Capítulo 17 • ✔

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Haru on;

Barulho, barulho, que porra de barulho é esse?
Abro os olhos na força do ódio, vendo de início uma cena cômica — tinha um despertador quebrado no chão ao lado de um loiro com uma cara brava, ele parece ter acabado de descontar toda a sua raiva acumulada nesse treco.

— Era mais fácil ter desligado, essas coisas digitais são caras — me sentei na cama, levanto os braços o máximo que eu posso para me espreguiçar.

— Eu odeio o karalho desse despertador, já queria ter trocado — ele revira os olhos antes de finalmente me olhar. — Quem não odeia essas coisas?

— Talvez o cara que inventou o despertador, ele deve ter focado rico — dou de ombros com um sorrisinho. — Que dia é hoje?

— Sei lá, acho que é sábado — o loiro pega o despertador quebrado jogando-o dentro da lixeira, no canto do quarto.

— Vou ir ver meu irmão e talvez andar de skate, quer vir? — Bocejo tentando não ceder é acabar voltando a dormir.

— Mude seus planos — o maior anda até a janela e puxa a cortina para o lado. — Tá caindo um toró lá fora é além disso, não foi o arrombado do seu irmão que tentou te matar?

— Tenho dois irmãos, sou a caçula e prometo que esse é legal — sorrio para o garoto que apenas dá de ombros.

— Se você diz- Ele dá um sorriso microscópio de canto indo fazer alguma coisa.

— Já vou indo — tiro a coberta de cima de mim é levanto sentindo o clima frio, apenas balanço a cabeça indo até a porta de saída do dormitório. — Obrigada de novo Bakugou, te devo uma.

— Espera aí apressada — ele pega um moletom preto com uma caveira branca que estava em cima de uma cadeira é praticamente joga na minha cara. — Você vai virar um picolé de sair sem blusa de frio, veste isso aí.

— Ah, valeu — me visto sem pressa nenhuma.

— Nem pense em estragar ele, se isso acontecer eu acabo com sua raça Idiota — o mais novo se joga na cama, voltando a se cobrir.

Dou um sorrisinho e saio de lá com uma certa pressa, ando pelos corredores vendo alunos com roupas casuais é sorrisinhos animados. Eles olhavam p'ra mim é começavam a cochichar entre sí, virei uma capa de revista de fofoca agora porra?! Reviro os olhos, sabia que eu seria a escória da escola cedo ou tarde.

— Oi Haru — um ser rosado se aproxima com uma cara surpresa, logo a Mina abre a boca chocada. — Não acredito, isso só pode ser brincadeira.

— Oi Mina, como assim? — Fico confusa.

— Esse moletom, você matou o biribinha? — Ela aponta para a roupa.

— Eu quase morro é você está preocupada com um moletom? Os de verdade eu sei quem são — faço um beicinho vendo ela rir. — Até onde eu sei, ele está vivo. Qual o problema do moletom?

— O bakugou não deixa nem a mãe dele encostar nisso aí, é a coisa mais valiosa p'ra ele! Quase um pedido de casamento, vocês dois por acaso estão... — ela deixa a frase solta fazendo uma careta maliciosa.

Pobre sogra, sim sogra! Sou iludida mesmo foda-se.

— Não! Somos só amigos — a repreendo já entendo aonde ela quer chegar, bixa safada.

— Oi gente — Denki, ou melhor super choque asiático se aproxima. — Qual é a boa?

— Bakugou é Haru estão se pegando — Mina responde em disparada, nem dando tempo para que eu explicasse.

— Não estamos nós pegando — bufo frustrada.

— Quem tá se pegando? — Kirishima aparece do nada, esse povo tá nascendo do chão. — Por sinal como está você é o meu mano Haruzinha?

— Ninguém está se pegando, fora que estamos melhor — sorrio pela preocupação do ruivo. — Obrigada por perguntar.

— Bakugou é Haru estão se pegando — Mina é Dnki repetem, nem p'ra me ajudar pikachu?

— Por essa eu não esperava — Sero se apoia em mim, ué quando foi que ele chegou? — Mentira esperava sim.

— Não estamos se pegando — bato a mão na minha própria testa frustrada.

— Quem tá se pegando? — Escuto uma voz rouca atrás de mim.

— Haru é Bakugou — a garota rosa respondes mas se arrepende assim que olha p'ra trás de mim, tanto ela quanto eu reconhecemos o dono dessa voz.

Eles saem correndo me deixando sozinha com a pessoa que eu com certeza sei quem é, preparem meu enterro — dessa vez é sério.

— Então estamos se pegando? — Bakugou coloca as mãos no meu quadril é me vira de frente para ele. — Por que ninguém me falou porra nenhuma sobre isso?

— Eu não disse nada, a Mina que está inventando coisas — dou de ombros.

— Você não disse nada é? —  Ele me prensa contra a parede mais próxima. — Não gosto de mentiras idiota.

— Idiota é você otário.

— Imbecil.

— Babaca.

— Lerdona.

— Lesado.

— Jumenta.

— Retardado.

— Gostosa.

— Eu sei disso seu trouxa!

— Trouxa é você Cretina!

— Sou nada Bocó.

— Bocó? — Ele solta uma risada gostosa mas disfarça depois. — Tinha xingamento melhor preparado não?

— No momento não, mas eu tentei pelo menos — sorrio p'ra ele. — Espera um pouco, você riu?

— Não — ele olha para o lado direito, desviando o olhar.

— Você riu sim, fora que está coradinho.

— Não estou karalho — ele tenta se soltar.

— Fica quieto disgrama — abraço o loiro tentando fazer ele parar de se mexer, o que estranhamente dei mais certo do que eu pensei.

𝐒𝐡𝐢𝐧𝐞𝐞𝐞𝐞𝐞 𝐊𝐚𝐜𝐜𝐡𝐚𝐧 → ʙᴀᴋᴜɢᴏᴜ ᴋᴀᴛsᴜᴋɪ 'Onde histórias criam vida. Descubra agora