Capitulo 33

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Xxx Nos próximos capítulos algumas revelações passam a ser feitas! Vou fazer MARATONA, curtíssima de mais 2 capítulos, e vou sumir por hoje! Segurem-se! Enjoy xxX

Ludmilla Pov

Ela estava sentada na escrivaninha do quarto com a toalha enrolada no corpo se maquiando, eu já estava pronta.
- Vou falar com Marcos e já volto – ela acenou para mim.
Marcos estava pronto também, ele estava na sala no celular, eu aguardei enquanto ele falava – Mamãe já estava voltando com Net – ele disse sacudindo o celular.
- Você trouxe os colares?
- Colares? Que colares? – eu não vi piada nos olhos dele, e já entrei em pânico.
- Marcos, se você não trouxe, nós vamos ter que buscar e.. – mas ele me interrompeu.
- Ludmilla, é disso aqui que você está falando? – ele pegou uma sacola do lado da lareira, dentro estava a caixa de encomenda fechada ainda. – Você não me disse o que era, por isso que perguntei. – eu peguei a caixa e fui em direção a cozinha, Marcos veio junto, eu achei uma faca para abrir o pacote.
- Você vai dar para ela agora então?
- Sim. – Finalmente consegui abrir, eu vi a caixa preta de veludo fechada, abri o pequeno feixe de metal e lá estavam, os colares.
- Woww! Acho que ela vai gostar.
- Eu espero que sim, ela não é igual as outras garotas que já sai.
- Eu entendo, mas acho difícil ela não gostar por ser um presente seu, acho que ela vai entender isso.
- Bom, me deseje sorte então. – ela estava colocando o vestido, para minha sorte o vestido não tinha gola, era de seda e bordo. Minhas mãos estavam nas costas com a caixa preta de veludo.
- Bom, eu comprei algo para você, eu queria algo que nós duas tivéssemos em comum, algo nosso entende? Espero que você goste.
- Ai meu Deus Ludmilla, não precisava.
- Eu sei, mas quero te dar, por favor aceite. – eu mostrei a caixa para ela, que não pegou de imediato, ela ficou avaliando, então ela esticou o braço para pegar, ela encarou a caixa por alguns segundos, até que ouvi o clique do feixe.
- Eu realmente não tenho palavras Ludmilla, é tão lindo, é muito mais do que eu mereço.
- Não, não é muito, isso não é nada perto do que eu quero dar para você, e por favor você acabaria com a minha noite se não aceitasse esse presente. – ela franziu a testa para mim.
- É lindo demais. –sua voz ainda entregava o desconforto, mas ela cedeu um pouco, e abriu um sorriso.
- Obrigada! – eu disse a ela, e ela revirou os olhos, eu tirei da caixa de veludo, abri o feixe, ela levantou os cabelos e eu coloquei em seu pescoço. Logo depois ela pegou o outro e fez o mesmo comigo. Era delicado, nada com pedras enormes e extravagantes, combinou perfeitamente com ela e com o vestido que estava usando, ela foi para o espelho e se viu com o colar.
- É realmente bonito, talvez o tipo de jóia que eu compraria. – a satisfação tomou conta de mim. – Bom, vou colocar os saltos e descemos sim? – eu fiz que sim com a cabeça, assim que ela calçou os saltos, ela passou seu braço em volta do meu e nós descemos as escadas, a tarde já estava ido embora, por sorte hoje não estava tão frio quanto ontem, as luzes na tenda já estavam acesas, eu tinha pego as duas caixas de presentes para minha mãe, nós estávamos na sala quando ela desceu, e ela estava linda, usando um vestido salmão claro, com um coque no cabelo, assim que ela nos viu ela abriu um sorriso.
- Parabéns mãe!
- Aqui, seu presente.
- Lindo Ludmilla, esses brincos são lindos, obrigada! – ela me deu um beijo na bochecha,
- Senhora Oliveira, parabéns, eu desejo o melhor para a senhora.
- Querida, sem senhora, me chama de Sil, venha cá – ela puxou Brunna que a abraçou também, ela disse algo em seu ouvido, mas não pude ouvir o que era, ela se soltou e entregou seu presente.
- Que linda, que gentileza Brunna, muito obrigada! – minha mãe tirou a pulseira e colocou imediatamente no pulso.
- Querida desculpe, eu amei seus brincos, mas eles não combinam hoje com esse vestido, já a pulseira combina perfeitamente.
