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Me visto e olho no espelho. Suspiro. Espero ser bem recebida por mamãe.

Saio do quarto e desço as escadas. Tony e os quatro rapazes estão no andar de baixo. Caminho até eles e sorrio para Tony. Ele abre a porta da frente e saímos.

Na frente da casa tem um carro esportivo de quatro portas preto e a camioneta toda arruinada de Anthony, além delas, tem alguns carros com vidro escuro, minhas suposições de quem são essas pessoas se confirmam assim que nos aproximamos do portão: Repórteres.

Eles se aproximam e os quatro rapazes me cercam. Sou encaminhada para a camioneta e entro sem dizer nada, Tony entra em seguida no banco do motorista e os rapazes vão para o carro da frente. Franzo o cenho.

- Não faz mais sentido ir no carro sem danos? - pergunto e Tony me olha de relance e liga a camioneta.

- Vou buscar minha moto na casa de campo e te levar para o hospital psiquiátrico, e depois você vai andar com eles. - ele diz e sorri. - Vou pedir que Gabriel e Philipe levem a camioneta para o conserto. - ele diz e saímos.

Depois de um tempo, Anthony estaciona na casa de campo e sorrio. Desço e ouço uivos a distância. Tony olha em volta e faz sinal para o carro que os rapazes estão, eles não descem e olho para Tony.

- Eles sabem sobre vocês? - Tony nega e entra na casa. Entro em seguida. Amélie está sentada na cozinha com Camille e as duas estão comendo panquecas, Felícia está fazendo algumas panquecas a mais.

- Por isso pedi para eles continuarem no carro, o pessoal vai farejar eles e não vai se transformar por ali. - ele diz e as meninas nos notam. Felicia sorri.

- Bom dia! - Camille diz animada e Amélie corre para me abraçar. Retribuo o abraço.

- Bom dia. - digo. Tony cumprimenta as garotas.

- Onde está Helena? - ele pergunta e Camille morde um pedaço da panqueca antes de responder.

- Estão na mata. - ela diz e Amélie se afasta. Ela me analisa.

- Ei! - digo e sorrio. - Não estou ferida. - ela suspira.

- Queria que ficasse por aqui. - ela diz. Tony começa a procurar a chave da moto.

- O que procura? - Felícia pergunta.

- Quero a chave da moto, vou deixar o carro aqui, peça para o Gabriel e  o Philipe levarem ao conserto. - ele diz, Felícia assente e coloca outras panquecas na mesa. Me sento em uma das cadeiras e me sirvo de uma panqueca.

- Suas chaves estão no seu quarto. - Amélie diz e se senta do meu lado. - Obrigada pelas panquecas Fê! - ela diz e sorri. Mordo um pedaço.

- São deliciosas! - digo e Tony some pela casa adentro. Como uma panqueca e Tony aguarda até que eu termine. Me despeço das garotas e olho para Tony. Ele parece impaciente. - Vamos? - ele assente.

Saímos e ele tira a moto da varanda e liga ela. Ouço uivos e Gabriel, transformado em pantera, aparece e fica na entrada da floresta nos observando. Vejo mais dois lobos e eles parecem tranquilos, porém, um deles sai da floresta e corre em minha direção. Reviro os olhos. Philipe!

Me assusto quando outro sai da floresta e vem na minha direção.

- Droga... - Tony resmunga e desce da moto. Ele olha de relance para o carro preto e para na minha frente encarando os lobos que rosnam. - Saiam daqui, não vão se aproximar dela agora, apenas... - ele suspira. - Tem humanos naquele carro e vocês sabem o que acontecem se eles saírem dali. - olho para o carro e a porta dele se abre, armas são apontadas para os lobos. Tony pragueja e acena para eles. - Está tudo bem! - ele grita e olha para os lobos. Eles deitam e me sinto aliviada. Tony sobe na moto e subo em seguida. Eles choramingam e Tony sorri. - Vou começar a trazer humanos para que vocês mantenham suas patas longe da Ayla. - ele diz e os lobos rosnam. Ele me entrega um capacete e coloca o dele. Saímos e o carro nos segue. Seguimos para o hospital e não demora muito a estarmos nele.

O conto do Lobo MauOnde histórias criam vida. Descubra agora