Capitulo 6

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O dia foi um caos total eu literalmente percebi que não sirvo para trabalhar na roça, eu gritei grande parte do dia por causa dos animais que vinham para o meu lado enquanto eu estava com o balde de comida deles, Helen ria muito de mim e eu apenas gritava de medo.
Ela me fez até passar a mão em um cavalo e foi até que uma sensação legal, o pior de tudo foi eu tirando o leite da vaca, eu não sei nem apertar um teta direito, meu Deus!
Eu trabalhei bastante, mas acabei tudo antes do almoço graças a Helen que me ajudou.
Sentei-me a mesa e meu estômago estava fazendo barulho de tanta fome que eu estava, devia ter comido mais como alertou Luck.
Quando todos chegaram eu já estava sentadinha na mesa, todos olharam para minha cara como se nunca tivessem me visto.

- Como foi o primeiro dia de serviço? - perguntou Luck.

- A foi nojento mas dei conta.- falei e  todo mundo caiu na risada menos a mocreia.

- e  o pé  ?.- continuou a conversa comigo.

- ontem a noite eu coloquei gelo e hoje acordou desinchado e bem melhor , obrigado por perguntar.

Helen atrasada chegou depois de todos, e se sentou ao meu lado.

- Bia deve tá morrendo de fome em. - Ela disse para mim.

- Eu estou sim, deveria ter ouvido o seu concelho  Luck e comido mais, porém tenho que manter o regime. - Passo a mão na barriga.

- Até parece que você precisa de regime, já é magra por natureza. --Ele bufa.

- Vamos comer. - diz Margareth terminando de colocar os pratos na mesa e se senta.

- Preciso falar com Você depois do almoço Bianca. - diz Hector mais uma vez sem olhar na minha cara.

- Tudo bem.

Fecho a cara pois isso dele falar sem me olhar está me deixando nervosa, coloco comida no prato e aquela costela com mandioca estava com um cheiro divino, que eu não pude resistir e coloquei um pouco no meu prato e bastante salada também.

A comida da Margareth estava maravilhosa e isso me fez comer mais que o normal, pois minha fome era bastante, depois do almoço como Hector disse que precisava falar comigo eu o fiz esperar pois fazia parte das minhas tarefas ajudar Margareth na cozinha.
Ela começou a lavar a louça e eu fui secando colocando nos devidos lugares onde ela mandava, bom pelo menos nisso eu fiz certo eu acho ...

- Hector precisa falar com você, você não quer ir lá e deixar que eu termino aqui? - pergunta ela me olhando.

-Está tudo bem Margareth, ele pode esperar um pouquinho. - Sorrio.

- Não brinca com fogo em.

- Ele não pode me fazer mal algum Margareth.

- Vocês vão acabar se gostando.

- kkkk  eu gostando daquele caipira grosso? Jamais, isso não tem nenhum risco de acontecer.

- O jeito que vocês se tratam parece que tem tanto ódio, e ódio acaba virando amor em.

- Nada disso, mas me deixa ir lá para não ter que ficar escutando você falar de coisas improváveis de acontecer então. - Dito isso ela começa a rir.

- Foge mesmo, mas do amor você não pode fugir. - Ela continua a rir e eu saio andando.

Vou para o escritório do Hector, bato na porta e entro em seguida.

- O que quer? - me sento na cadeira de frente para ele.

- Fiquei sabendo que já acabou suas tarefas.

- Sim, tive ajuda da Helen.

- Que bom que já está se adaptando.

- Só isso?

- Não, eu quero saber o porquê de você partir para cima da Alicia essa manhã?

- Ela já foi te contar? -me levanto e bato na mesa. - Aquela jararaca colocou o pé na frente para eu cair e eu caí e quebrei os ovos.

- Mas você não deveria ter batido nela.

- Eu não cheguei a bater infelizmente porque Helen chegou bem na hora e a única coisa que deu para fazer foi empurrar ela.

- e  por que ela me disse que você bateu nela?.- Ele me disse sério.

- Eu não sei. - Atravessei a mesa e fiquei bem perto dele. - olha aqui se tem uma coisa que eu não sou é mentirosa, então se quiser acredite em mim que estou falando a verdade ou naquela megera.

- Não  estou dizendo que está mentindo .

- Mas é  o que parece.

- Você veio aqui para mudar seu comportamento esqueceu? então se comporte por que estou de olho.

- Seu caipira eu não tenho medo de você entendeu? E só uma coisinha, quando estão falando comigo eu gosto que olhem para mim porque essa sua maneira de não olhar para mim está me irritando.

- Quer que eu te olhe? - Ele me dá um olhar de cima a baixo de propósito.

- Sim, não... - Me confundo.

- Decida- se.

- Você não é nenhum garotinho e entendeu muito bem o que eu falei, se precisar de mim estou no meu quarto. - Estico minha blusa para baixo e sai do seu escritório.

No corredor paro e respiro fundo voltando ao normal novamente, ele me deixa desnorteada e olha que eu cheguei ontem, as palavras da Margareth me vêm na cabeça " ódio vira amor" eu não o odeio eu apenas não gosto e isso jamais se tornará amor.

Bruto e  RústicoOnde histórias criam vida. Descubra agora