Marcos voltou da cozinha mastigando algo, ele também trazia uma caixa na mão. Brunna voltou para o meu lado e Marcos abraçou nossa mãe, e depois
Lhe entregou a caixa, de dentro ela tirou um envelope, deixou a caixa de lado, e abriu o envelope, era uma passagem.
- Marcos! Navio pela Itália? – ele fez que sim com a cabeça e beijou sua bochecha também.
Nós fomos para fora, algumas pessoas já tinham chegado e estavam sentadas em suas respectivas cadeiras, nos certificamos de colocar tia Dora bem longe da nossa mesa, Marcos queria colocar a mesa dela mais longe próximos aos banheiros, mas eu não deixei.
Revi pessoas que eu não vi há muitos anos, primos e primas que vieram para a festa, a todos apresentei Brunna como minha namorada e aparentemente todos gostaram dela. Minha tia não deve ter tido tempo de destilar o veneno ou então todos já estavam de saco cheio dela e não deram importância, as mesas tinham três tamanhos diferentes, minha tia Dora ficou em uma mesa pequena com apenas quatro lugares, e nela estavam ela, Alex e seu esposo meu tio, mas ele nunca falava muito, um homem de muita paciência imagino eu.
Para minha total alegria o garçom que veio nos servir não era o garoto, e sim um homem, em nossa mesa estávamos mamãe, Marcos, Brunna e eu, as irmãos de minha mãe seus maridos e filhos, Net também ficou em nossa mesa, fazendo minha tia retorcer a boca quando viu.
Meu irmão contratou uma banda, e a seleção de músicas estava repleta das preferida dos meus pais, eu sorri para ele.
- Dança comigo? – Brunna se levantou e veio comigo até a pista de dança, onde poucas pessoas dançavam agora, era These Foolish Things, meu irmão levantou e chamou uma de nossas primas para dançar, acho que eles já tiveram alguma coisa, pobre garota, ela foi com sorriso de orelha a orelha,dançamos mais umas quatro musicas, e agora a pista estava cheia.
- Sede? – ela fez que sim com a cabeça, voltamos para a mesa, e bebemos uma taça de vinho branco cada, dei uma olhada em volta, até minha mãe estava dançando, com meu tio, irmão do meu pai, ele era viúvo também, ela parecia muito feliz.
- Eu já volto – eu disse indo em direção ao palco com a banda, fui até o pianista, que não estava tocando agora, a musica não exigia.
- Você conhece essa música? – mostrei meu celular a ele e ele fez que sim com a cabeça.
- Pode ser a próxima?
- Temos outra para a próxima, mas depois será essa tudo bem? – fiz que sim pra ele e voltei para a mesa, Brunna sorriu para mim, mas não perguntou nada, era típico dela. Me sentei e aproveitei para descansar mais um pouco.
A musica já estava quase acabando, eu me levantei e estiquei o braço, Brunna pegou minha mão, abrindo espaço para chegar ao meio onde estavam meu irmão e minha mãe, e foi o tempo das notas familiares começarem a tocar, Brunna abriu o sorriso e beijou meu queixo, eu não falei nada, porque ela já estava cantando com a cabeça apoiada no meu ombro, Belief.
- O que minha mãe te disse quando ela abraçou você? – ela parou e pensou um instante.
- Oh! Sim, eu sabia que você ia querer saber, ela me agradeceu por estar te fazendo feliz.
- E você esta. – beijei sua testa. Senti uma mão em meu ombro, quando me virei era Alex.
- Poderia dançar com seu primo a próxima música? – ele pediu educadamente, eu não queria desgrudar de Brunna, mas ela deu espaço e Alex veio para minha frente, vi que enquanto Brunna voltava Marcos foi até ela, que sorriu e ele a levou para a pista de dança, fiquei mais aliviada, assim ela não ficaria sozinha.
- Você realmente foi pega pela garota Ludmilla, eu me lembro quando éramos pequenos, minha mãe sempre achou que eu me casaria com você ou Luane, mas ela mudou de opinião quando ela começou a ficar mais.. Hmm que palavra posso usar?
- Petulante! – eu disse com meio sorriso para ele, vi Marcos conduzindo Brunna de forma engraçada e fora de ritmo, ela estava se divertindo com ele.
- Isso, e então foi você, eu estava planejando uma viagem para Nova York, ficar uns dias, mas então sua mãe disse a minha que você estava em Miami, e que não tinha data para voltar, e sinceramente eu não gosto de Miami, muito cinza, muita chuva, e dizem que as pessoas lá são mal educadas.
