"De repente o mundo se torna um lugar perfeito.
De repente o mundo se move com perfeita graça.
De repente minha vida parece fazer algum sentido, e tudo gira ao seu redor.
E não existe montanha tão alta, nem rio tão extenso.
Cante esta canção, e eu estarei ao seu lado!
Estrelas podem colidir e tempestades podem vir,
mas eu te amo até o fim da vida!"
– E-eu... tô cansada de lutar – ela disse...
A única coisa que ela ousou dizer, talvez realmente movida pelo cansaço de sempre se curvar, mas talvez tivesse sido uma tola decisão, ou não... Às vezes para se arrancar um grilhão, você se machuca por tentar da forma errada.
Aquela discussão apenas havia começado, mas na verdade não poderia ser chamada de discussão, uma vez que ela não tinha réplica, era apenas intimidada, coagida. E como sentia o corpo doer...
Encostada contra a parede ela só sentia os cabelos, que estavam firmemente seguros entre os dedos, e a mão fechada de Raditz que puxava um pouco mais a cada vez que ele insistia na pergunta e ela não abria a boca.
Era algo simples, ele queria saber onde estavam os papéis, ele queria saber o que ela buscava com aquilo e mais ainda quem a estava ajudando, porque sozinha ela não seria capaz de burlar nem mesmo o pouco que ela fizera. Em outras palavras, ele buscava completo rendimento e arrependimento dela, mediocridade... uma submissão forçada, literalmente.
– Eu sou justo... sou... complacente, e você ainda assim, acha que não é o bastante, vamos começar a tratá-la como merece por sua traição, esposa! – disse ele, antes de sair do quarto deixando a mulher, que chorava sobre a cama.
E Chichi se perguntava como ele conseguia fazer tanto estrago sem nem mesmo aumentar muito o tom de voz, sem se importar com o depois...
E ela sentia o corpo doer, a alma ferida além de tudo. choro era pouco, ela estava cansada de lutar...
– Onde está a Chichi? -- perguntou Gine na mesa para seu primogênito
– Ela... estava cansada e preferiu se deitar direto. – disse Raditz como se não fosse importante.
– Oh... poxa... ela não disse nada, parecia tão bem e...
– Kaasan... já disse – falou Raditz erguendo o olhar para a mãe – se ela não quer não vou insistir, ela está cansada, não é o fim do mundo.
♦
Sentados no café, eles conversavam reservadamente, ela havia preparado todo um discurso, justificativas..., mas diante dele tudo se perdia.
– Diz que eu posso te convencer do contrário? – Andrew disse, frustrado e consternado com a decisão dela.
– Eu... não posso Andrew... eu... eu tenho que acatar certas coisas, se meu marido não permite, então não posso ir contra... eu... devo sempre ser...
– Eu sei Suno, mas... – ele respirou fundo e segurou a mão dela sobre a mesa – vai ser horrível sem você lá, sabe que o Yuzumi é um tédio, não é? – ele sorriu, tentando amenizar o que realmente sentia.
– Eu... vou deixar o que posso organizado e... – Ela disse, cabisbaixa e Andrew segurou seu queixo e ergueu – eu ia gostar muito de estar contigo nessa viagem.
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Uma carta para você (concluído)
FanficEra um dos verões mais quentes da capital do oeste quando os olhos se cruzaram pela primeira vez... um destino que já estava escrito a muitos e muitos anos antes daquilo... seria mais uma historia piegas de amor...de almas gêmeas que finalmente se e...