Um pedido da alma

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A correnteza deste rio

É como se eu ouvisse um timbre suave

O vento que sopra acaricia minha face

Minhas lembranças nostálgicas começam a fluir

Ela abriu os olhos brilhantes naquela manhã com a euforia de quem tinha o dia perfeito a sua frente. Espreguiçou-se e deu um largo sorriso, e pegando uma toalha foi em direção ao banho que já estava sendo preparado para ela, o ofurô estava particularmente especial, perfumado com essências, fora a fartura de comida ali, algumas amigas estavam junto dela para o seu dia, seriam como damas de companhia para a jovem noiva ansiosa.

Ele estava alongando-se no tatame que tinha em meio ao jardim sendo acompanhado pelo irmão. Conversaram pouco sobre eles e mais sobre o que estava por vir, sobre os negócios passados da família de Suno que ele teria de aprender a lidar e coisas que ele nem sabia por onde começar.

Encerrando aquilo, ele deu graças a kami-Sama quando Vegeta chegou ali cedo, e como ele queria se distrair, levou o amigo para andar um pouco, ao menos com Vegeta poderia conversar algo que não fosse restrito aquilo, negócios...

—Pensei que era idiota, agora tenho certeza. – zombou Vegeta ao saber da história toda

—Valeu mesmo Vegeta, é a melhor coisa que eu poderia ouvir nesse dia – Goku falou

—Disponha – Vegeta fala com um meio sorriso de lado

—como ela está? – Goku perguntou

—Como vou saber? Eu não falo com ela, não somos amigos, deveria fazer essa pergunta a Bulma que vive falando com ela – ele fala sério

—Tinha me esquecido – respirou fundo Goku depois de jogar uma pedra no laguinho e ver ela quicar se afastando ele completa – bom, ao menos vocês estão juntos né?

—Defina juntos? – Vegeta fala irritado – porque aquela mulher é inoportuna, é teimosa e difícil!

—é igualzinho a você – Goku ri ao se lembrar de Bulma – mas a diferença é que ela é legal, e você não – ri o jovem de cabelos desgrenhados – por falar nela, ela veio com você?

—Humpf, veio, mas conhece ela – Vegeta reclama

Bom, ao menos ele tinha algum reconforto perto, seus amigos, mas tinha de admitir que queria tanto ver outra pessoa, a única pessoa que realmente importava no meio daquilo tudo, a sua mente não tinha esperanças, principalmente depois de tudo, da última conversa, mas o coração ainda sim acreditava no impossível, pois àquela altura era tudo que ele tinha. Depois de todo o discurso de Vegeta sobre imprudência, algo que Goku julgou totalmente desnecessário o amigo despediu-se o deixando agora sozinho ali. Sentado Goku olhava o balançar das folhas das arvores.

Então era aquilo?

Tudo que ele podia ter ou viver pra com ela se resumia aquilo? Que droga de destino era aquele? Era injusto, era melhor não ter, do que ter e perder, só mostrava o quanto ele seria infeliz e era isso que as lembranças significariam pra sempre. Como aquele lago cristalino que era belo e perfeito, mas era proibido mergulhar..., mas o lago te chama, você quer, mas é proibido. O que fazer, mergulhar mesmo assim?

Foi trazido das suas divagações pela voz forte e rompante de Raditz

—Nosso pai te espera no escritório dele – disse e Goku deu um pulo e levantou-se seguindo o irmão

—Sabe o que ele quer?

—Não faço ideia, só sei que é algo com o casamento – disse o mais velho caminhando

Uma carta para você (concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora