Epílogo

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Um ano depois

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Um ano depois...

    Stelly Beatrice Hoffman, que estava tão acostumada a ser silenciada e ignorada no palácio de cristal que chamava de lar, decidiu ser feliz ao lado do homem que ela amava e ninguém jamais poderia tirar isso dela. Depois de reencontrar Dante após o casamento desastroso, os dois decidiram ficar juntos e nada mais poderia separá-los. Stelly e Dante venderam parte de suas ações na empresa para investir em um sonho que ambos agora dividiam.

     Bryan permaneceu com sua parte e Keller comprou as ações de Stelly e pôde ao lado do então marido, se tornar um dos sócios da empresa. De início, não foi uma tarefa fácil, a mídia não foi nada gentil com o relacionamento, tampouco os acionistas conservadores engoliram o amor entre dois homens. Porém, aquilo não importava, como sócios majoritários, a presidência ficava nas mãos de quem eles quisessem, e quem poderia ser melhor do que Jessica? Ela tinha se dedicado à empresa anos a fio, ficando nos bastidores enquanto outras pessoas ganhavam os créditos por suas conquistas.

      James, claro, a apoiou desde o começo e torceu por sua esposa cabeça-dura. Jessi demorou a aceitar o pedido de casamento, mas não podia negar, aquele cara chato do trabalho era seu grande amor, ela também merecia ser feliz. Erica e Emma resolveram tirar umas férias merecidas de seus ex-maridos abusivos, resolvendo conhecer uma parte da Europa, gastando dinheiro com homens sarados e bons drinques.

Gerald estava investindo em um novo ramo do mercado, tentando coisas novas para seguir em frente. Ele ainda tinha muito a fazer, mas o primeiro passo foi torcer pela felicidade de seus filhos. Ainda há muito caminho pela frente, mas finalmente ele deu o primeiro passo. A família de Keller foi bem mais receptiva com a notícia, pois suas crenças exaltavam o amor como uma divindade suprema e que deveria ser respeitada. Thulia Zaphyrah agregou Bryan à família mais rápido do que o rapaz esperava e isso o deixou imensamente feliz. Ele tinha achado seu lugar no mundo, com certeza era nos braços do seu melhor amigo e seu amor.

Enquanto todos estavam em clima de recomeços e acertos, Stelly e Dante estavam na trilha de uma nova aventura, buscando a rota perfeita para Gailel Town, ouvindo suas músicas favoritas no carro esportivo de Dante, que dirigia vendo o cabelo loiro de Stelly se tornar um mar de fios emaranhados. Ela era sua definição de felicidade.

— Chegamos, finalmente! — diz em um tom alegre, observando o caos da cidade ganhar forma entre silhuetas de prédios e pessoas transitando apressadas pelas ruas.

— Você está com as chaves aí? — Stelly ajustou os fios soltos e o vestidinho jeans, quase saltando do carro e observando a imensa arquitetura que os recebia no centro da cidade. 

— Claro, amor. Eu não sou esqueço das coisas facilmente, não sou você — ele sorri, vestido com seus trajes pretos e típicos do look badboy. — Vamos! Vou levar essas caixas lá pra cima.

Stelly sorriu e revirou os olhos, pegando algumas caixas e ajudando Dante com a nova mudança. Ao adentrar no prédio, cumprimentaram o zelador e pegaram o primeiro elevador que viram. Dante fez uma de suas piadinhas sobre como Stelly estava sedentária e os dois lembraram rapidamente de como se conheceram. Tanta coisa mudou desde então...

— Uau, isso aqui é imenso! — Stelly irrompeu os pensamentos de Dante e deixou as caixas de lado, indo para o centro do salão, dando rodopios no ar. — Que lindo, Dante!

— É lindo mesmo, Stellynha! — concordou, observando o salão vazio, mas repleto de amor, um amor que transbordava pelas paredes e no chão lustroso. — Como vai se chamar?

— Que tal “Step by Step”? Não sou muito boa com nomes... — confidenciou, indo em direção ao amado.

— Hum, é interessante. Passos, foram os meus passos irresistíveis que me trouxeram você. A garota da conveniência, a loirinha dançarina... — Dante riu, se aproximando de Stelly e agarrando-a pela cintura. — Você mudou a minha vida, Stelly. Eu jamais saberia como te agradecer. Um garoto perdido e fodido de Lakeland, hoje construindo algo ao lado da garota mais linda do mundo. Eu sou um cara de sorte.

— Ah, você é sim, um cara de muita sorte... — brincou tímida, mesmo que as palavras honestas e profundas dele tenham tocado em seu coração. — Eu te amo, Dante. Esse é o nosso começo, do jeitinho que imaginamos — ela o abraçou forte, sentindo aquele frescor amadeirado e o cheiro do amaciante. Aquele era seu Dante, seu amor, seu dançarino atrevido.

— Esse é o nosso começo, Stelly — Dante sorriu, roçando os lábios nos dela rapidamente, encarando aqueles olhos azuis lindos, que deixavam seus olhos castanhos foscos e sem graça. — Eu te amo, Stellynha. Você é a minha canção favorita.

E pensando nisso, Dante lembrou-se da música que ouviu ao beijar Stelly Hoffman pela primeira vez. Não tardou em tirar o celular do bolso da calça jeans e buscar em sua playlist pela canção. Quando as notas de “Cry Baby” se iniciaram, Stelly sorriu com a lembrança daquele jeito que mudou tudo em sua vida. E naquele momento ela teve certeza, mesmo que a coreografia do amor seja a mais complicada, é necessário arriscar-se para dar o primeiro passo, ou jamais saberemos para qual canção ela irá nos guiar.

FIM

Stelly | COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora