Capitulo 26

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Xxx Minha internet acabou exatamente no momento em que terminei de editar esse capítulo, desculpem! Acordei exatamente as 8hrs! Eis que surge MARATONA!! Enjoy xxX

Ludmilla Pov

Meu celular vibrou

Ligação On:
– Oi Marcos.. já estou em casa.. não agora.. sim.. mas eu gostaria de falar mesmo com você.. a festa para mamãe, vai ser só um jantar ou.. eu sabia.. tudo bem.. tchau.
Ligação off:

- Vamos sair para comprar roupas amanhã. – Eu disse colocando meu celular na mesa.- podemos ir onde você quiser, além de irmos a alguma loja.
- Bom você conhece bem aqui, então você me mostra o que achar mais interessante.
Eu achei que ela estava muito quieta desde que chegamos, eu queria muito perguntar diretamente o que ela tinha, mas eu sabia que ela não ia querer falar, e eu não sei se valeria a pena deixá-la triste por causa da minha curiosidade.
Net estava guardando a louça na cozinha, quando fui pegar mais vinho.
- Por hoje é só Net, você está livre para o fim de semana também.
- Tem certeza Lud?
- Claro, nós podemos nos virar, e Brunna cozinha também, então não se preocupe, de fome eu não morro.
- Então acho que irei amanhã para a festa.
- Isso, e falando nisso, de lá eu volto para Miami com Brunna, e você pode ficar por mais tempo aqui, volte quando quiser sim?
- Tudo bem, você quer que eu deixe algo pronto para amanhã?
- Não será necessário, fique tranqüila. – eu dei um beijo no topo da cabeça de Net e fui para a sala com os copos. Brunna estava sentada no degrau que dava para o terraço, com a porta aberta, eu dei um copo a ela, me sentei ao lado dos dois degraus no chão de madeira escuro.
- Eu realmente gostaria de te conhecer mais, ou pelo menos saber o que te aflige. - eu disse a ela.
- Eu sei, me desculpe, um dia talvez eu te explique tudo, e eu espero que você possa compreender o porque faço isso.
- Eu vou se paciente.
Fomos para o quarto, fechei algumas cortinas, e me deitei na cama com ela, me aproximei puxando-a para que se encaixasse no meu corpo, e sem demorar muito eu adormeci, abraçando-a, sentindo-a junto de mim.
Quando acordei Brunna estava ao meu lado, ela parecia relaxada, dormindo profundamente, dava para ouvir sua respiração pesada, fui para o banheiro, quando voltei ela ainda estava na mesma posição, sai sem fazer barulho, Net estava na cozinha.
- Bom dia
- Bom dia Lud, café da manhã?
- Vou esperar a Brunna, obrigada.
- Então vou deixar tudo na mesa sim?
- Você já está indo?
- Se você quiser que eu faça mais alguma coisa, eu posso esperar.
- Não, está tudo bem, pode ir Net.
- Tudo bem então, vejo vocês em alguns dias.
- Até. – Net foi para seu quarto provavelmente pegar suas coisas, eu fui para fora, me sentei na cadeira de sol no terraço, o dia estava começando ainda, a manhã não estava muito quente.
Acordei sentindo os lábios de Brunna.
- Bom dia – ela disse se sentando na outra cadeira.
- Acabei cochilando aqui, que horas são?
- Já passa das nove.
- Vamos tomar café da amanhã? Net já deixou tudo pronto, e assim nós podemos sair e dar umas voltas.
- Aonde você vai me levar?
- O que você acha do passeio clássico?
- Ah, eu quero! - .
Fomos para a garagem, parei na frente ao meu Bentley Continental vinho, Brunna não comentou nada, geralmente as garotas ficavam impressionadas, mas Brunna era o oposto delas, então não achei estranho. Fizemos um pequeno tour por Londres, paramos para comer e quando estava saindo do restaurante meu celular vibrou.

Ligação On:
- Ludmilla.. como vai Simon? .. Já estou em Londres.. onde? ..tudo bem.. conversaremos sobre isso segunda-feira.. até mais.
Ligação off:

Olhei para Brunna, ela estava alheia a minha conversa, observando a rua pelo vidro do restaurante.
- Vamos ter que comprar dois vestidos, temos uma festa da empresa hoje, eu tinha me esquecido completamente, Simon é um dos meus sócios, e amigo, ele ligou para me avisa, acho que ele já sabia que eu iria me esquecer, tudo bem para você?
- Claro que sim, que bom que ele avisou antes, essa é uma daquelas festas enfadonhas que sempre vejo nos filmes?
- Basicamente, muita gente que se acha superior, alguns falando mal do chefe no caso eu, imagino que seja por ai – ela deu risada.
Fomos em uma loja, onde ela acabou achando mais vestidos do que pretendia, enquanto ela experimentava os vestidos, fiquei do lado de fora esperando, a rua estava cheia, eu acho que nunca parei para reparar no movimento, eu só vinha quando tinha alguma festa, ou em reuniões nos restaurante, era um lugar cheio de vida, muitas pessoa, havia muita arte em todos os lados, vai ver foi por isso que Brunna quis vir para cá.
- Pronto podemos ir. – ela apareceu ao meu lado cheia de sacolas.
O céu estava com outra cor agora, nós tínhamos que ir para casa, e nos arrumarmos para a festa.
Muitas pessoas ficariam chocadas ao me ver com Brunna, eu sempre fui muito clara em relação a mulheres e trabalho, nunca envolvi um com o outro, principalmente nesses eventos, onde eu sempre era vista sozinha.
- Eu te espero no banheiro, vou encher a banheira.
- Eu só vou lavar essa louça, e já volto – ela me deu as sacolas e me beijou.
Eu liguei meu celular a caixa de som, fiquei olhando pela parede de vidro, uma das melhores coisas nesse apartamento era ter a banheira direcionada para a parede de vidro, Brunna surgiu alguns minutos depois, cantando a música que estava tocando.
- Eu não sabia onde guardar tudo, então algumas coisas deixei lá, ai você vê onde guarda – eu olhei para ela, e na hora ela percebeu.
- Eu descubro depois. – ela entrou na banheira comigo, e se ajeitou entre minhas pernas, ficamos as duas olhando para a cidade.
- Vou conhecer fãs suas hoje?
- Eu não sei se tenho alguma fã no trabalho.
- Ah você tem. - eu dei risada.
Eu fui para o Closet, Brunna ficou se arrumando no quarto, eu sai enquanto ela se maquiava e fui para o terraço, já estava escurecendo quando ouvi barulho de salto no degrau que dava para o terraço. Me virei, eu não tinha o que falar, acho que meu silencio disse mais alto, ela se olhou e deu risada pra mim, Brunna estava linda, ela tinha escolhido um vestido de seda cobre, ela tinha deixado o cabelo solto, com uma tiara muito fina, também na cor cobre, quase não se via, eu não sei se ela comprou na loja ou se já tinha, mas tinha ficado linda em seu cabelo castanho.
- Agora vejo que eu tenho que me preocupar, porque você vai sair cheia de fãs dessa festa – como eu já esperava ela revirou os olhos.
No carro, ficamos de mãos dadas, só soltando-as quando chegamos ao local. Fomos para a entrada, os seguranças contratados já me conheciam, provavelmente fazia parte do treinamento deles reconhecer os convidados, principalmente a dona da empresa.
- Algumas pessoas estão olhando com cara de incrédula para você - Brunna disse se aproximando e falando em um sussurro.
- Não é para mim que eles estão olhando.. mas para você.
- Lógico que não Ludmilla.
- Brunna eu nunca trouxe nenhuma mulher a esses eventos, nunca me viram acompanhada nessas festas ou reuniões, é claro que já me viram com mulheres, fotos na internet e jornais, mas nunca em festas, reuniões e eventos da empresa, porque eu sempre disse a todos que me conhecem, que eu não misturo prazer e trabalho, e sim essas festas fazem parte do trabalho para mim.
- Mas se eles já viram você com outras mulheres em outras ocasiões eu não entendo o espanto deles. - droga ela tinha chegado ao ponto, eu respirei fundo, parei de andar e me virei para ela.
- Eu sempre disse que se algum dia eu trouxesse uma mulher a uma dessas festas, provavelmente ela seria a futura Sra Oliveira. - Brunna ficou me olhando, e ela não disse nada, mas consegui notar que ela tinha ficado envergonhada, um rubor surgiu em seu rosto.
Enquanto passávamos pelo salão, reconheci meus funcionários, alguns acompanhados de suas esposas ou maridos, outros com acompanhantes, quem vinha em nossa direção era apresentado a Brunna, onde em todas as vezes fiz questão de dizer que é minha namorada.
- Como vai Ludmilla?
- Simon! Estou bem, quero lhe apresentar Brunna, minha namorada.
- Como vai Brunna - deu um beijo em sua mão cordialmente.
- Muito bem, obrigada.
- Então você foi à responsável, pelo bom humor continuo de Ludmilla?
-Eu? Acredito que ela tenha motivos de sobra para sempre estar de bom humor.
- Ela precisa aparecer em algumas reuniões! – Simon disse sorrindo e olhando para mim, era verdade, não eram todos que me viam sorrindo, ainda mais em trabalho.
- Vou falar com alguns engravatados. – Simon estendeu a mão e Brunna estendeu a dela para ele, beijando as costas da mão dela ele disse. - No fundo eu sempre soube que ela era uma mulher legal, prazer em conhecê-la.
- Eu tenho certeza que ela é, o prazer foi meu – enquanto Simon se afastava olhei para Brunna, alguns homens a olhavam, mas disfarçavam assim que me viam olhando para eles, eu me peguei sorrindo, ela era minha.
- Dança comigo?
- Tem certeza que agora iremos só dançar? – Nós duas demos risadas.
Segurei em sua cintura, e sua outra mão, eu sabia que estavam nos olhando, as mulheres principalmente, mas ignorei-as eu só tinha olhos para Brunna, eu fiquei pensando, se eu não a tivesse conhecido, eu teria vindo sozinha como sempre, falado um pouco sobre trabalho claro, e provavelmente teria ido embora, não sei se ligaria para alguma mulher, ou se voltaria para casa, eu não era mais a mesma agora, eu já não conseguia pensar como antes. Algumas pessoas se juntaram a nós na pista central, tocava Bille Holiday com I'm a fool to want you, eu dei um beijo muito suave em sua testa, virei minha cabeça e senti o cheiro de seus cabelos e fechei meus olhos, Brunna cantou baixinho uma frase da música, como se estivesse cantando só para ela, eu senti que estávamos só nós duas no salão.
Então começou a tocar Someone Like You do Van Morrison, eu a puxei para mais perto, eu nunca tinha me sentindo assim, meu coração estava disparado, eu mal conseguia sentir o chão, eu não estava mais ciente das pessoas a nossa volta, eu só conseguia me dar conta da pele dela na minha, sentir seu cheiro, lembrar dela na chuva, a força que me puxava para ela, a mesma que me fez ir atrás dela quando ela tinha ido embora, a dor que eu senti retornou, o vazio tão desconhecido que tinha tomado conta de mim. Mas lembrei do sim dela, e meu coração aqueceu novamente, a musica tinha acabado mas em seguida Nat King Cole começou a cantar Unforttable, senti Brunna aproximar sua cabeça do meu ombro, eu beijei seus cabelos, e nós dançamos, ela era minha e sentir isso era bom, e eu queria que ela soubesse que eu também era dela, então sem conseguir me conter, eu aproximei meus lábios de seu ouvido, e quase que em um sussurro devido ao medo eu disse.
- Eu te amo – senti ela apertar minha mão, ela não parou de dançar, e também não movimentou sua cabeça para me olhar, ouvi ela limpar a garganta bem baixinho.
- Você me conhece pouco.
- Amo o pouco que eu conheço.
- Bom.. eu.. eu acho que não posso negar, que eu ame você. - ela me amava? Eu achei que felicidade eu tinha sentido no dia que a reencontrei e ela disse sim para o meu pedido de namoro, mas não! A felicidade que eu estava sentindo agora, tinha feito meu coração parar de bater e voltar num ritmo louco e acelerado, eu estava sorrindo, coloquei meu rosto em seus cabelos, e fechei meus olhos, eu podia sentir seu cabelo nos meus dentes, mas eu não conseguia parar de sorrir.
Quando abri os olhos, vi que algumas pessoas ainda nos olhavam, eu queria dizer a elas que ela me amava, mas acho que não precisei, uma senhora que estava com um dos meus funcionários da parte de TI sorriu carinhosamente para mim, acho que ela podia ver nos meus olhos, eu não digo que sorri para ela, porque eu ainda estava com o sorriso no rosto, mas eu acredito que ela tenha entendido. Nós ficamos assim juntas, dançando uma musica atrás da outra, até cansarmos.
- Quer beber algo? – eu perguntei.
- Sim, eu realmente preciso de uma bebida.
- O que você fez comigo? Eu estava tão quietinha no meu canto, e olha só agora? – ela disse levantando a taça como em um brinde.
- Eu? E o que você fez comigo? Estamos quites eu acho - e eu levantei minha taça.
- Minha vida está de ponta cabeça, eu não consigo mais lembrar quem eu era, o que eu fazia ou como eu agia antes de te conhecer. É amedrontador olhar para você, sempre tão livre e espontânea, e não saber se te faço tão feliz quanto você me faz, mas eu te amo.
Ela se aproximou, colocou sua mão livre no meu rosto e me beijou, com vontade, sua língua invadiu minha boca, ela não estava nem ai para as outras pessoas, e eu também não.
Eu peguei sua taça e coloquei de volta em uma mesa, segurei sua mão, eu estava ocupada demais para olhar. Paramos um pouco para recuperarmos o fôlego, eu segurei seu rosto com minhas mãos e olhei em seus olhos, havia fogo ali, um fogo que incendiava o meu ser.
- Brunna, eu te amo! – eu disse em seu ouvido, ela puxou minha cabeça para que me olhasse nos olhos e então me beijou e no meio do beijo ela disse.
- Eu também te amo Ludmilla.

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