Ela é do tipo durona. Ele é do tipo bad boy. Kristen Lawrence deixa a pequena cidade onde vive em Carolina do Sul e vai tentar a vida em Los Angeles com a ajuda do seu amigo gay e o milionário mais comentado da cidade, Noah Keller. No meio disso tud...
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Minha mãe sempre costumava dizer que não devemos deixar de lutar pelo que queremos ou pelo que acreditamos, porque essas coisas definem quem somos, então estaríamos desistindo da nossa própria essência. Dizia também que as mulheres não devem ser tratadas como sexo frágil, porque somos mais do que isso. Aguentamos tudo o que fez parte da nossa história e é uma mulher que coloca um homem no mundo e tem que ter o desgosto de ver o filho tratar as mulheres como um lixo. Nunca, jamais, deixei um homem citar o que devo fazer ou como devo me portar. Nunca temi pelas consequências das minhas atitudes, porque todas elas são baseadas no que eu acredito, no que eu penso e faz parte de quem eu sou. Desde muito cedo tive que aprender a me virar sozinha e aprendi a nunca baixar a cabeça para ninguém.
Estava dirigindo o meu Mustang e já era possível ver o clube. É uma pena ter que ser demitida desse emprego, nunca vou achar um lugar nessa cidade que pague tão bem e com gorjetas tão boas, mas acima de tudo, está a minha dignidade. Não podia ficar sentada e apenas assistindo Zara maltratar Ciara daquela maneira. Estacionei em uma vaga qualquer e saí do carro. Respirei fundo antes de entrar no clube, é bom esse Peter manter as rédeas comigo ou não me responsabilizo por um nariz quebrado. O salto pequeno das minhas botas faziam um barulhinho a cada passo. Me aproximei do escritório de Peter e bati na porta, talvez mais grossa do que queria parecer.
— Entre! — pude ouvir ele dizer do lado de dentro.
Entrei e joguei a porta para se fechar sozinha. Mantive a expressão do meu rosto bem séria enquanto Peter me analisava, sentado na sua cadeira de couro. Antes que ele pudesse abrir a boca para pedir que me sentasse, me sentei e cruzei as minhas pernas que estavam com uma meia calça preta para combinar com a saia jeans com detalhes rasgados. Os lindos olhos verdes dele analisou bem a minha postura, talvez até demais.
— Bom dia! — sorriu com aquele sorriso perfeito.
— A papelada já está pronta? Estou com pressa. — fui curta e grossa.
Peter deu uma risadinha bem humorada.
— Você quer mesmo deixar de trabalhar aqui? — perguntou, me deixando confusa.
Mas caralho, foi ele que me demitiu!
— Você se esqueceu do que disse ontem à noite? — franzi o cenho.
— Eu sei o que disse, mas não quero te demitir, então a decisão é sua. Se quiser eu te demito. — simplesmente disse.
— Então me demita. — não demonstrei importância.
Pude ver a insatisfação em seu rosto. Peter escorou as costas na cadeira e me olhou.
— Sabe que não vai encontrar um emprego melhor do que nesse clube. — tentou persuadir.
— É, pode até ser, mas talvez em outro lugar, não tenha um chefe que mesmo assistindo uma cliente maltratar uma funcionária, fique calado só porque ela tem grana. — joguei na cara — Eu entendo. É sua maneira de trabalhar, se eu estou incomodada, vou apenas me retirar.