O karma sempre volta

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"Está tudo tão confuso aqui ultimamente

Tenho certeza que ele não quer ser meu amor

Oh, ele não me ama, ele não me ama

Ele não me ama, ele não me ama

Mas tudo bem

Porque eu me amo, sim, eu me amo

Sim, eu me amo, sim, eu me amo mesmo assim"

Sexta taça de espumante, e ela estava andando ao lado de Vados no salão, era apresentada a uma seleta roda, da qual notara sempre as mesmas coisas em comum. Mulheres, em sua grande maioria influenciadoras dos negócios dos maridos, em sua grande maioria jovens como Vados, mas não tão jovens quanto ela era. Ela estava completamente acesa naquela noite, de forma que se sentiu realmente parte de algo como há muito tempo não se sentia, um momento em que poderia conversar, com quem certamente a compreendia, e o cunho das conversas não se resumiriam a meros caprichos, mas coisas de seu real interesse.

Pela primeira vez ela podia dizer que tinha uma vida própria, um brilho seu que ninguém tiraria e aquilo estava realmente despertando uma certa curiosidade em seu jovem marido. Talvez porque Goku nunca a tivesse visto fora de tudo que viviam, ou porque ele realmente nunca a enxergara como era, mas parecia uma presença nova ali...

Sentado a sua própria mesa, Raditz conversava com alguns homens e o olhar escapava ocasionalmente para o salão, vislumbrando algo que realmente chamava sua atenção desde que haviam chegado. Distraindo um pouco das conversas corriqueiras, ele se voltou a sua própria esposa:

– Então... você e a Suno estão bem agora? – perguntou como quem não tivesse real interesse.

– Não sei... é estranho – disse Chichi – ela está mais... sei lá. Só não parece a mesma garota irritante, e é esquisito porque dá até vontade de estar ao lado dela – riu Chichi – sabe que conseguimos até ter uma conversa civilizada, mas não sei se foi tão real assim...

– Isso é bom... – disse ele, dando de ombros e olhando para a garota de cabelos vermelhos ao longe conversando com algumas pessoas – talvez ela te ajude a se adaptar melhor aos seus deveres, não é?

– Claro... acho que... talvez ela me ajude sim – disse Chichi começando a pegar o fio da meada daquela conversa e de onde ela certamente iria acabar.

– Porque não aproveita que vamos ficar ainda mais alguns minutos aqui e se junta a ela e... conversa.

– Eu... não sei se gostaria – disse Chichi com certa sinceridade, afinal, ela não era uma mulher de negócios e sua experiencia pela manhã não fora nada animadora.

– Tem que começar de algum ponto, não é? E depois nem sempre fazemos o que gostamos. – disse Raditz com um sorriso torto.

E Chichi bebeu o restante do coquetel sem álcool que havia em sua taça, e, pedindo licença na mesa, se levantou e caminhou em direção a Suno.

A Garota de cabelos vermelhos, foi bastante receptiva à sua presença, porque na verdade para Suno, pouco importava realmente Chichi estar ou não ali, ela a apresentou às mulheres, mas Chichi simplesmente não partilhava de tantos assuntos com elas, e apenas deixou-se levar rezando para que a hora passasse logo e pudesse finalmente ir embora.

Lá pelas tantas, ela finalmente se viu livre, e, despedindo-se a fim de sair, caminhando até a mesa que Goku estava, Raditz e Chichi deram por encerrada a noite ali com eles. Goku, pelo seu jeito displicente e até aéreo, não se deu ao trabalho de usar de formalidades de Raditz para com Hitto, a fim de apresentá-los. Porém, o irmão mais velho já não tinha interesse maior naquilo e queria apenas aproveitar o restante do tempo em Okinawa com Chichi.

Uma carta para você (concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora