Capítulo 11 - Coragem Líquida ❀

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Chegamos na casa do Brandon e por alguma razão, não me surpreendo com a decoração

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Chegamos na casa do Brandon e por alguma razão, não me surpreendo com a decoração. Ele é rico. No entanto, isso não detém a minha atenção. Estou mais curiosa sobre as pessoas do que no ambiente.

Nunca tinha visto tanta gente num só lugar, exceto, na escola. Não estou com saudades, as férias estão sendo benéficas, cheias de experiências.

De qualquer forma, ainda estou acompanhada dos meninos que após alguns segundos, acabam se dissipando e deixando-me sozinha.

— Que surpresa agradável! — Uma voz masculina sopra em meu ouvido, e, quando viro em sua direção, observo Brandon sem camisa e com gotículas de suor deslizando sob seu peitoral definido.

— Oi, Brandon. — Evito olhar em seus olhos, ou, para o seu corpo. Não consigo evitar, a vergonha parece queimar as minhas bochechas. — Me desculpe vir sem avisar.

— Que nada! — Ele gargalha e bebe um pouco mais do conteúdo de seu corpo vermelho de plástico. — Todos são bem vindos na minha casa, não precisa me telefonar para pedir permissão. Mas, se quiser o meu telefone eu te dou.

— Brandon, você sabe onde o Dante está? — Uma garota determinada e com um visual sexy e agressivo aparece, nem preciso me esforçar para lembrar de seu rosto.

— Oi para você também, Yala! — O moreno desvia sua atenção de nós, observando-a com uma certa malícia. — Acho que o Dante está fodendo alguma garota apaixonada por ele.

— Babaca! — Ela revira os olhos e me ignorando, sai sem se despedir. Então, Yala e Dante são namorados?!

Alguém chama a atenção de Brandon e ele diz que voltará em breve, dou um sorriso e espero ele se afastar para explorar sua casa, começando pela cozinha, preciso beber alguma coisa.

— Oi, você não deveria estar sozinha numa festa como essa. — Uma voz anuncia, estava prestes a ser grosseira, mas, percebo que é a garota que sempre sorri para mim na aula de dança.

— Acho que não sou boa com companhias. Sempre acabo sozinha. — Sorrio e estendo a mão para ela. — Meu nome é Stelly.

— Ah, tudo bem. Às vezes a nossa melhor companhia somos nós mesmas, é o que sempre digo. — Meu nome é Andressa, mas gosto de ser chamada de Andy. — Ela aperta a minha mão e ficamos em silêncio por um tempo.

— Então, qual é a sua série favorita? — Tento puxar assunto, mas Andy apenas sorri e segura em minha mão.

— Vamos beber alguma coisa, garota! Depois falamos sobre os gostosos das séries. — Ela gargalha e responde: — The Vampire Diaries é minha série favorita.

A música está alta, bastante alta, mas não me importo

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A música está alta, bastante alta, mas não me importo. Dançar parece uma terapia grupal com todas as células do meu corpo. Bebi demais, eu acho. Conversar com Andy foi a melhor parte da minha noite, pela primeira vez converso naturalmente com uma garota que não está interessada no meu dinheiro.

Estou me divertindo, estou bebendo. Isso parece ser tão novo, me sinto viva e eufórica. Não sei onde meu irmão está, onde Keller está e isso não me incomoda. Pela primeira vez, alguém não me diz o que devo fazer. Então, simplesmente beijo um garoto qualquer que nunca saberei o nome.

Quando a música acaba, começa outra que parece mais eletrizante. Sinto mãos deslizarem por minha cintura e percebo Brandon falando em meu ouvido algo que não consigo decifrar. Apenas concordo e sorrio, dançando com ele.

Mas, rapidamente sinto alguém nos separar, e nesse ato, sou levada para bem longe.

— Stelly, o que você está fazendo? — Bryan surge com os lábios inchados e vermelhos.

— Me divertindo que nem você, irmãozinho. — Sorrio e tento voltar para Brandon, mas sua mão me me impede.

— Acabou. Precisamos voltar para casa, você não está bem. — Ele me segura pelo punho e parece procurar alguém, percebo para onde estamos indo e vejo Dante e Yala se pegando perto do banheiro.

— Precisamos ir, Stelly não está bem. — Bryan espera Dante desgrudar da garota e meu irmão continua me segurando pelo pulso, tudo parece girar. No entanto, só quero dançar e beber mais.

Caminhamos até o carro e faço biquinho querendo voltar para a festa. Estou tonta demais para me soltar dele. Dante abre a porta do carro e eu entro, me acomodando no banco do carona.

— Vou procurar o Keller, volto já. — Bryan fecha a porta e me deixa sozinha com Dante. Tudo parece estar em câmera lenta, ele está ainda mais bonito.

— Isso é tão clichê, Stelly. Ficar bêbada na sua primeira festa. Lamentável. — Seu tom de reprovação, me faz sorrir.

— Só não é mais clichê porque você não se apaixonou por mim. O badboy misterioso e a mimadinha com transtornos de personalidade. — Desta vez, estou sorrindo, talvez alto demais.

— Eu não vou me apaixonar por você. Por que eu faria isso? — Ele revira os olhos e depois sorri, sendo afetado pela minha voz embriagada.

— Porque quando você me olha, seus olhos dizem coisas. — Acabo me inclinando na direção dele, que permanece no mesmo lugar.

— Que tipo de coisas? — Dante sorri, olhando fixamente nos meus olhos.

— Que você me acha linda. — sorriu e passo o indicador pelo rosto dele, sentindo na ponta do meu dedo a maciez de sua pele.

— Sim. Eu acho você linda, Stelly. Está satisfeita agora? — Dante tamborila os dedos compridos no volante e permanece inerte ao meu toque. Ou está ficando nervoso?

— Chegamos. — Keller aparece bêbado e quando eu o vejo, começo a rir ainda mais.

— Stellynha! Meu amor!  Você está tão linda hoje. Sabe que meu pai já quer que eu peça a sua mão em casamento? — Nós gargalhamos e Dante parece inquieto.

— Espera aí, vocês vão se casar? — O louro nos observa com atenção, com uma expressão que não consigo decifrar.

— Não. Não agora que conheci você, Dante.  — Digo com uma sinceridade que somente a bebida poderia fornecer, neste momento, todos se calam.

Uma coragem líquida pode cair bem às vezes, mas, e quando o efeito da bebida passar? Ainda seremos os mesmos?

Stelly | COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora