Capitulo 4

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Como não avia nada para fazer, fui dar uma volta pela Fazenda, encontrei com tantos bichos que me dava nojo, como é que meu pai me fez vir para um lugar cheio de animais igual aqui? bufei e respiro fundo tentando achar minha paz interior, peguei meu celular e tentei achar algum sinal de internet, mas não pegava de jeito algum, como vou sobreviver nesse local sem internet por longos três meses?
Olhei para o lado e avistei vários cavalos comendo pasto, um deles olhou para mim e começou a chegar mais perto, comecei a me afastar e a correr até que virei o pé e cai no mato apagando em seguida...

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Acordei e estava em uma cama e em um quarto que não era meu, me lembrei que avia torcido o pé e caído de cara no chão, a porta do quarto se abriu e era o Hector.

- O que quer aqui? - pergunto.

-Aqui é meu quarto. - Ele diz sério.

- E por que eu estou no seu quarto?

- Porque eu achei você no meio do mato apagada e te trouxe para cá. - Ele continua com a sua pose de durão. - Já vi que o melhor teria sido ter te deixado lá.

Vou para me levantar mais quase caio, então volto para cama.

- como você queria não vai trabalhar.

- Eu não sou nenhuma inválida.

- Mas é o que parece, não precisava torcer o pé para não trabalhar.

- Olha aqui seu caipira eu não fiz por querer, e saiba que eu irei trabalhar sim, não sou nenhuma imprestável! -  Me levanto escorando na parede.

- Volta para a cama você vai se machucar.

- Não, eu quero ir pro meu quarto. - Vou andando apoiando na parede. - Sua cara de caipira já me cansou!

- Como quiser então. - Ele diz. - Te vejo amanhã as 5h.

- Te odeio!

Abro a porta do quarto e saio dali o mais rápido possível, meu pé está doendo, mas dá pra aguentar a dor, vou até a cozinha é encontro uma senhora e uma mulher conversando.

- Oi você é a Bianca né? - pergunta uma senhora.

- Sou sim.

- Que bom que acordou estávamos preocupados com você, Hector nos contou que te achou desmaiada perto do pasto dos cavalos.

- é eu tenho medo de cavalos. -Falo baixo.

- Uma garota igual a você não pode ficar na fazenda. - diz a mulher. - Deveria ir em bora logo.

Essa mulher pensa que é quem hein? para falar assim comigo.

- Queridinha se eu pudesse nem aqui eu estaria, mas não tenho escolha. - Respondo no mesmo tom grosso dela.

- Alicia não fala assim com ela. - diz a senhora.

- Lá vem você defendendo a novata. 

- Não se preocupe Bianca, a Alicia é assim mesmo. - Ela abre um sorriso confortante. - Meu nome é Margareth.

- Eu preciso de um pouco de gelo para colocar no meu tornozelo, será que a senhora poderia me arrumar?

- Claro, senta aí que eu vou pegar.

Me sentei na cadeira e estiquei meu pé colocando em cima de outra cadeira, Margareth logo me deu um saquinho com gelo e coloquei em cima do meu pé, doeu um pouco pelo fato de estar gelado, mas logo passou e meu pé até desinchou.
Voltei para meu quarto, troquei de roupa e cai na cama pois meu primeiro dia foi puxado.

 Que venha os próximos 89 dias ...

Bruto e  RústicoOnde histórias criam vida. Descubra agora