Ele se senta na cama e me puxa para seu colo. Sei que outras pessoas entram no ambiente, mas ignoro. Mantenho meus braços ao redor dele e me pergunto o que aqueles homens fariam comigo.
Me recomponho aos poucos. Me afasto de Tony e saio do seu colo. Olho ao redor e ele me oferece um olhar reconfortante.
- Eles vão capturar pelo menos um deles. - ele diz e assinto. - Relaxe... Eles já devem ter saído, os investidores que vieram comigo devem estar no andar de baixo com Amélie. - assinto. Olho para Tony e me sinto aliviada por ver ele. Me sento ao seu lado e abraço ele de forma desengonçada.
- Me leve aonde for agora, não quero mais ficar sozinha. - digo e sinto um pouco do terror de ser realmente sequestrada. Ele tensiona.
- Não dá Ayla... Não posso te levar ao laboratório e ficar com você lá. - ele diz e me afasto.
- OK então... - digo e me sinto uma estúpida. Realmente não tem como fazer essas coisas, é o trabalho dele. Ele me olha com preocupação.
- Vou deixar seguranças aqui com você, assim me sentirei tranquilo, pelo menos os caçadores não virão. - assinto. Ele olha no relógio. - De qualquer forma, meu horário de trabalho já acabou por hoje. - ele diz e se levanta. Ele estende a mão. - Vou pedir que fiquem pelo menos dois ao redor da casa por essa noite e dispensar o restante que está aqui, eles serão mais úteis procurando os caçadores. - ele diz e seguro sua mão.
Descemos e ele começa a instruir os caras, ignoro a conversa e me sento do lado de Amélie. Depois de algum tempo, eles saem. Amélie se afasta e retorna com um copo de água. Olho para ela com confusão e ela sorri.
- Tome um pouco, fará bem. - ela diz e pego o copo. Tomo o conteúdo e devolvo. Ela se afasta e Tony se senta ao meu lado, me puxando para perto e olho para ele com confusão. Ele fecha os olhos e me abraça.
- Acho que agora, todos, não só a fera, tem você como alvo. - ele diz e suspiro. Ele se afasta e me encara. Olho para ele e me sinto tão pequena. Algo dentro de mim agradece por ter Tony, ele meio que me protege e faz-me sentir como o ser mais importante. Isso me causa uma sensação gostosa de importância e sentimentalismo e me pergunto como realmente vejo ele. - Vou te levar para a casa de campo por segurança, Amélie também. Melhor que apenas eu e seu pai fiquemos por aqui. Sei me cuidar e seu pai não corre riscos. - nego. Não quero ir, realmente me assombra o fato de que estarei segura e ele estará correndo perigo. Estamos em uma caçada.
- Vou ficar. - afirmo e ele nega.
- Quero que esteja bem. - ele diz. - La é seguro, já que é nosso habitat natural. - nego.
- Não vou sem você. - digo. Ele suspira.
- Não faça isso novamente... - pisco vezes seguidas e lembro da lembrava que tive, também me recusei a deixar ele.
- Não me peça para ir Tony. - digo e ele aperta o maxilar. - Você não tem que me proteger se não puder, mas me deixe ficar por perto. - Ele bufa e se levanta do sofá. Ele olha de relance para Amélie e me tira do sofá, sou puxada através das escadas e subimos. Assim que estamos no andar de cima, ele me leva ao seu quarto e me encara.
- Ayla... - ele para de falar e passa para a forma incompleta. - Não discuta, não estou controlado e bem, é para te proteger. - nego.
- Não me venha com essa história novamente. - encaro ele e sou pega de surpresa quando ele me tira do chão. Ofego. Sou colocada contra a parede e ele rosna. Cerro os dentes. - Você não me assusta. - Digo e ele para de rosnar e se afasta. - Eu vou ficar. - ele roda pelo quarto e para cruzando os braços.
- Você é muito teimosa. - assinto.
- Sou. - Declaro.
***
Eu disse que ia ficar e fiquei. Estou no meu quarto, Amélie foi para a casa de campo, no entanto.
O dia ontem foi tenso, já que Tony e papai ficaram tentando me convencer a ir e eu nem dei bola, não vou e pronto. Não vou ir sabendo que estou deixando alguém aqui correndo perigo.
Já é noite e consegui usar meu tempo com o trabalho e estudos. Confiro o horário. Dez horas.
Comi lasanha e já estou pronta para dormir. Creio que um filme vai ajudar com que eu pegue no sono depressa. Coloco o filme rodar e apaga as luzes do quarto, apoio o notebook na cama e começo a assistir Família Addams.
Assim que está no meio do filme e estou quase pegando no sono, escuto toques na porta.
- Entra... - peço. A porta se abre e olho para a luz que entra. Sorrio. Tony. - Oi... - digo e me sento, pauso o filme.
- Só queria ver se estava bem. - assinto. Ele entra e caminha para perto da cama, se senta na ponta e estende a mão. - Vem cá. - nego.
- Boa noite de longe... - digo. Algo dentro de mim me força a manter distância, parece que a cada dia se torna mais difícil me aproximar dele, sinto um frio na barriga desconfortável, minhas mãos suam, eu fico nervosa. Tudo junto. Prefiro não me aproximar. Ele abaixa a mão e se levanta.
- Boa noite Ayla... - ele diz e caminha para fora, meu coração se aperta e suspiro. Ajoelho sobre a cama.
- Tony. - ele olha em minha direção. Abro os braços. - Posso receber um abraço? - na verdade não queria, às vezes tenho a impressão que ele nota, mas não quero ser fria e correr o risco dele começar a me evitar totalmente novamente. Ele se aproxima e me abraça. Como estou de joelhos sobre a cama, acaba que fico mais baixa e bato pouco abaixo de seu peito. Ele deposita um beijo no topo da minha cabeça. Fecho os olhos inspirando seu cheiro e me sinto realmente estranha. As sensações chegam, mas é confortável abraçá-lo e sentir seu calor. Gostaria de congelar esse momento. Ele tensiona e se afasta, caminha em direção a porta.
- Boa noite... - ele repete e segura a porta, me sinto muito mais esquisita, já que vê-lo na penumbra me dá uma visão realmente chamativa.
- Boa noite.
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O conto do Lobo Mau
Misterio / SuspensoAcho tão esquisito escrever mau com "U" '-' #ROMANCE #TERROR #SUSPENSE #MISTÉRIO Quem é o lobo mal? Eu ou ele? Me pergunto... ________________________________________ *Baseado em Chapéuzinho Vermelho (Versão Irmãos Grimm)" *Baseado na série Beaut...