Mal educadas? Eu pensei comigo, o que ele achava do comportamento da mãe dele?
- Miami é uma cidade linda, eu gosto do tempo cinza e a chuva, principalmente a chuva, e as pessoas lá não são mal educadas, isso eu lhe digo por experiência própria com algumas que realmente são. – ele deve ter entendido, mas se fez de desentendido, e deu uma bufada.
- Bom, eu queria ter conversado com você a sós antes, eu queria que você tivesse a chance de me conhecer melhor, eu mudei Ludmilla, eu cresci, e acho que agora seria uma boa oportunidade para isso, já que você esta no inicio de um relacionamento, e bom serei franco, ele esta fadado a não dar certo – eu parei de dançar, e olhei nos olhos de Alex, era uma pena que ele fosse meu primo, porque o meu sangue ferveu, da mesma maneira que ferveu quando Richard insultou Brunna.
- E porque você acha isso?
- Oras, uma hora ela terá que voltar para o país dela, e como você mesmo disse, seus negócios estão em Nova York e Miami.
- Eu já resolvi esse probleminha, ela não precisara mais voltar com uma data prevista. Mas Alex, mesmo que ela voltasse... bom, mesmo que fosse realmente necessário, ou ela quisesse voltar ao Brasil e ficar por lá, eu iria com ela.
- Mas Ludmilla, acho que você deveria dar um chance para me conhecer melhor, e uma chance a você mesma, antes que as coisas possam ficar realmente sérias.
-Alex, eu não quero te conhecer melhor, o pouco que eu conheço já me desagrada. Eu estou no inicio de um relacionamento, mas não é qualquer um, é o único que eu realmente quis e o único que eu quero, ela é inteligente, divertida, descontraída, com um coração bom e ela me deu a oportunidade de entrar no coração dela, uma chance que eu agarrei e não vou soltar por nada. Você pode achar que esta fadado a não dar certo, mas uma coisa eu garanto a você, eu vou fazer todo o possível para que de certo, porque eu a amo. Acho melhor voltar para sua mesa, com licença – dei as costas a ele e fui para a mesa, Brunna ainda estava dançando com meu irmão, era melhor assim, eu peguei uma bebida e fiquei sentada, respirando calmamente, antes que eu expulsasse tia Dora e seu filho daqui.
A Música durou mais dois minutos, muitas pessoas ainda estavam na pista, minha mãe era só sorrisos, vi Brunna e Marcos voltando.
- Dança agradável com nosso priminho? – meu irmão perguntou enquanto se sentava, eu puxei Brunna pra o meu colo e a apertei.
– É um doce de pessoa igualzinho a mãe. – eu disse, Brunna beijou meu cabelo e apoiou seu queixo na minha cabeça.
- Acho que vou lá dar uma lição nesses dois. – e ela começou a levantar, mas eu a segurei, Marcos dava risada – Eu estava brincando, mas o que houve então? – Brunna queria saber? Isso era raro.
- Ele queria que eu o conhecesse melhor, falou que ele tinha planejado me visitar em Nova York, mas mudou de idéia quando mamãe disse a tia Dora que eu estava em Miami, ele não gosta de lá.
- Acho que seria uma ótima idéia nos mudarmos todos para lá, já pensou? Nunca mais tia Dora e seu adorável filho? – nós três demos risada.
- Então ele queria que você desse uma chance para ele? – Brunna perguntou.
-E você respondeu algo? – Marcos perguntou.
- Eu disse a ele que o pouco que eu o conhecia, já tinha me desagradado, e disse a ele, que eu amo você – olhando para cima nos olhos dela eu disse – Que você é a pessoa, a única que eu quero na minha vida, e que você me deu uma única oportunidade de entrar em seu coração, e eu não ia largar essa oportunidade e que eu ia fazer todo o possível para fazer dar certo.
- Caramba, você é romântica e eu não sabia, o que a Nicole não daria para ouvir isso de você. - eu nem olhei para meu irmão, Brunna estava em silencio ainda, mas então ela levantou e saiu, passando pelas pessoas. Meu irmão levantou os ombros, como me perguntando o que tinha acontecido, eu sai e fui atrás dela, passei pelas pessoas na pista de dança e pela mesa de Alex, minha tia tinha um pequeno sorriso de triunfo nos lábios e com a taça na mão apontou para a estufa de minha mãe, eu corri para lá.

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