Capítulo 2 • ✔

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Haru on;

Vou para o refeitório em passos super rápidos, entro na fila é peço uma das tiazinhas uma pizza inteira. Uí, uí que burguesia, além de ser de graça é bem diferente do Brasil. Paro de me recordar das minha lembranças antigas no Brasil e sorrio ao ver a pizza enorme na minha bandeja.

- Obrigada!

Minha individualidade me da muita fome, ou melhor uma das minhas individualidades né? Sim, eu sou tipo listerine! Multifuncional.

Saio caminhando pelo refeitório a procura de um lugar para comer já que quase todas as mesas estavam lotadas, esse lugar parece até um formigueiro. Logo me sento em uma mesa afastada começando a comer.

Olho em volta percebendo todos com seus grupos de amigos, colegas é até alguns pares românticos.

Nunca fui de ter amigos, sempre dei um jeito de afastar todos de mim graças aos meus problemas pessoais. É isso acontece principalmente quando eu me apego, então prefiro ficar sozinha no meu canto, na maioria do tempo viajando na maionese.

Acho que esse ano vou tentar ser mais sociável, mas meu temperamento forte não colabora nem um pouco com meus planos, vai que dá certo né?

- Só queria estar em casa - falo para mim mesmas antes de morder minha pizza.

Tudo estava calmo, relaxado, tranquilidade total, mô paz! Até o momento que um certo alguém se senta na minha frente, não acabando por aí é roubando um pedaço da minha pizza.

Que abuso é esse meu filho? Achando que tá em casa ein?

- O que a peste está fazendo aqui? - Termino o meu segundo, terceiro pedaço? Nem sei.

Sabe não fui com a cara dele, afinal ele me chamou de tapada atoa. Claro eu sei que eu realmente sou tapada, mas precisava falar assim na cara?

- PESTE O KARALHO! - O loiro do pavio curto praticamente berra depois de terminar o pedaço de pizza que ele roubou.

- Eí abaixa esse seu tom de voz para falar comigo! Eu não sou sua mãe não - o encaro raivosa, digamos que eu tenha ouvidos sensíveis.

- PORRA ME ESCUTA AQUI, tá achando que manda em mim? - Ele se levanta batendo as mãos na mesa.

- Quem você acha que é p'ra falar assim comigo? Fora que eu pedi p'ra você parar de gritar animal - o olho sínica imitando sua pose de machão.

- SUA, sua, sua...

Ele tenta pensar em um xingamento rápido, até parece que alguém nunca enfrentou ele antes.

- Não adianta pensar, eu sei que eu sou incrível! - Brinco convicta - aproveita e vai para a lapa.

- Lapa? - Ele ergue a sobrancelha.

- La pa casa do karalho - pisco o fazendo ele bufar igual à um touro.

Quando ele finalmente retoma a consciência para me refutar eu escuto passos próximos.

- Eai Bakugou - um ruivo alto para do nosso lado.

- Vaza daqui cabelo de merda - o loiro aguado diz sem parar de me encarar ou desviar o olhar.

Caramba olha com que bicho eu fui me meter.

- Relaxa maninho, você parece estressado - o ruivo se senta no banco vago no lado do loiro, depois de finalmente me olhar ele abre um sorriso digno de um tubarão - Eai! Eu sou o Eijiro Kirishima.

- Haru kawasaky - sorrio minimamente para ele, pelo menos esse parece amigável.

- P'RA ELE VOCÊ FALA SEU NOME NÉ?! - O tal do Bakugou fala alto, credo ele não cansa de gritar? Meu ouvido já está apitando.

- Claro ele é educado! Além disso não fica gritando atoa ou chamando os outros de TAPADA.

O ruivo sorri discretamente mostrando seus dentinhos afiados - por sinal isso é muito fofo - parecia estar se divertindo com a situação.

- Bom, quer saber? Eu já vou indo tenho mais o que fazer - Pego meu celular que estava jogado na mesa - até mais Kirishima!

Me levanto é saio andando como se nada tivesse acontecido, passo pela porta principal do refeitório é sigo caminho pelo corredor.

Hoje eu estou sem paciência p'ra briguinha.

Bakugou on;

- Por que ela não te disse tchau? É qual foi a razão dessa discussão - o cabelo de merda pergunto confuso.

- Ela é uma mimada do kacete - me sento emburrado.

- Calma aí irmão, vocês nem se conheceram direito - ele pega o último pedaço da pizza.

- É nem preciso - sussurro para eu mesmo mas ao que parece ele escutou.

Quem ela pensa que é para falar comigo dessa forma? Com certeza ela vai pagar por isso, shineeeee Haru.

𝐒𝐡𝐢𝐧𝐞𝐞𝐞𝐞𝐞 𝐊𝐚𝐜𝐜𝐡𝐚𝐧 → ʙᴀᴋᴜɢᴏᴜ ᴋᴀᴛsᴜᴋɪ 'Onde histórias criam vida. Descubra agora