Uma carta para você (concluído)

Decisões dificeis

Toque suave, brisa cantante... o cheiro adocicado estava por toda a parte e os olhos ônix contemplavam com brilho dois ou três Hakuros que maturavam ali próximos e certa distância da pequena casa de madeira que terminava de ganhar mais um espaço novo... a mão desce ao ventre avantajado sobre o kimono azul e admira ao longe o vale repleto de cerejeiras e o laguinho, inspira e expira mais vez e fechando os olhos, arqueia os lábios numa curvatura sorrindo ao sentir o toque macio em sua cintura deslizando ao ventre, um abraço quente e aconchegante, já fazia alguns dias que não o sentia e estava realmente feliz de voltar a senti-lo.

—Trouxe algo pra você— o murmuro ao pé do seu ouvido fez sua pele arrepiar-se

Ela abriu os olhos e o encontrou com os trajes ainda da viagem que sempre fazia de tempos em tempos para Quioto, era um pouco longe, mas valia a pena dado ao comercio dela e tinham importantes compradores de seus produtos.

Entraram na casa e ela contemplou algumas coisas novas, mas a principal que chama sua atenção estava numa caixa com embrulho. Sentia-se como uma garotinha feliz, e de joelhos sobre o tatame viu as delicadas cerâmicas de pintura rosadas e verdes, o pequeno bule infusor com as delicadas tigelas de beber...

—é lindo! – ela disse com grandes olhos negros brilhantes

—Sabia que ia gostar minha pequena sakura – ele disse com um sorriso meio bobo – agora quero apreciar você – ele disse a olhando nos olhos e a vendo eufórica por poder usar o presente...

Ela olhava o celular novamente conferindo pela quarta ou quinta vez naquela tarde que nada havia mudado, nenhuma mensagem, nenhuma ligação, absolutamente nada, respirou fundo e continuou organizando as coisas no seu armário, os olhos recaíram sobre o livro de contos e a mente voltou-se a ele agora de outra forma, mais preocupada, teria algo acontecido? Algo dado errado? A curiosidade era latente, mas ela respirou fundo e decidiu apenas confiar nele, em suas palavras, a mão destra apertou forte o colar dos dois e do amor eterno e sem fim deles. Se achava louca ao pensar assim, daquela forma, mas era realmente como se uma vida fosse tão pouco pra que eles vivessem juntos, era como se já tivesse estado com ele antes, a muito tempo atrás... sorriu pensando naquelas bobagens, mas elas sem duvidas a reconfortava. Decidiu que faria um chá e leria um pouco, precisava de distração.

...

Ele manteve parte do silencio e decidiu ficar no seu quarto, só depois de um tempo deu por falta do celular e achou aquilo acima de todos os limites plausíveis e possíveis. A mesa com todos ali foi em completo silencio de sua parte que simplesmente não olhava ou respondia apenas terminou de comer e subiu ao seu quarto de volta.

—Ele vai ficar bem – Bardock disse – e se ele não quer participar disso resolva como quiser, tem minha autorização pra decidir tudo – ele determina olhando pra Gine.

Ela não estava satisfeita com aquele comportamento do filho, achava em parte até um tanto egoísta e displicente, justo a ela que sempre teve tanto zelo e carinho para com ele, o ver daquele jeito a frustrava.

...

Ele estava deitado na sua cama quando a atenção foi chamada pela batida em sua porta, ele olhou em direção a mesma e viu o irmão entrar.

—Vai embora – fala Goku dando as costas – não está satisfeito com o que fez?

—Eu só quero que entenda, só isso – Raditz fala sereno, porém firme – eu iria mesmo te ajudar, mas nessas circunstâncias é impossível, só resta remediar e tirar proveito, é isso que o um bom koshu (chefe de família) faria, e é isso que eu fui instruído a fazer, não conhece as ordens, você nunca nem se importou com isso, como quer fazer o certo se nem conhece?