𝐒𝐡𝐢𝐧𝐞𝐞𝐞𝐞𝐞 𝐊𝐚𝐜𝐜𝐡𝐚𝐧 → ʙᴀᴋᴜɢᴏᴜ ᴋᴀᴛsᴜᴋɪ '

Capítulo 14 • ✔

Haru on;

Eu estava ofegante, minha respiração falhava, meus pulmões ardiam ao tentar conseguir mais oxigênio. Lágrimas se formavam aos montes nos cantos dos meus olhos, não, não eram lágrimas de tristeza — eram lágrimas de puro ódio. Tem coisas nessa vida que magoam, ver uma pessoa que você confiou a sua vida toda fazendo isso é uma dessas coisas.

Estava me sentindo traída, mas quem não estaria no meu lugar? Quem não se sentiria assim na minha situação? Meu próprio irmão me traiu é está tentando me matar, o Mado não estava assim ontem, parece que ele está sendo possuído por alguém ou algo. Tento manter meus olhos abertos por um pouco mais de tempo, que droga essa luta tá acabando comigo.

Meu ouvido já sangrava, estava cheia de marcas de ácido pelo corpo, o corredor estava uma bagunça e nós não estamos diferentes. O garoto está parecendo um psicopata, eu nunca o ví assim. Ele realmente estava se tornando um vilão, tanto que lembrava o papai bravo — se eu já ví meu pai bravo? Tenho vagas lembranças sobre isso.

Tento me levantar pela segunda vez, mas ele me empurra com força me fazendo bater a costa em um dos vários armários desse corredor. Solto um pouco de sangue pela boca, esse maldito não estava brincando quando falou que ia me matar.

Será que ninguém percebeu isso? Onde estão os professores quando precisamos deles?

— Pensei que sossego mais forte irmãzinha, ficar do lado dos heróis não é tão bom agora né?! — Ele rí voltando seu ombro deslocado para o lugar.

— Shine! — Vejo uma cabeleira loira se aproximando, parecia uma bala de canhão pronta para afundar um navio. — Bakugou?

Eu devia estar delirando, não é possível que ele esteja alí no fundo do corredor.

— Shine? Bakugo? São as piores últimas palavras que eu já ouvi, em toda a minha vida — Mado franze o cenho concentrando todo seu poder em sua mão direita, provavelmente preparando o golpe final.

Fecho os olhos esperando meu fim, mas acabo por escutar explosões — nada, eu não senti nada do que pensei que sentiria. Sem entender eu abro os olhos me deparando com um loiro na frente me protegendo, ele tinha recebido o impacto do ataque por mim. Sem me conter, eu deixo um sorriso fraco escapar.

— Vejam só! Um amiguinho veio te salvar Haru, qual vai ser o próximo ein? Talvez o Hidan, quem sabe o all Might? — Mado diz sarcasticamente me fitando com um sorriso de canto, ele parecia estar ainda mais animado.

— Quem você acha que é? Você não tem a porra do direito de encostar um dedo nela — Bakugou se posiciona se preparando p'ra lutar, ele estava parecendo um super herói de verdade... Bom, ele é realmente meu herói.

—Eu? Quem sou eu? — Madoyami corre até o explosivo dando um soco certeiro em seu estômago, aquilo doeu até em mim. — Sou apenas o irmão dela, a pergunta de verdade é: Quem é você?

— Sou a pessoa que vai acabar com a sua raça — ele desvia de um golpe dando um belo chute no meu irmão. — É só isso que consegue fazer seu merda? — Bakugou começa mini explosões em suas mãos.

— Você ainda não viu nada seu oxigenado — Mado fica ainda mais insano, então ele se levanta bufando como um touro. — Vai fazer o que hum? Me explodir bombinha?

— Vou te ensinar — Bakugou pausa sua frase com corre até ele virando uma explosão. — A nunca mais machucar a MINHA garota.

— Minha? — Sussurro sentindo minha visão começar a embaçar, essa simples palavra fez meu coração disparar de uma forma diferente.

Outra batalha é iniciada, só que dessa vez Bakugou estava no meu lugar — tenho que admitir, ele luta melhor que muitos heróis profissionais por aí. Eles começam a lutar, o sinal de alerta da escola finalmente toca indicando uma possível invasão — tão possível que estava acontecendo na minha frente, por minha culpa.

Eles estavam caindo na porrada com tudo, sem se preocupar com o que estava ao se redor — bom pelo menos o vilão não estava, já que sempre que eles chegavam perto de mim o loiro dava um jeito de afastar a briga, o loiro realmente se preocupa comigo.

Queria ajudar, mas eu amo tinha forças para me manter de pé. Percebendo que os alunos estavam começando a sair de suas salas, meu irmão dá um jeito de escapar dá briga. Mado some dá nossa vista como num passe de mágica, ele com certeza não correria o risco de ser preso — ainda mais depois disso.

— Você é um covarde do Kacete, volta aqui é termina essa briga seu porra! — Bakugou berra mandando uma explosão na direção do muro, aonde meu irmão tinha pulado a segundos atrás.

Katsuki até pensou em ir atrás do garotos e cabelos roxos, mas rejeitou com tudo essa idéia ao me ver tossindo sangue. Ele então correu até mim se abaixando do meu lado, tudo o que eu consegui dizer antes de apagar foi um obrigado — depois disso, eu desmaiei em seus braços.