A ordem matriarcal

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"Estou rezando por portas fechadas e janelas abertas

Eu voo do jeito que o vento sopra

Não tenha medo de sair

Se eu não sou tudo que você precisa

Então é só me libertar"

—Eu só preciso me sentir útil de alguma forma – ela disse irritada ao soltar os cabelos que estavam num coque bem preso e tradicional – me conheceu assim.

—Eu não disse que era ruim, só disse que não precisa – Raditz fala irritado por igual afrouxando a gravata e terminando de tirar a camisa de costas para a Chichi – não agora, e depois que tiver o bebê provavelmente não terá tempo para essas bobagens - disse ele

—Bobagens? Isso é importante pra mim!

—A faculdade era importante pra você e ela continua, seu trabalho com essa coisa de poema histórico sei lá – ele disse displicente gesticulando e terminando de tirar a roupa caminhando para o banheiro – eu já deixei isso...

—Eu preciso sair daqui eu vou enlouquecer! – bradou Chichi entrando no banheiro atrás dele após terminar de se despir – não é justo!

—Tá! – disse Raditz – lá em Tóquio eu até entendia, você trabalhava porque precisava da sua independência e toda aquela besteira, e depois eu não interferir porque de qualquer forma você ia acabar saindo de lá em algum momento...

—Eu quero a minha independência aqui também! O que eu vou fazer quando quiser compra algo meu?

—Me pedir – ele falou com naturalidade – aliás, você tem livre acesso a tudo que eu provenho – ele disse entrando em baixo da água.

—Não é a mesma coisa – ela falou irritada.

—Vai por mim, você não vai querer isso, e depois com uma criança pequena você deveria se sentir feliz de não ter que trabalhar, bom, não como normalmente faria, mas se tá tediada posso pedir pra minha mãe...

—Sua mãe não! – disse Chichi de uma vez – ela está com uma droga de agenda cheia de coisas e de afazeres relacionadas a casa.

—Ótimo – disse Raditz – tá aí sua chance de ocupar seu tempo vago – ele deu o assunto por encerrado e ela bufou irritada.

Os braços cruzados frente ao peito e face de irritação estavam notórios. Ela não deu o assunto por encerrado.

No entanto ele enlaçou a cintura dela a puxando para debaixo do chuveiro e começou a beijar o pescoço dela.

—Para! eu não terminei a nossa conversa – disse, e ele a largou bufando

—Tá, me dá uma única boa razão convincente Chichi? - Pediu

—é importante pra mim -- ela disse

—Tudo é importante pra você, tudo é razão para uma tempestade, tem a tendência a exagerar – ele disse irritado – quer ser útil, seja uma boa esposa, pra mim já tá ótimo.

—Inacreditável – ela disse com um riso irritado

—Olha quer saber? essa conversa termina bem aqui, voltaremos a falar quando você tiver um argumento real, ou a necessidade real, o que vier primeiro. – disse e pegou a toalha para se secar – te espero na cama

O jantar estava em puro silencio, ele ainda pensava na conversa que tivera com Chichi pela manhã, e lembrava-se das ultimas conversas com seu avô, em momento algum havia parado para prestar atenção em Suno ou em qualquer outra coisa, a mente estava ocupada com o que ele naquele momento julgava mais inquietante a sua cabeça. E assim que terminou o jantar se retirou e foi tomar um banho. Suno por sua vez retirou tudo da mesa, organizou, e diferente de Goku ela saiu um pouco para o lado de fora, olhou o céu e os jardim na sombra da noite um tanto irritada, um tanto frustrada com os últimos dias, com as discussões com a gravidez que não chegava. E depois de um tempo entrou e subiu para o quarto, Goku estava deitado na cama e lia algo quando ela se fez presente no cômodo. Ele levantou os olhos vendo a garota tirar a roupa e entrar para o banho e suspirou pensando na atenção não dada a ela, mas era tão comum que pra ele não era tão significativo. Deixou então de lado aqueles papeis quando viu ela sair vestida para dormir e escovou seus cabelos, a face transparecia uma melancolia inquietante que ele já via a uns dias.

Uma carta para você (concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora