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- Brenner. - ele diz e assinto. Pisco.

- Lindo nome Brenner... - digo e ele sorri. Ele fecha os olhos e inspira. O som que faz em seguida me faz estremecer e talvez, a adrenalina esteja começando a fazer meu sangue correr rápido nas veias, já que é um pouco arrepiante. Ele solta um grunhido e abre os olhos me encarando com um sorriso psicopata.

- Realmente tem um cheiro agradável... - sorrio. Ele faz uma careta - Mas está misturada com álcool. - faço beicinho.

- É. - rio. - Eu bebi um pouco, deveria ser grato, ou eu estaria chamando a polícia para você. É muito esquisito estar perto da minha casa às quatro da manhã. - ele assente e seu sorriso some.

- É... - ele volta a colocar o capuz e se afasta.

- Brenner... Espere. - chamo. Ele acena de costas mesmo.

- Não diga meu nome por aí Ayla... Se fizer, terei que cortar sua língua... Ou comê-la. - ele começa a correr e logo vira a esquina. Meu coração está a mil e acho que acabei de ser ameaçada. Dou de ombros. Não vou simplesmente sair por aí dizendo o nome de ninguém. Olho para trás e vejo uma luz me cegar. Ela se aproxima e logo noto que é Tony. Abro o portão e ele entra com a moto.

Fecho o portão e espero ele descer da moto. Ele tira o capacete e me encara.

- Ele esteve aqui não é? - ele diz sério e franzo o cenho. - O cara que te persegue. Ele esteve aqui. Não é? - ele pergunta de forma rude e assinto.

- Acabou de sair. - ele bufa e fecha as mãos em punho. Ele segue para a porta e abre ela. Me aproximo e entro. Ele tranca a porta.

- Sobe. - ele pede de forma exigente.

- Calma Tony... Ele já foi. - digo e pisco vezes seguidas.

- Sobe logo. - ele me encara e seus olhos mudam de cor. Engulo seco. - Você cheira a álcool, mas dessa vez vai se lembrar... Então sobe. - pisco novamente, mas decido subir, estou cansada e quero dormir um pouco antes de ir ver Erick. Caminho para as escadas e sinto Tony logo atrás. Abro a porta do quarto e entro. Sou pega de surpresa quando Tony segura meu braço e me faz deitar. Olho para ele e ofego.

- O que está fazendo? - sussurro. Ele se coloca sobre mim e cheira perto do meu pescoço, busto, barriga, pernas e braços e para a cabeça perto da minha mão. Observo tudo com estranheza. Ele rosna. Vejo as presas e sei que ele está bravo. Me assunto ainda mais quando ele se senta na cama e me obriga a sentar. Encaro ele. - Você está bem? - pergunto. Minha visão está meio embaçada.

- Odeio o cheiro dele. Ele já te machucou. - ele diz com grosseria e agarra minha mão. Abro a boca em choque, Tony segura minha mão e levanta a camisa com a outra.

- Ei... - sussurro. - Tony... - gralho. Ele esfrega minha mão em seu abdômen e aperta o maxilar. Ele solta minha mão e parece mais relaxado. Seus olhos ainda não voltaram ao normal e nem as unhas, presumo que os dentes também não.

- Prefiro meu cheiro em você. - ele diz e se levanta caminhando para a porta.

- Você é muito estranho... - digo e cruzo os braços. Cheiro minha mão e não tem o cheiro de nada. Levemente de perfume. Ele segura a maçaneta e se vira.

- Não quero desfazer suas expectativas, então não deixe ele ficar te tocando, isso me deixa instável. - pisco vezes seguidas.

- Por quê?! - ele sai do quarto e fico parada olhando para o nada. Me levanto. Quase caio, mas mantenho o equilíbrio. Detesto ser ignorada. Ele entra para o quarto dele e sigo ele. Ele fecha a porta e caminho com cuidado. Olho para meus pés e faço uma careta. Volto para meu quarto e me sento na cama sentindo tudo girar. Tiro os coturnos e levanto novamente apenas de meias. Sorrio. Elas tem várias notas musicais. Volto a caminhar e passo pelo corredor. Seguro a maçaneta e me equilibro novamente. "O merda... Estou parecendo um boneco de posto!" Aqueles infláveis.

Giro a maçaneta e entro fechando a porta.

- Me responde quando eu falo com você. - digo terminando de fechar a porta e assim que me viro, engulo seco. O quarto está com as luzes apagadas, mas os olhos de Tony brilham no escuro. - Meu Deus... - sussurro. Sou levantada do chão e em segundos estou contra a parede e a adrenalina me toma. Ele está de calça moletom apenas. Ofego. - Tony? - ele rosna. Isso ajuda a limpar um pouco o efeito do álcool. Sinto seu rosto em meu pescoço e sinto uma tontura. - Me diz que não vai me matar... - sussurro. - Sou eu, Ayla. - digo com medo do que ele é capaz.

- Eu sei... - ele diz com a voz grave. - Nunca entre no quarto de um homem assim. - assinto.

- Eu juro que não farei... Se todos me atacarem assim, eu prefiro morrer virgem... - acabo rindo. - Não sou mais virgem. - gargalhou da minha piada e ele rosna. Engulo seco e fico séria. - Des-desculpa. Me solta e saio do seu quarto.

- Não. - fecho os olhos e começo a rezar. "Que eu saia viva! Que o lobo não me ataque! Odeio contos de fada!"

- Tony... Você está me assustando.

- Eu sei.

- Jura? Por que não parece... - digo e minha voz some. Sinto quando ele me aperta contra a parede e seu corpo cola no meu. Choque me preenche. Ele está... Ofego. - Tony? Somos irmãos lembra? - ele nega e se afasta.

- Não somos irmãos... Esse é o problema... Não sou seu irmão... - a voz dele continua grave e encaro seus olhos brilhantes. Minha cabeça está confusa.

Somos irmãos e isso não deveria existir entre nós. Nada. Nenhum tipo de atração. Tento me manter bem, mas estou confusa.

- Desde quando? - pergunto e ele fica mudo. Meu coração acelera e desvio o olhar dele. O álcool mexe com meu psicológico ainda mais e não quero, pela terceira vez, analisar Tony fisicamente. Não quero sequer cogitar pensar nele como homem. Sinto uma mão em meu queixo e sou obrigada a encarar ele. Seu olhar é sofrido.

- Eu te amo tanto... Mas não como irmão... Entende agora porque te evitava?

🖤🖤🖤🖤🖤🖤🖤🖤🖤🖤🖤🖤
Vishh!

Um pouco em choque, talvez....

Mentira, estava na cara que ele carregava um caminhão de bosta por ela...

Não me surpreendi ¬¬

Kskskskskksksksksksk

Até o próximo capituuuuuuulo minionzinhos...

Sabe onde meter o dedão? Issoooooo

Na 🌟

⭐ Deixe seu voto e até a próxima ^^

O conto do Lobo MauOnde histórias criam vida. Descubra agora