Ela bateu na porta da suíte vizinha a fim de resolver todo aquele embaraço ao qual o marido forçou. Provaria à sua maneira que poderia ser, sim, sociável com Suno, que poderia resolver suas diferenças com a garota e ir além. Conseguiria o respeito e o gostar de Suno pelo que era e não por tudo que o marido dissera, provaria que os modos antiquados aos quais por vezes mostrava firme resistência naquela casa poderiam facilmente serem remoldados.
A garota de cabelos vermelhos, embora tenha demorado um pouco a atende– la, mostrou na face certo aborrecimento por tê–la ali na porta outra vez... no entanto não abriu a boca para falar nada, não queria ser de certo modo desrespeitosa, por assim dizer, com a droga da garota, que, pelo visto, na visão de Suno, fora chorar suas mágoas e birra para o futuro koshu da família.
– Eu vim avisar que realmente não precisa fazer nada junto comigo, eu conversei com o Raditz e ele disse que a decisão é sua então...
– Ótimo! – disse a garota, sem papas na língua – eu não quero.
– Suno, eu sei que você não está confortável com tudo isso, mas eu quero reafirmar eu não sou sua inimiga, e não quero que você se sinta acuada por causa dessa droga de hierarquia ou qualquer coisa assim, lide comigo como eu sou, eu não ligo pra isso e não quero que você se sinta inferior por qualquer razão.
– Nossa... quanta gentileza e nobreza! – desdenhou a garota – Já que é assim... – disse Suno, e fechou a porta na cara de Chichi.
– Também não precisa ser grossa! – bradou Chichi do outro lado – Achei que fosse mais educada que isso. – No entanto Suno nada respondeu do outro lado – É... pelo visto a educação se resume a regras de família e a eventos. – Murmurou Chichi com uma careta.
Ela então voltou ao seu quarto decidida a não se intimidar com aquilo, faria seu cronograma com ou sem Suno. E, vestindo a sua roupa, se arrumou e então percebeu que durante todo aquele tempo Raditz ainda não havia voltado e já estava perto do anoitecer. Pelo visto, a companhia do marido estava comprometida, o que a irritou de certa forma, principalmente porque mesmo não atendia o celular ou ao menos se dignava a responder às suas mensagens de confirmação, então, decidida, ela saiu da suíte, afinal, não perderia suas oportunidades por uma mera briga de diferença de visão entre ela e o marido.
Desceu e no lobby do hotel pediu por um táxi para iniciar o seu cronograma. Seu bebê, no entanto, agitava-se diante do próprio nervosismo da mãe.
– Agora não! – murmurou Chichi, acariciando o ventre e entrando no veículo na porta do hotel.
No bar, os dois irmãos riam por alguma conversa, presos e entretido em negócios.
– É muito antiquado esse sistema! – disse Raditz fitando o irmão depois de parar de rir – eu não suportaria isso.
– Exato! – disse Goku com ênfase – e quando eu tento opinar, eu sou tratado com um: "Garoto! Você não sabe de nada ainda, mal saiu das fraldas, meus negócios são tratados dessa forma desde de meus antepassados" – disse Goku, imitando a voz do sogro. – Ele é terrivelmente presunçoso e irritante!
– Por que não separa os negócios? – perguntou Raditz, bebericando a caneca de cerveja.
– Sabe que por alguns instantes, raros até eu até pensei, porque sinceramente não sei se aguento até aquele velho deixar os negócios apenas sob meus cuidados, mas daí é um processo muito complicado, e eu, sinceramente, senti preguiça. Fora que seria uma concorrência direta para meu próprio sogro, não sei se isso seria algo tão bem visto pela família da Suno.
– Eles que aprendam a se atualizar! – disse Raditz com ênfase – depois, você já tem todo o necessário, é só reclamar a parte legal do seu próprio acordo, eu já disse que você era meio devagar, não me surpreende ter preguiça de fazer algo assim, o que me surpreenderia era você me mostrar que pode ir além do que todos esperam de você, porque cá entre nós, suas expectativas nessa família são as mais baixas possíveis! – disse Raditz, sem papas na língua – por isso o papai ficou feliz por você escolher a Suno, nem que você tentasse escaparia daquilo. – Riu o mais velho, já levemente embalado pela bebida.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Uma carta para você (concluído)
FanfictionEra um dos verões mais quentes da capital do oeste quando os olhos se cruzaram pela primeira vez... um destino que já estava escrito a muitos e muitos anos antes daquilo... seria mais uma historia piegas de amor...de almas gêmeas que finalmente se e...