Expondo o jogo

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Desculpe pela demora. Ia postar antes, mas meu passarinho morreu e fiquei sem cabeça para isso. Além de outras dificuldades pessoais.

Tomem um calmante para ler esse capítulo.

Boa leitura! ❤️

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Maddie Ziegler


Lilia costuma me dizer que deveria ter amor pelas coisas que tenho, que por mais que não seja o meu sonho, muitas pessoas queriam estar no meu lugar.

Sempre digo que é a maior besteira que já escutei. Afinal, o amor nunca foi generoso comigo.

Pensei ter encontrado esse sentimento com Finn Wolfhard. Ele era o pacote completo. Poder, inteligência e beleza, a santíssima trindade que almejava. Entretanto, Jack Dylan Grazer apareceu em minha vida, me fazendo conhecer o que dizem ser o mais forte sentimento.

E como o esperado, era tudo um conto de fadas. Nunca senti uma dor emocional tão grande, e naquele dia, jurei não deixar mais ninguém me rebaixar.

Vocês devem estar se fazendo muitas perguntas a cerca dos recentes acontecimentos, não é mesmo? Explicarei tudo.

Realmente fiquei grávida de Finn, mas as coisas não foram e nem são como ele imagina.

Não planejei engravidar, mas infelizmente aconteceu. Precisava dar um jeito. Inicialmente vi uma chance de me sobressair com Finn, mas não valeria a pena.

Quem diria que alguns anos depois valeria a pena, não é mesmo?

Não estragaria meu corpo por tão pouco, e Jack não aceitava que tivesse um filho de seu "amigo". Na realidade, ele estava bravo por não conseguir fazer o mesmo.

Pensando desse modo, decidi realizar um aborto. Jack me acompanhou e meus pais ajudaram a organizar um plano. Dentro de algumas semanas armaria um acidente doméstico, onde coincidentemente perderia o bebê. Infelizmente, Finn descobriu meu caso antes.

Não tive notícias de Wolfhard por dois anos. E estava tudo bem, até minha vida começar a desmoronar no mesmo período.

Estou cansada de viver com máscaras, de não ter a vida que alguns anos atrás era cobiçada por outras.

Os negócios da família oficialmente entraram em falência, não sabemos por quanto tempo podemos manter as aparências.

Tive que desistir de minha carreira como modelo, não estava dando os lucros que almejava, além de ser difícil de manter.

Entrei para um ramo que beneficiasse a família. Quase tranquei minha faculdade pelas dificuldades, mas consegui permanecer com uma bolsa de estudos. Sim, sei que é o cúmulo da vergonha, mas não tive outra opção.

Estou em uma situação deplorável.

Você é capaz de qualquer coisa para conquistar seus objetivos?

Convivi com essa frase durante bons anos de minha vida.

Meus pais sempre me disseram que para ter o melhor, você tem que dar o seu melhor, não importa as circunstâncias. E é nisso que tenho trabalho nos últimos meses, desde que soube que Finn voltou a cidade.

Tentei me aproximar aos poucos. Fazendo pedidos de ternos na empresa e frequentando os mesmos lugares, mas não adiantava, ele estava irredutível.

Como Finn Wolfhard não colaborava, tinha que tomar outras medidas.

Investi o pouco de minhas economias para contratar um detetive meia boca.  Descobri que Finn estava procurando uma substituta temporária para a lerda da Lilian, o momento não poderia ser mais oportuno.

Tive a ajuda de Carina, minha criada mais bajuladora e interesseira. Perdi um lindo colar de diamantes, mas consegui realizar o plano.

Com toda sua experiência e cara de coitadinha, não foi difícil conseguir o cargo na primeira oportunidade. E em uma bela noite, a bebida que meticulosamente era a favorita de Finn, foi batizada. 

Era o cenário perfeito. Bebidas vazias na sala de estar, roupas pelo chão do quarto, e obviamente, uma camisinha própria para pregar peças.

Tudo deu certo no final, e tenho registros em fotos dessa noite triunfante. Vocês sabem, caso venha a calhar em algum momento.

Os passos seguintes foram fáceis. Persuadir Finn, ser insistente, até finalmente dar a notícia que abalaria seu psicológico.

De fato minha tia Jane sempre teve uma vida muito solitária. E como todo Ziegler, tem uma mente mirabolante. Concordou de bom grado me ajudar a subir na vida novamente.

Pagou minha passagem para a Argentina.  E o mais importante, me deu a garantia de que se Finn resolvesse fazer um exame de DNA, o mesmo teria resultado positivo.

Pegariamos uma criança que teria a idade do bebê que um dia abortei, ingênua e de preferência órfã. Com a pouco idade e mente boba de criança, uma história dramática seria o bastante para convencê-la que sou uma mãe arrependida.

Tia Jane também cuidaria disso. Disse que existem várias periferias por lá, e caso essa ideia não desse certo, ligaria para alguns contatos.

Finn tem princípios, é uma alma velha e romântica. Com as jogadas certas o farei se apaixonar por mim novamente.

Só existe uma coisa que me preocupa: Millie Bobby Brown.

Finn anda caidinho por essa aberração. Mas não me deixarei abalar, não cheguei até aqui para deixar uma qualquer vencer.

Ela terá o que merece dentro de algumas semanas.

Agora preciso focar novamente em meus objetivos. Estou esperando Finn em um pequeno café perto do prédio de minha tia. Finalmente vamos conhecer nosso filho! Estou tão ansiosa e emocionada.

Maddie Ziegler, você é ótima! Ótima!

Os minutos se passam e nada de Finn. Começo a me preocupar.

Dez... vinte... quarenta minutos atrasado.

Não é possível que ele tenha desistido, não é?

— Maddie. — finalmente escuto sua voz. Me levanto rapidamente.

— Pensei que não vinha, estava preocupada. — comecei minha bela atuação.

— Vamos logo. — Finn ia se virando para sair, o contive segurando em seu braço.

— Por favor, espere. — cruzes, ele está com um aspecto péssimo. Parece que não dorme a dias.  — Quero conversar com você antes, por favor.

— Maddie, não estou com paciência para...

— Por favor, cinco minutos. — depois de um revirar de olhos, Finn puxa uma cadeira e se senta. — Sinto muito por meu comportamento na sua casa. Tinha ido para a festa de aniversário de Lilia e bebi um pouco, não pensei em meus atos. Estava com raiva por ter te visto com a Millie.

— Entenda que estou com a Millie, que pretendo oficializar isso assim que voltar. Gostaria que você parasse de ter essas atitudes imprudentes.

Que meigo. Finn Wolfhard está apaixonado pela princesa Millie. Veremos se seus planos irão dar certo, meu querido.

— Tenho total consciência do que fiz, peço desculpas. Quero ter uma relação amigável com você, afinal, nos precisamos.

— Certo. Podemos ir agora? — mas que ansiedade para ser enganado.

— Claro, vamos. — disse me levantando e respirando fundo.

E o jogo continua.

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É isso. Vlw flw.

Amo vocês! ❤️ Até mais! ❤️

                                                 

Bad Romance - Fillie Onde histórias criam vida. Descubra agora