Xxx Bom dia maravilhosas(os), este eu literalmente postei e sai correndo!! Enjoy xxX
Ludmilla
Esperei mais de trinta minutos até que anunciassem o embarque. Fui para o meu acento na primeira classe e desmoronei na poltrona, enquanto aguardava lembrei que Luis havia dito que ela tinha passado por outros três hotéis na Escócia, e que ela havia se instalado nesse atual a dois dias. A comissária de bordo me trouxe um pouco de champagne, ela voltou com certa freqüência perguntando se eu queria comer, ou se eu queria pendurar meu casaco, ou guardar o embrulho, ela provavelmente não falaria comigo se eu estivesse no meu humor costumeiro de antes. Mas eu tinha um sorriso estampado no meu rosto, isso deve tê-la deixado mais a vontade para voltar tantas vezes. Fechei meus olhos para que ela não precisasse mais me perguntar nada.
A viagem seria rápida, no máximo uma hora e meia de avião, e mais trinta minutos de carro. Droga! Lembrei que tinha me esquecido do carregador de celular, eu teria que conseguir algum no aeroporto, ou teria sérios problemas para chegar no endereço, eu não sabia qual carro Patrícia havia conseguido, me esqueci de perguntar, se não tivesse GPS pelo menos uma entrada USB teria que ter.
Foi anunciado o pouso em Aberdeen, a comissária voltou para me ajudar e desejar uma boa estádia, agradeci e desci do avião o mais rápido que pude. Sai pelo portão, resolvi ir primeiro ao banheiro, eu não queria parar. Fui ao balcão de informações onde um homem com seus quarenta anos me explicou onde ficavam as lojas, corri para lá, encontrei uma loja de alguns eletrônicos. Depois fui para a área de ponto de encontro, era onde estava localizada a locadora de carros.
Uma jovem mulher de cabelos vermelhos e muitas sardas no rosto me atendeu.
- Boa Tarde, por favor um carro em nome de Ludmilla Oliveira.
- Boa tarde, a senhorita pode me mostrar algum documento por favor? – Peguei minha carteira de motorista e entreguei a ela, que então começou a verificar na tela do computador, ela se virou e foi a um painel com chaves e pegou uma, vi que era uma Mercedes, pelo menos confortável seria, eu estava torcendo para que não fosse uma Mercedes antiga, ela me entregou as chaves.
- Tudo já esta pago senhorita Oliveira, alguém vai levá-la ao local para retirar o carro - ela me entregou o documento e chamou um funcionário baixinho, bem acima do peso e ruivo também.
- Por aqui senhorita. A senhora precisa de ajuda para se familiarizar com o carro? – ele perguntou dando um passo a minha frente.
- Não será necessário, obrigada.
Eu entrei no carro, coloquei no banco do passageiro minha blusa e o embrulho, conectei meu celular no cabo USB que tinha acabado de comprar, peguei em meu bolso o endereço do hotel e programei o GPS, me ajeitei no banco cinza quase branco e liguei o carro, vi que o pequeno homem ainda estava ali fora, acenei com a cabeça e dei ré para sair.
Olhei o pequeno relógio analógico no centro do painel, era 16h55. Segui as coordenadas no GPS e cai em uma estrada. A paisagem era muito bonita com verdes pastos e flores selvagens a beira de estrada. Coloquei minhas músicas em ordem decrescente, eu queria ouvir as mais recentes, as que lembravam Brunna, foi quando percebi onde eu estava e o quão perto eu estava, me deu um certo pânico, o medo surgiu, medo da rejeição. Ela poderia não querer me ver de jeito nenhum, e isso me fez reduzir um pouco a velocidade, ela nunca me respondeu nenhuma mensagem, comecei a sentir meu estômago afundar cada vez mais, eu já estava ali, o que eu diria quando a visse? Pior ainda o que ela diria quando me visse? Eu deveria seguir em frente? Eu suportaria uma outra rejeição, eu pensei comigo, outra? O que eu estava fazendo? Então eu encostei e desliguei o carro, encostei a cabeça no encosto e fechei os olhos.
Eu tinha passado por uma cidade, eu achei melhor voltar, passar a noite e ir embora amanhã, mas a idéia de ir embora era mais dolorosa do que a idéia de uma rejeição, eu abri a porta do carro e sai, andei até o meio do campo, estava ventando muito, o céu estava cinza.
Ali no meio do nada, eu fiquei parada de olhos fechados, sentindo o vento, tentando me esquecer de tudo que tinha acontecido, me odiando por ter ido até aquela garota, me odiando por ter alimentado esperanças até hoje, sendo que ela não tinha dado um sinal de vida sequer.
Eu coloquei as mãos nos bolsos e continuei ali parada, então senti um papel, lembrei que era a carta dela, que eu sempre carregava comigo, eu ia começar a rasgar a carta, quando meus olhos bateram no final.
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In Your Eyes - Brumilla
FanfictionLudmilla é uma mulher bem sucedida no mundo dos negócios e bem resolvida quando o assunto são as mulheres, apesar de ser muito atraente, ela não gosta de romances, não se interessa por declarações e namoros e não gosta de perder tempo com pessoas, s...