disse estava lhe acompanhando.
Ela parou em frente a porta de Mário,suspirou e deu umas batidinhas na porta.

- Nana,pode entrar. - Ele diz desanimado.

- Oi Mário. - Ela diz entrando no apartamento.

- Senta aí.- Mário diz e se senta no sofá também. - Quer alguma coisa?

- Sim.- Disse Nana. - Que você me perdoe.Me desculpa,você sempre esteve certo.

- C-como assim? - Ele gagueja,feliz e confuso.

- Eu...Descobri tudo,sobre aquele desgraçado do Diogo Mário.Ele é um assassino... - Ela diz tentando esconder as lágrimas.

- Nana...Vem cá,vem. - Mário disse e Nana tomou liberdade para se deitar em seu colo. - Eu sempre vou te perdoar.Sempre.

- Que bom... - Ela disse e olhou pra cima,enxugando mais lágrimas e sorrindo para Mário.

-Hum,quer um vinho? - Ele sorri sapeca.

- Quero.- Ela se sentou e sorriu.

Enquanto Mário buscou o vinho e as taças,ela tirou os sapatos e se acomodou melhor no sofá.

-Me diz como tá o comandante? - Mário diz enchendo as taças.

- Bem melhor agora que eu e a Loma nos acertamos de vez. - Ela diz pegando a taça cheia e bebendo um gole.

-Isso é bom.E a Sosô?

- Tá lá.Toda empolgada por que eu terminei com o traste,quer dizer,o Diogo. - Ela disse com um largo sorriso no rosto.

- Concordo com ela. - A risada de Mário se misturou com a risada de Nana naquele momento.

- Tá frio aqui né?Por que a gente não acende a lareira...? - Perguntou Nana dando outro gole no vinho.

- Boa. - Mário disse e foi acender a lareira.

Então,os dois ficaram ali,curtindo a lareira e rindo como se não houvesse mais ninguém no mundo.

- Nana? - Mário a chama e sorri.

-Sim. - Ela o olha.

-Você ainda toca violão? - Mário pergunta como quem não quer nada.

- Um pouco,mas toco. - Nana dá de ombros.

- Espera ai. - Mário disse e foi para o seu quarto.

O poeta voltou com um violão na mão,se sentou ao lado de Nana e sorriu.

- Toca pra gente? - Ele diz entregando o violão a ela.

- Mário... - Nana diz em tom de repreensão.

- Por favor...

- Tá bom. - Ela revira os olhos e sorri.

Nana pegou o violão e se ajeitou para tocar.

Deitada nessa cama-Thiago Iorc

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Dois corações ¡ Nanario - ConcluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora