Capitulo 39

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Xxx Estou com uma ideia para uma nova fic, depois vou postar a sinopse! Ah, se segurem crianças! Enjoy xxX

Ludmilla Pov

- Oi mãe.
- Oie minha filha.. Hmm.. aconteceu alguma coisa?
- Porque?
- Sua cara, me diz que algo aconteceu – eu larguei minha bolsa no sofá e me sentei no chão de frente para minha mãe.
- A decoradora deu em cima de mim hoje – minha mãe sorriu.
- Linda desse jeito, eu estranharia se ela não tivesse, Você vai jantar filha? – Eu achei estranho, minha mãe não perguntou o que tinha acontecido.
- O que foi? -  ela perguntou se levantando do sofá.
- Bom, você não quer saber o que aconteceu?
- Eu sei que nada aconteceu Ludmilla.
- Sabe?
- Claro minha filha, você ama a Brunna, e eu não duvidaria de você e do amor que você sente por ela nem por um segundo – ela voltou e beijou minha testa – Vou fazer algo para você jantar, tome um banho enquanto isso.
Eu e minha mãe nos sentamos a mesa para comer, ficamos conversando sobre o apartamento e o que faltava para que ficasse pronto. O meu celular vibrou sobre a mesa eu sorri, porque era ela, minha mãe apertou minha mão e retirou os pratos.
Ligação On:
- Oi amor.. por aqui esta tudo bem, minha mãe te mandou lembranças.. eu mando.. e com você? ..e ele? Tem ido atrás de você ou te ligado? ..Hmm.. bom, eu também acho isso estranho, ele saiu daqui disposto a ter você de volta.. deixe o maximo de pessoas avisadas quando você sair por favor.. ok.. bom hoje fui ao prédio, falta pouco mesmo.. eu queria que você estivesse aqui.. sim, eu vou.. já que hoje você resolveu dormir mais cedo, vou escovar os dentes e eu te ligo assim que eu me deitar.. até, eu também.
Ligação off:
Não achei necessário contar sobre Nora, não tinha motivo.
Eu dormi mal aquela noite, nenhuma noite tinha sido a mesma sem Brunna aqui, mas essa noite foi diferente, eu acordei mal, cansada e angustiada, minha mãe me trouxe o café na cama e ficamos conversando, eu não ia para o escritório hoje, iria passear com minha mãe por Miami.
Minha mãe quis comprar algumas coisas para colocar no meu apartamento, coisas para mim e para a Brunna.
Na hora do almoço eu já não estava mais agüentando o sentimento estranho, eu pedi que minha mãe aguardasse em uma loja, fui para o lado de fora. Eu liguei duas vezes para o celular de Brunna e nada, depois liguei para Brunno que também só chamou, voltei para a loja.
Andamos mais um pouco até que paramos em uma joalheria, minha mãe foi escolher algo para ela, depois de andar um pouco pela loja eu escolho um anel para dar a Brunna, um anel de diamantes, eu sei que ela não me deu uma resposta para o pedido, mas um dia.. mais pra frente, quem sabe?
Eu sabia que seria ela, e só ela, caso ela não aceitasse eu lhe daria o anel mesmo assim, porque ela é a única que deveria usá-lo. Quando vi o anel, eu sabia que tinha que ser esse, ele era de ouro rosa, com diamantes em volta circulando metade do circulo passante em cima, ele era redondo com uma pedra de diamantes cobrindo quase todo o circulo, e em volta mais diamantes menores sobre o ouro rosa.
Eu guardei a caixinha de couro e veludo preto comigo, e tentei ligar para Brunna novamente, nada.
-  O que foi Lud?
- Eu não consigo falar com a Brunna e nem com o irmão dela, e eu estou sentindo uma coisa ruim mãe, não sei o que é, mas não me deixou dormir bem, e eu acho que só vou conseguir me acalmar quando conseguir falar com ela.
- Não fique assim, vamos ao hotel, eu acho que chega de compras por hoje, assim que chegarmos lá você tenta de novo.
Assim que subi, eu disquei novamente e a mesma coisa aconteceu, só chamou, eu comecei a digitar uma mensagem de texto.

Para: Garota da chuva

Amor, me liga, estou preocupada.. Te amo.

Mandei a mensagem e esperei, esperei e esperei, nada, liguei de novo varias vezes e nada, minha mãe ficou ao meu lado, tentando me acalmar, mas não deu muito certo.
Lá pelas quatro da tarde meu celular vibrou, vi que era o Brunno.
Ligação On:
- Brunno, onde está a Brunna?. – e o silêncio prevaleceu do outro lado da linha - ..Brunno ? ..O que? .. quando e como ele entrou? ..E onde foi isso? ..a polícia? .. não, eu estou indo para ai, eu vou precisar que você me mande o endereço por mensagem, e assim que eu chegar.. não, eu estou indo.. absoluta, eu vou pegar o próximo vôo para o Brasil e aviso você, me mantenha informada por favor.
Ligação off:
- Filha, que conversar foi essa? – eu peguei uma mochila coloquei as primeiras roupas que vi pela frente, peguei meu passaporte e documentos e enfiei na mochila.
-  O canalha do ex dela, ele surgiu na frente do prédio, o porteiro disse que ele obrigou ela a entrar no carro, o porteiro ligou para o Brunno, ele disse que passou a manhã e a tarde tentando falar com o Caio, e só conseguiu agora pouco antes de me ligar, ele disse que viu minha chamadas, mas ele não podia atender enquanto não tivesse notícias dela.
- Mas o que ele contou para você filha? Ele conversou com a Brunna?
- Ele disse que.. que, ele disse que ela vai ficar com ele até que ela desista de ir embora, e volte com ele.
- Isso é seqüestro.
- Sim, eu sei, e eles estão com medo de chamar a polícia, estão com medo que ele tente algo contra ela.
- Calma, fica calma Ludmilla, eu vou com você, espera que eu vou.
- Não mãe, eu vou sozinha, eu só estou com medo por ela, mas não precisa ir comigo, eu só preciso ir para o aeroporto agora, precisa de uma passagem.
- Calma, eu pedir para a Patrícia fazer isso, arrume suas coisas, eu levo você para o aeroporto.
Minha mãe me levou as pressas, por sorte e graças ao poder de persuasão de Patrícia, eu consegui um vôo que sairia as seis de Miami, pedi que minha mãe avisasse meu irmão e Luis, depois de minutos de atraso dei tchau a minha mãe.
Eu torcei e rezei para que assim que eu ligasse meu celular novamente eu tivesse boas noticias. Tomei umas duas doses de conhaque, e parei por ai, consegui dormir umas quatro horas, foi o pior vôo da minha vida, demorado e angustiante, quando acordei eram quase seis horas da manhã no meu relógio, mas em São Paulo seriam oito horas da manhã.
Eu liguei meu celular assim que pousamos, avisei a minha mãe e em seguida fui para o ponto de táxi no aeroporto. Passei o endereço que o Brunno me enviou por mensagem, eu tinha me esquecido de trocar dinheiro mas o taxista não se importou em receber em dólar, dei algumas notas para ele e sai do carro. Liguei para Brunno assim que cheguei, eu sabia que ele estaria acordado, o porteiro abriu para mim assim que desliguei o telefone.
- Oi Brunno.
- Oi Ludmilla, prazer em conhecer, infelizmente assim, mas prazer – Brunno era da minha altura, o mesmo tom de pele de Brunna, ele tinha olhos castanhos escuros, um corpo nem muito magro nem muito musculoso, parecia abatido e tinha alguns traços parecidos com os de Brunna, como o formato dos olhos e a boca.
- Notícias?
- Não, nenhuma, mas eu falei com o pai e a mãe dele, eles foram para lá, e essa é nossa esperança, eu estava esperando você chegar para irmos.
Eu deixei minha mochila no sofá da sala, e fui com Brunno para a garagem, ele ia passar na casa de um amigo de Brunna, Mário.
- Como vai? – Mário me cumprimentou assim que entrou no carro, ele era negro também, mais baixo que eu, tinha os cabelos castanhos mas pareciam ser pintados de um loiro nas pontas, ele também parecia abatido e cansado.
Eu respondi ao seu comprimento, mas ele não falava inglês, então muitas vezes Brunno teve que traduzir a conversa para mim.
Nós chegamos a casa que eles estavam, e todas as luzes estavam acesas, havia alguns carros parados na frente, uma mulher estava ao lado de fora e ela parecia estar chorando, quando ela nos viu ela chorou ainda mais. Brunno foi até ela, eles conversavam em português, percebi que ela perguntou quem eu era, e Brunno me chamou.
- Essa é a mãe dele – ela era baixa, de uma certa forma com ar jovem, cabelos lisos e castanhos, seus olhos estavam vermelhos e ela carregava consigo um terço, ela começou a falar em português comigo, Brunno colocou a mão no meu ombro e quando ela parou de falar, ele começou a traduzir.
- Ela disse que esta feliz que a Brunna tenha encontrado alguém, alguém que tenha vindo de tão longe para ajuda - lá, ela disse que sabe que nós estamos com raiva do filho dela, mas que ele não é má pessoa, ela disse que gosta muito de Brunna, sempre a tratou como filha, ela disse que esta tão preocupada com ela quanto com o filho, o pai dele esta lá dentro tentando acalmá-lo, porque ele se recusa a deixar Brunna sair do quarto.
- E a polícia? – eu perguntei a Brunno, a mulher parece ter entendido a pergunta, e ela começou a falar com Brunno, ela passava desespero em seus gestos.
- Ela pediu para ter paciência, pediu para não chamar a policia que o pai dele ia conseguir dar um jeito nisso.
- Mas ele não pode ficar impune.
- Sim, foi o que eu disse a ela, mas ela disse que no caso seria melhor um tratamento psicológico e não cadeia.
- Ele esta armado? – vi o medo no rosto de Brunno, um medo que refletiu em mim. Mario estava impaciente, e ele começou a discutir com a mãe do canalha, Brunno teve que interferir e pedir para que Mário voltasse para o carro.
- Ele esta muito nervoso, ele sempre foi assim, e quando ouviu que a mãe dele não queria que chamassem a policia ficou mais bravo ainda, disse que se algo acontecesse com a nossa irmã, ele mesmo iria fazer justiça com as próprias mãos.
- Porque ela esta aqui fora, e não lá dentro com eles? – Brunno se virou para perguntar isso a ela, esperei que ela respondesse.
- Foi ele quem pediu, ele disse que ela o deixa ainda mais nervoso, ai o seu pai exigiu que ela ficasse aqui fora – Nós sentamos na calçada, tínhamos que esperar para ver se o pai dele ia conseguir fazer alguma coisa.
Uma hora depois a porta da frente foi aberta, eu me levantei e fui para a frente da casa, Brunno me segurou, mas ficou ao meu lado, Mário saiu do carro e ficou ao nosso lado.
O homem tinha cabelos brancos por toda a cabeça, parecia cansado e nervoso, a mãe do canalha foi até homem, ele falou com ela, então se virou para nós, ele me deu uma olhada e logo em seguida Brunno começou a falar com ele, pelas feições de Mário as notícias não eram boas, eu queria saber o que eles estavam conversando, então Mário começou a falar, aquela discussão não ia ter fim, a mãe dele pegou um celular e começou a falar com alguém, e eu fiquei ali olhando a cena, eu respirei fundo, e comecei a andar em direção a casa. Ouvi Brunno me chamar, não olhei para trás, e pouco antes de chegar a porta uma mão me segurou, e então o pai de Caio veio junto e ficou na minha frente, ele começou a falar com Brunno, que começou a me explicar.
- Ele disse que não vai mudar de idéia, ele disse a ele que eles passaram por muita coisa, eles já brigaram e se resolveram inúmeras vezes, agora seria igual, ele não quer saber de polícia, ele disse que se chamarem a policia ele a mata e depois ele mesmo. O pai dele disse que já implorou a ele.. que eles quase brigaram lá dentro, mas ele se recusa, e ... – foi quando ouvimos um grito, e era de Brunna, eu passei por ele, ouvi todos atrás de mim, o pai dele berrava o nome dele, eu não sabia de onde vinha o grito, o pai dele passou por mim e entrou no corredor, e depois abriu uma porta, ele ficou parado na porta e mostrou a mão nos pedindo que esperássemos, a mãe dele passou por mim e foi para a porta, ela chorava muito e começou a berrar com o filho, eu precisava saber o que tinha acontecido, o que ele tinha feito com Brunna, ela estava machucada? Meu Deus, eu não ia agüentar muito tempo, Mário sussurrou algo no ouvido de Brunno, que depois sussurrou no meu.
- Mario chamou a polícia, mas pediu que eles viessem com as sirenes desligadas, ele explicou a situação, ele vai ficar lá embaixo esperando por eles -  eu concordei com a cabeça. – A mãe dele esta implorando para que ele solte Brunna, o pai está nervoso pedindo o mesmo.
- Você não me respondeu, ele está armado?
- Parece que ele esta com uma faca. – eu não podia mais agüentar aquilo, porque ela tinha berrado? Ele tinha a ferido? O pai dele entrou no quarto, e começou a berrar muito, ouvimos um barulho forte, alguém tinha caído, a mãe dele começou a gritar e foi no mesmo instante que Mário surgiu com quatro policiais atrás dele, Brunno berrou algo, e os policiais avançaram, mais barulho e gritos, eu não tinha mais ouvido Brunna, desde o grito.
Mário foi atrás dos policiais e eu fui junto, eu não vi mais nada eu só consegui ver Brunna, no canto do quarto, sua cabeça estava apoiada nos joelhos e ela os abraçava com força, Brunno estava com ela.
- Bru? – ao ouvir minha voz ela levantou a cabeça no mesmo instante, ela estava sangrando, um corte nos lábios e um na sobrancelha, percebi que suas roupas tinham sido rasgadas, ela me abraçou forte e começou a chorar soluçando no meu ombro, Brunno veio logo em seguida, ambos falando com ela em português, imagino que perguntando se ela estava bem, um dos policiais veio ate nós, quando olhei para trás, o ex dela estava algemado, ele não falou nada, mas o ódio em seus olhos eram plausíveis, era para mim que ele estava olhando. Agora, seus pais estavam chorando ao ver a cena, eu senti pena deles, mas eu queria que a justiça fosse feita.
Alguns paramédicos surgiram em seguida e nós tivemos que nos afastar dela, eu não queria, mas ela disse que seria necessário, então eu soltei sua mão e fiquei perto,  o máximo que pude.

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