Capítulo 27 - Pele Exposta ❀

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   Apenas três dias para o meu aniversário, nada mais que isso, não desejava outra coisa além de paz e sossego

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   Apenas três dias para o meu aniversário, nada mais que isso, não desejava outra coisa além de paz e sossego. Porém, ter alguma autonomia não significava grande coisa para os Hoffman. Por isso, eu tinha algo para fazer antes de completar a maioridade. E precisava de alguém para realizar meu pedido inesperado. Sobre a festa, papai e mamãe não comentaram nada. Nadinha mesmo. O que foi ainda mais estranho. Mas, acho que estarmos nos divertindo com nossos noivos, na concepção do meu pai, não teria problema algum.

  Não tive como falar com Bryan, não pude entender as lágrimas dele, não pude entender como eu o magoei naquela noite. Tudo parecia confuso na minha cabeça, frases entrecortadas, lágrimas, verdades que não hesitei em revelar. Eu estava exposta para Dante, mas isso não mudou o que sentia por ele. 

   Não importava a quantidade de vezes que algo tentasse nos afastar, eu estava determinada, nada poderia me fazer mudar de ideia. Portanto, a sorte parecia estar do meu lado. Bryan e Gerald Hoffman estavam viajando por causa de um evento. Mamãe, como sempre, estava distraída em seu quarto. Nada acontecia naquela casa, nada poderia mudar esse tédio...

Exceto... Se eu tivesse mandado uma mensagem para Dante, pedindo que ele viesse urgentemente em minha casa. Mas de uma forma que ninguém nos visse. Precisávamos conversar e eu precisa estar sóbria para lidar com isso.

Algumas horas se passaram e nada aconteceu, acabei desistindo, indo tomar banho e comer besteiras na cozinha. Pela primeira vez eu poderia ter um tempo de paz. Ao voltar para o meu quarto, o encontrei despojado em minha cama. Seus olhos escuros, tão bonitos como sempre.

— Desculpe pela demora, tive alguns problemas. Mas, estou aqui. Queria conversar comigo? Estou ao seu dispor, Stelly. — Dante suspira fundo e senta na minha cama, continuo em pé, um pouco distante, articulado o que dizer.

— Não lembro bem o que disse naquele dia, mas gostaria de agradecer por ter me trazido até aqui. — Tento aproximar-me devagar, porém, ele parece estar desconfortável.

— Tudo bem, nós dois passamos do limite. Tudo ficou claro para nós, isso é o bastante. —  Ele se levanta e vou em sua direção, Dante congela, parece incapaz de se mexer ou ficar mais perto de mim.

— Sinto falta da sua amizade, das piadas sobre a minha roupa e todo o resto. Por que tem de ser assim? Por que está tentando me afastar? Logo agora quando mais preciso de você? — Mantenho toda a calma na voz, não posso chorar, de novo não.

— Desculpe, eu não posso. Não consigo apenas ser o seu amigo. — Ele tenta ir até a porta, mas o impeço. Cruzo os braços e suspiro fundo.

— Por que não? Por que é tão difícil assim? Eu fiz alguma coisa de errado? Todo mundo se afasta de mim, Dante. Mas, você fazendo isso, parte o meu coração. — Encaro seus olhos escuros e quando ele se aproxima, sinto a palma de sua mão envolver minha bochecha.

— Porque eu estou me apaixonando por você, Stellynha. Não posso te magoar, não posso acabar com tudo que planejei. Não pertencemos um ao outro. Era isso que queria ouvir de mim? — Uma lágrima toca o meu rosto, mas ele a limpa. — Não posso estragar a sua vida, a minha já é fodida demais. Você merece alguém melhor do que eu.

— Não pode decidir por quem vou me apaixonar, Dante. Eu não controlo isso, não controlo a vontade que tenho de beijar, toda vez que estamos perto um do outro. Não controlo essas coisas, o cheiro é tão convidativo, seu beijo... Você bagunçou a minha vida. — Fecho os olhos quando sinto os lábios dele tocarem meu pescoço, incapaz de me desvencilhar de seu toque.

— Por que está me dizendo essas coisas? Está "terminando" comigo, Stelly?  O que realmente quer de mim? Essa pergunta é tão idiota, eu poderia responder por você. Eu sou uma diversão para garotas como você. Está indo contra a vontade de seu pai. Eu sou seu entretenimento. — Ele sussurra em meu ouvido, sugando o lóbulo da minha orelha.

— E eu não sou o seu? Consigo ver que odeia o meu pai, Dante. Você abomina o nosso estilo de vida. Sou o seu divertimento também, quando pôs a língua dentro de mim, não estava pensando em como meu pai ficaria ao saber que estávamos indo tão longe? — Ponho minhas mãos no pescoço dele e aspiro cada partícula de seu perfume amadeirado. Se realmente não me quisesse, não estaríamos aqui. Sua boca está desejando a minha, percebo a ansiedade e...

Dante interrompe a minha provocação com um beijo quente, suas mãos estão segurando meu cabelo num rabo de cavalo enroscado e mal feito em seu braço. Ele o puxa com um pouco de força para beijar meu pescoço, gemo em sua boca quando sinto suas mãos dedilharem meu corpo. Ele me conduz até a cama e se debruça em meu corpo, me beijando, sugando a minha pele. Fecho as pernas para  evitar a sensação pulsante que vem de lá. Porém, Dante abre-as com cuidado e desliza seu dedo para cima e para baixo sob o tecido de mina calcinha.

Isso é tão gostoso...

Suas mãos grandes e agéis agora estão na minha bunda, me jogo sob o corpo dele e me esfrego lentamente, mostrando para ele que também sei brincar. Dante suspira fundo e joga a cabeça para trás, ele está se contendo. Se contendo para não se encaixar com força em mim, mas isso é  que mais quero hoje.

Livro-me da pouca roupa que eu estava, ficando completamente nua e exposta, levanto da cama e ele suspira fundo. Seus olhos brilham de desejo.

— Stelly... O que... ? —  Ele franze o cenho, mas antes que pergunte qualquer coisa, tiro a camisa dele, que não tenta resistir.

—  Não há espaço para arrependimentos, Dante. É tudo ou nada. Não importa se vamos foder com a vida um do outro amanhã, mas eu só quero que você me foda agora. — Dante é rápido em se livrar de suas roupas, ele volta  a beijar-me e pergunta se tenho certeza. Após dizer que sim, eu observo a pouca luz do meu quarto deixá-lo ainda mais bonito.

Seus beijos descem pelo meu corpo, da barriga até a minha parte sensível. Vibro de ansiedade e receio, quando sua língua quente me toca, fecho os olhos e esqueço quem somos. Meu nome, minha família, nada disso importa. Nada além desse momento. Seguro com força os lençóis, mexendo meu quadril e rebolando na boca dele. Sei o que pretende, me fazer ter o orgasmo daquela noite, mas isso não será o bastante. Tudo ou nada. Quando chego ao clímax em seus lábios, sinto meu corpo inteiro relaxar.

—  Tudo ou nada, Dante. Eu quero você. —  Sussurro com a respiração acelerada, meu coração pulsa com força em meu peito. Ansiedade, a euforia do orgasmo. Um misto de sensações. — Só vai com calma, eu sou virgem.

Ele não demora a acatar meu pedido, vejo-o ir até a sua calça e tirar da carteira uma embalagem metálica de camisinha. Mordo o lábio ao vê-lo introduzir em seu pênis e os olhos dele encontram os meus. Um cacho toca o meu rosto e sorriu pelo toque ter feito cócegas.

— Isso vai incomodar um pouco, mas se quiser, posso parar quando você pedir, certo? —  Consigo notar a  ansiedade dele, mas não é como a minha. Não é uma ansiedade inexperiente, ele sabe muito bem o que quer de mim.

Acabo concordando para tranquilizar o bad boy, suspiro fundo quando o sinto adentrar lentamente com seu membro em mim, sentindo não só um desconforto, mas algo similar a ser aberta de dentro para fora. Porra, como isso incomoda! Para me tranquilizar, Dante volta a me beijar e sabe que não vai conseguir entrar por completo em mim. Seus beijos me distraem do desconforto. Ele geme na minha boca em cada lento movimento que faz. Isso me deixa louca, eu poderia observá-lo fazendo isso a noite toda.

Nossas respirações são descompassadas e estão mescaladas, se transformando em uma só. Não acredito que estamos realmente fazendo isso. O garoto da conveniência, o bad boy dançarino...

Continuo envolvida na atmosfera sexual dele, nos beijamos com vontade e sinto ele tentar adentrar um pouco mais em mim, gemo em resposta mas deixo que ele busque mais espaço dentro de mim.

— Eu tentei covardemente manter distância de você, Stelly, mas não consegui. Estou apaixonado por você, mesmo sabendo que esse vai ser o maior erro da minha vida, não trocaria isso por nada. — Ele sussurra em meu ouvido, beijando meu pescoço, tendo um orgasmo em seguida.

Os gemidos dele foi o som mais gostoso que ouvi na vida. Não mudaria esse momento por nada, mas depois de hoje, não sei mais quem seremos de agora em diante.









Stelly | COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora