Tudo errado

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O som dos risos e da voz de sua mãe soavam altos e ele se espreguiçou na cama e viu o celular sobre o criado, os olhos irritados de uma noite – em tese – mal dormida ou aproveitada. Foi ao banheiro e fez sua higiene e trocando de roupa se juntou a família na mesa do café, sua mãe como sempre intensa, o abraçou apertado como sempre fazia desde que ele se lembrava afagando os seus cabelos negros desgrenhados.

— E então moleque, como tá a faculdade? – perguntou o pai ao abraça-lo e dá um tapinha acalorado em suas costas.

—Tá bem – respondeu ao se afastar sentando-se ao lado do irmão – é diferente lá, a capital é imensa e o campus da faculdade também é bem legal e... tem o ginásio...

—E você Raditz? Como andam as coisas na Senzuby? – interrompeu Bardock se voltando a Raditz.

—Tá bem tousan (pai) consegui uma boa oportunidade na semana passada num dos projetos deles, tem uma chance de isso render algo mais significativo – disse Raditz com um sorriso torto.

—Bom, mas não se esqueceu do nosso acordo, não é? – pediu Bardock o fitando.

—Não tousan – respondeu o filho mais velho maneando a cabeça com reverencia – estou trabalhando e aprendendo pra isso.

—ótimo – falou o patriarca da família – e você Goku? Parece que está mais resolvido que seu oniichan, espero não ter problemas, e pensando nisso eu decidi que voltará para a Capital do Oeste, será melhor aqui e com a sua união com Suno as coisas serão boas para o nosso negócio diante de tudo.

—Tousan eu... – Goku começou a falar quando o telefone do pai tocou e ele levantou-se da mesa atendendo o mesmo e deixando a conversa para depois – não decidimos que iriamos conversar? Estão decidindo minha vida sem mim! – murmurou Goku irritado com sua mãe.

—Conversa com ele – Gine fala enfática – diga ao seu pai porque deve ficar em Tóquio, não sou eu que tenho as razões, é você! Além do mais, não vejo nada de errado você vir pra cá, não queria nem que fosse pra Tóquio pra início, nenhum dos dois na verdade, o que tem lá, tem aqui.

—Não é a mesma coisa mãe e depois eu não vou me transferir pra cá, e tem mais, eu vim pra resolver as coisas, não pra acabar com a minha vida.

—Mas querido, sua vida tá só começando! – Gine fala eufórica novamente – e depois, temos mais a comemorar do que brigar tudo bem?

A campainha soa alto indicando a chegada de alguém a porta, alguém que Goku já saber de quem se tratava.

Na sua mente a coisa toda era simples, ele falaria o que estava acontecendo, eles terminaram aquilo da melhor forma possível, ele conversaria com seus pais e ponto, tudo voltaria a ser o que era, e Goku tinha certeza também que sua mãe sem dúvidas iria adorar Chichi e com ela sim, ele adoraria todos aqueles planos e conversas.

Os cabelos vermelhos eram brilhantes pendidos num liso alinhado, os olhos verdes brilharam ao cruzar os ônix dele, mas antes foi presa num abraço de sua futura sogra que sempre a recebia com carinho. Aproximou-se dele e antes de conseguir alcançar os lábios dele foi segurada e os lábios tocaram o rosto, um gesto frio que não lhe passou desapercebido, mais frio que da ultima vez que se viram, e agora ela pensava em como as coisas vieram a calhar na hora certa, tudo tem de acontecer quando tem de acontecer, era fato!

—Precisamos conversar – Goku disse sério e viu ela desenhar um sorriso nos lábios e consenti, ela estava tão vibrante e feliz que parecia até cruel o que ele estava preste a lhe dizer, mas ele já havia decidido e estava seguro quanto aquilo.

Subindo ao seu quarto ele trancou a porta a vendo enlaçar nervosamente os dedos frente a sua janela.

—Suno eu...- ele começou quando foi interrompido por ela o abraçando forte e enlaçando seu pescoço.

Uma carta para você (concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora