No stop me

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''As piores coisas da vida vem de graça.''

- Eu quero saber onde a minha mãe está! Eu tenho esse direito! - Eu gritava enquanto aquele homem nojento me arrastava de volta pra boate. De volta pra Las Vegas. De volta para o inferno.

- Cala essa boca imunda, desgraçada! - Ele murmurava. - Para de gritar no meu ouvido!

Seus dedos apertavam meu braço com tanta força que parecia até que ele fosse rasgar a minha pele. Tentei me soltar, mas ele me apertou ainda mais forte e eu gemi de dor:

- Me solta! Eu sei andar direito!

- Sabe andar direito o suficiente pra ter fugido com o marginalzinho, não é?

- NÃO. CHAMA. ELE. ASSIM.

- Cala a boca Abbie Liesel, pelo amor de Deus! Sua voz de vadia é idêntica a da sua mãe.

Assim que ele disse aquilo, estávamos na entrada da boate e ele me levava escadaria acima. Eu parei, fazendo com que imediatamente ele me fitasse e em um impulso eu juntei toda a saliva na minha boca e cuspi na cara de Scott.

Eu podia sentir uma onda de prazer invadir o meu corpo naquele mesmo instante.

Seus dedos foram parar no seu rosto, no mesmo local onde a saliva escorria. Ele me olhava incrédulo, mas seus olhos além disso demonstravam ódio, muito ódio. Em seguida, eu pude sentir sua mão dar de encontro ao meu rosto, me causando uma ardência e fazendo com que eu fechasse os meus olhos rapidamente.

Maldito!

- Você... - Sussurrei, virando o meu rosto e fitando-o. - VOCÊ NÃO TEM O DIREITO DE RELAR UM DEDO EM MIM! - Gritei eufórica, voando pra cima dele e lhe dando um belo de um tapa na cara.

- SUA VADIA SUJA! - Ele berrava com ódio. Senti seus dedos entrelaçarem com força no meu cabelo e então, Scott começou a puxa-lo, me levando escadaria acima. Eu podia sentir a minha bochecha queimar, o meu couro cabeludo doer e o meu peito inchar de ódio.

Eu era capaz de matar aquele desgraçado!

- ME SOLTA! - Eu berrava. - ME SOLTA SEU FILHO DA PUTA! ME SOLTA, ME SOLTA!

Ele me arrastava, eu ainda podia sentir seus dedos colados em cada fio do meu cabelo. Algumas lágrimas já começavam a cair do meu rosto, mas eu não me importei. Não me importei nem de estar aos berros sabendo que milhares de garotas da boate pudessem ouvir. Eu queria que o mundo soubesse de como Scott era.

Então, entramos em um quarto desconhecido. Scott acendeu a luz e começou a me puxar novamente pelo cabelo, até me jogar no chão com força. Eu podia sentir meu corpo inteiro doer. O barulho da corrente fez com que eu abrisse os meus olhos em instantes, então, eu olhei pra trás, vendo Scott mexer em algumas correntes. Em instantes, ele veio até eu, me pegando pelo braço com brutalidade.

- Eu vou te ensinar como ser uma boa menina, Abbie! - Ele disse do jeito mais arrogante possível, me levando até a corrente e começando a me prender.

- Me solta daqui, Scott! Você não sabe com quem está se metendo.

- E você sabe por um acaso? - Ele riu irônico.

- O detetive Michael viu o que você fez comigo e com o Justin, você sabe que daqui a pouco a polícia chega aqui. É melhor você me soltar.

- Cala a boca Abbie. - Ele parecia não se importar com o que eu dizia enquanto colocava os cadeados nas correntes, impedindo que eu saísse.

Comecei a mexer as correntes na intuição de me soltar.

- Você não vai poder me prender por muito tempo, Scott. Você sabe disso, não sabe?

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