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Eu queria meu irmão de volta e não um vigia! Isso é um saco.

Continuo meu turno e observo Helena e Mike. Eles fazem um belo casal. Ela fica mais bonita com ele do que com Tony. Sorrio. Eles são fofos juntos.

Assim que meu turno termina, me sinto apreensiva, Erick ainda não apareceu. Tiro a touca e saio da lanchonete. Olho em volta e me assusto quando Helena corre para fora da lanchonete e em direção a um carro esportivo. Deve ser de Mike. Ela parece desesperada e quando Mike passa ao meu lado, seguro seu braço. Ele me olha de relance.

- O que houve? - pergunto e Mike me encara sério.

- Erick foi atacado. - arregalo os olhos e meu coração dispara.

- Posso ir com vocês?! - ele nega.

- Ele está na casa de campo, peça para Tony te levar depois. Agora não dá. - ele se desvencilha de meu toque e caminha para o conversível. Fico parada e meu coração acelera. Minhas mãos suam. Eles saem e fico parada em frente a lanchonete. Meus olhos marejam. Ligo para Tony. "Vamos, atende..."

A ligação cai e tiro do ouvido. Soluço. Volto a ligar. O celular chama duas vezes e finalmente ouço a voz dele.

- Alô?

- Erick foi atacado, está na casa de campo, quero ir ver ele! - digo com a voz trêmula e as lágrimas caem.

- Calma OK... Vou mandar mensagem para alguém de lá para saber como ele está, não posso sair daqui agora, mas fique tranquila. - "Tranquila?!" Caminho a passos largos em direção a minha casa.

- Anthony! - grito com a voz falha. - É se ele estiver morrendo, por favor... - suplico. - Me leve lá ou irei de Táxi. - digo.

- Espere até eu falar com eles e te digo, se ele estiver muito mal, então te busco, ok? - assinto secando as lágrimas.

- OK. - ele desliga e caminho a passos largos em direção a casa. Entro apressada assim que chego, vejo que a viatura está na frente de casa, o que me leva a concluir que papai está em casa. Entro. - Pai! - chamo. Ando até a cozinha e não vejo ele. Caminho para as escadas e subo depressa. - Pai! - chamo com a voz embargada. Ele sai do quarto bocejando e corro em sua direção. Abraço ele e soluço.

- Está tudo bem?

- Erick foi atacado! - digo e soluço. Ele retribui o abraço.

- Ele está bem? - balanço a cabeça.

- Não sei. - digo e me sinto muito preocupada, meu celular vibra e olho para o visor. Atendo. - E aí?!

- Ele não está tão mal, fique tranquila, ele está descansando, te levo pela manhã, ok? - meu coração se alivia.

- Está falando a verdade? - pergunto com certo receio. - Não minta para mim! - ordeno.

- Ele está bem Ayla... Confie... Prometo te levar depois.

- Tá. - digo amuada.

- Você vai esperar que eu chegue certo? Também estou preocupado. - assinto.

- Vou. - digo com tristeza. Ele suspira e olho para papai.

- Está tudo bem baby. - assinto e sinto lágrimas nos meus olhos.

- Tá. - Anthony me chama assim quando precisa ser extremamente atencioso, mas fazia muito tempo que não ouvia, agora, é a segunda vez que ele me chama assim novamente.

- Vou desligar.

- Uhum... - ele desliga e olho para papai. Ele suspira.

- Ele está bem, certo? - assinto e seco as lágrimas.

O conto do Lobo MauOnde histórias criam vida. Descubra agora