CAPÍTULO 34

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KATRINA ENCAROU a manchete chocante. Na ocasião, Jean Claude segurara a mão dela e a levara para fora para perguntar se ela estava bem acomodada em sua volta ao palácio.

– Katrina, eu sinto muito – disse Bernadette.

– Não. – Ela balançou a cabeça. – Eu que peço desculpas. Eu causei isso à sua família.

– Não se atreva a se culpar pela atitude vergonhosa de um paparazzo. Querida, Jean Claude é um prato cheio para os paparazzi. Ele é um príncipe regente, um líder mundial e uma celebridade linda.
Ele sempre será um alvo fácil. Como afilhada dele, a atenção também se voltou para você.

Katrina sabia que Bernadette estava falando a verdade.
Recebeu uma mensagem de texto.

– Julian novamente – informou Katrina para as duas.
A mensagem dizia:  ATENDA O SEU MALDITO CELULAR.

No mesmo instante, o telefone dela tocou. Ela reconheceu o número de Julian. Bernadette apertou o ombro da amiga, e então ela e Amanda a deixaram em privacidade.

Deslizando o dedo pela tela, ela tentou soar casual.
– Alô.

– Katrina, você está bem? Vi o tabloide esta manhã.

– Obrigado por sua preocupação. Estou bem.

– A maldita imprensa não nos deixa em paz. Por que você não me atendeu? – exigiu ele saber.

– Você não me ligou. – Ela se orgulhou do tom estável da voz. – Foi Marta.

– Você sabe que ela estava ligando por mim.

– Descobri que não estou disposta a esperar por você. – Oh, ela sentiu um peso sair das costas.
Silêncio foi a resposta do outro lado da linha.

– Não ligo para essa sua teimosia.

– Só por que eu me recuso a ser uma marionete sua, não quer dizer que eu seja teimosa –
protestou Katrina.

– Minha linda, você é a personificação da teimosia. Eu sinto muito a sua falta. – O tom rouco acrescentou peso à afirmação dele.

Ah, ela também sentira falta dele. E como. Mas não iria deixar a dor falar mais alto.

– Como está Sammy?

– Bem. Ele gosta de Inga, mas ainda pergunta por você. Ele quer saber se você está pronta para voltar para casa.

Ela fechou os olhos, contra a vontade.
– Eu estou em casa.

JULIAN JOGOU o telefone sobre a mesa e começou a andar pela sala. Ele era um homem
inteligente.  Então, por que deixava que ela o distraísse? Por que ele não conseguia se concentrar?

Uma batida na porta precedeu a entrada do pai dele.

– Filho... – Lowell sentou-se na área mais confortável do escritório de Julian, obrigando-o a acompanhá-lo. – ...acabei de ver o tabloide. Como está Katrina?

– Como eu vou saber? – mentiu ele, como vinha fazendo desde que ela se fora, negando que estava pouco a pouco se desesperando.

– Presumo que você tenha ligado para ela. A menos que você não tenha usado a inteligência e tenha pedido para sua secretária ligar. Nesse caso, ela provavelmente não vai querer falar com você.

Julian rangeu os dentes. Ele tivera várias reuniões, caramba. Que ele teria deixado de lado com alegria se ela tivesse atendido.

– Ela disse que está bem.

A Arte Da Paixão (Arlequin ) Onde histórias criam vida. Descubra agora