Uma carta para você (concluído)

Sonhos viram pesadelos

"Nós voamos pelo tempo, pois somos escaladores dele

Estamos cansados de ficar brincando de esconde– esconde

O motivo pelo qual você chorou alegremente e sorriu tristemente

É porque seu coração te dominou

Ganhei um brinquedo que desejei a estrela

Agora ele está no canto do meu quarto

Eu tive cem desejos realizados

Algum dia, irei trocá–los por apenas um"

Nandemonaiya– Radwimps

– Suno! – disse Goku, surpreso em ver a garota ali e ela tinha um riso de ódio estampado.

Chichi desmanchou o seu sorriso imediatamente e ambos saíram do elevador.

Suno cerrou os punhos e trincou o maxilar visivelmente consternada e segurando a sua raiva e seu possível surto e entrou no elevador.

Goku se virou para a garota sem saber exatamente o que fazer ou o que esperar, e Chichi mais que depressa saiu de perto dos dois, indo para a sua própria suíte.

– Onde vai? – Goku perguntou a Suno

– Boa noite, Son Goku. – disse ela entredentes pouco antes da porta de aço inox fechar-se

Por alguns segundos ele ficou completamente sem reação diante daquilo vendo apenas os números do marcador digital do elevador mudarem à medida que descia. Tudo aquilo era inusitado, era novo pra ele que não tinha percepção total, talvez fosse sua ingenuidade ainda ante a vida e tudo. Se perguntava agora se deveria ir atrás dela, ou esperar a garota voltar... pensando na raiva que estava estampada na face dela, sabia que uma discussão era inevitável, porem era melhor uma discussão com ela calma não era? Ou se de repente o que ela queria era que ele fosse atrás dela e o fato dele não ir agravaria a discussão?

Aqueles pensamentos afogavam sua mente num mar de incertezas da qual ele não sabia como se portar. Nada mudaria o fato de que ela era a sua esposa, mas ele não queria ir atrás da fera em pessoa... suspirou e olhou para trás vendo Chichi afastar-se rapidamente pelo corredor em direção à porta da suíte dela e seu irmão.

Apertou o botão chamando o elevador ao lado, uma briga era inevitável, porem não poderia deixar Suno sair com toda aquela raiva, ela parecia mais instável do que qualquer coisa e se algo acontecesse a ela, ele certamente se sentiria culpado.

Suno, por sua vez, prendia tão agressivamente sua própria raiva e ciúmes, por diversas razões: ela saíra por um instante apenas, e, ao voltar, o marido não estava. Nenhuma droga de informação, nem uma droga de resposta, ela se preocupou, ela se sentiu aflita, tanto passou em sua mente, ela se importava. Achou que talvez o marido tivesse ficando com raiva pela discussão de mais cedo, não queria que aquela viagem se tornasse um martírio ou um pesadelo, e as palavras dele dizendo que queria fazer algo bom, só entre eles em Okinawa pesaram muito na sua cabeça, porque ela o amava tanto... mas vê-lo rindo e tão desprendido ao lado de Chichi havia despertado o pior dentro dela. E aquela bandeira de paz que deveria haver entre eles jamais existiria, porque agora Suno só queria odiá-la.

Na suíte de Chichi e Raditz, a garota havia entrado a pouco e assim que deixou a bolsa de lado viu a face nem um pouco agradável de Raditz que estava sentado em uma das poltronas que ficava próximo a janela panorâmica que agora tinha o blackout nela.

– Cadê a porcaria do seu celular? – perguntou ele com uma voz firme a olhando.

– Está na minha bolsa – disse Chichi firme mantendo o olhar no do marido