Capitulo 41

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Xxx Tenho um capítulo bônus, ele não estava na fanfic original, mas eu consegui escrever algo, vocês querem? Enjoy xxX

Brunna Pov Final

Meu celular vibrou uma vez no bolso da minha calça, eu peguei para ver a mensagem.

De: Senhorita autoritária.

Eu vou sair um pouco mais cedo do escritório, espero você em casa, eu ainda acho melhor comemorarmos só nos duas, te amo.

Agradeci a vendedora e fui para o caixa, antes que eu respondesse a mensagem peguei meu cartão e o embrulho com a garota. Fui para fora da loja onde Peter me aguardava.
A tarde estava bonita em Miami hoje, e por algum milagre, mesmo nesse inverno o céu não estava cinza ou fechado, não que eu não gostasse, mas o céu estava tão lindo hoje que a chuva não fez falta. Entrei no carro, peguei meu celular de novo para responder.

Para: Senhorita autoritária.

E o que eu falo para a sua mãe e seu irmão? Não senhorita, você tem só o resto de toda a sua vida para aproveitar minha companhia, hoje vamos comemorar seu aniversário com sua família e nossos amigos, eu te amo, logo estarei ai.

Alguns instantes depois o celular vibrou novamente.

De: Senhorita autoritária.

E eu que sou a autoritária? Estou te esperando. Beijos.

Nós iríamos a um restaurante comemorar o aniversário de Ludmilla, confirmei com Sil e Marcos, que viria com a nova namorada, uma francesa que ele conheceu em Nova York, Ariane.
Patrícia também viria com o noivo. Simon, Erika, Luis e mais alguns amigos também, mas esses eram os mais importantes.
Chegamos rápido ao prédio, com todas as reuniões e preparativos para o casamento acabei deixando para comprar o presente de Ludmilla na última hora. Comprei duas esculturas de bronze para os escritórios dela. Peter as trouxe para mim, ele deixou na mesa de centro da sala de estar e se retirou depois que eu o agradeci. Larguei minha bolsa no sofá e fui para a varanda, que estava aberta. Uma nova música começou a tocar, uma pequena faixa de luz laranja reinava no horizonte. Como eu imaginei Ludmilla estava ali apoiada na varanda, eu parei um pouco antes e fiquei observando-a.
A primeira imagem que veio a mente foi quando a vi pela primeira vez, linda de me fazer esquecer a chuva gelada, lembro que a primeira coisa que me chamou atenção nela foram os dentes, lindos, brancos e retos, depois os olhos, tão castanhos pareciam mudar de cor, o nariz cumprido e reto, e lábios cheios e bem desenhados. Acho que fiquei muito tempo analisando o rosto dela antes que eu pudesse reagir, e antes de abraçá-la aquele dia pensei, "Ah! Eu não vou ver essa mulher linda de novo mesmo, então pelo menos deixa eu dar um abraço nela."
Eu sorri voltando para o hoje, como o mundo dava voltas, agora eu podia abraçar a mulher linda quanto eu quisesse e para sempre. Eu me aproximei dela por trás.
- Você quer ver o seu presente agora? – ela se virou e beijou minha testa.
- Eu já estou com meu presente nos braços, e eu estava aqui pensando que você me deve uma coisa.
- Eu devo? O que? – ela estava com um olhar de menina nos olhos, e eu amava aquele olhar, ela se aproximou e disse perto do meu ouvido.
- Você me deve uma dança ao por do sol - a música tinha acabado, mas ela me pegou do mesmo jeito e colocou uma mão sobre a minha e a outra na minha cintura, e começamos a dançar, outra música começou a tocar, era Poison and Wine do Civil Wars, e eu amava essa música, eu que havia colocado no pendrive dela, e nós dançamos, uma sentindo o corpo da outra, sentindo o cheiro para mim, achava que estivesse condenada a não acreditar em mais ninguém, que eu estivesse condenada a não conseguir mais me relacionar novamente.
Eu beije o seu queixo e encostei minha cabeça em seu peito até o fim da música, e do por do sol.
- Eu acho que eles podem esperar um pouco mais no restaurante, o que você acha? – eu levantei meu rosto para olha-lá.
- Eu acho que eles podem se virar sem a gente por um tempo. – eu pulei em seu colo e cruzei minhas pernas, e foi assim que ela me levou para o nosso quarto, me beijando até que caíssemos juntas na cama, sorrindo uma para a outra.
Muitas vezes a felicidade era tanta que eu tinha vontade de chorar em meio aos risos, bastava eu olhar para aqueles olhos castanhos, para saber que tudo era real, minha felicidade era real, por que assim como ela se via nos meus olhos, eu podia me ver nos dela, e eu era grata por isso todos os dias. A vezes o destino gosta de brincar, gosta de tentar sugar a sua última gota de esperança, mas eu lhe digo uma coisa, jamais deixe isso acontecer, jamais perca a fé no amor, é isso que temos que construir todos os dias, a civilização do amor. E a quem diga que amar é fácil, eu discordo, amar é o maior desafio de nossa vida.
Amar é o principal caminho de todos os relacionamentos. O amor é o maior de todos os tesouros encontrados. O amor traz recompensas, mas tem suas exigências. Nos seus relacionamentos, procura o bem do outro esquecendo seu próprio interesse, tudo suporta, não se irrita e nem guarda rancor, não se alegra com a injustiça e vive na esperança. Sabe dos seus limites e busca a perfeição. Cresce e deixa de ser criança e aprende a ser adulto. Sempre se olha no espelho para melhor se conhecer. Em tudo, mantém a certeza que na vida o maior de todo os bens é o amor, a única riqueza que se torna eterna.
Amar é uma aprendizagem sem fim e cada pessoa deve ter seu próprio laboratório do amor. Amar exige gasto do tempo para o outro. Amar exige escutar com qualidade e respeito sem julgamento da parte de ambos. Amor sabe acolher o outro e procura antes de tudo ter sensibilidade para compreender os seus sentimentos, seja de dor, de alegria, de frustração, de ansiedade.. Amar me humaniza e me engrandece, me torna sempre agradecida ao outro.
- Eu te amo! – me olhando nos olhos, com toda a certeza do mundo naquele olhar ela me respondeu.
- Eu também te amo, minha garota da chuva.

Fim.

In Your Eyes - Brumilla Onde histórias criam vida. Descubra agora