Together with you

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''Eu não consigo me livrar desse sentimento agora. Estamos atravessando os sentimentos na esperança que você pudesse parar e embora eu só tenha te causado dor, você sabe que todas as minhas palavras sempre terão um pouco do amor que tínhamos quando você é o meu caminho que me leva pra casa. Veja as chamas dentro de meus olhos, elas queimam tanto. Eu quero sentir o seu amor. Calma, querida, talvez eu seja um mentiroso mas esta noite, eu quero me apaixonar e fazer você confiar em mim.''

Os meus olhos intercalavam naquela casa de janelas largas e jardim bonito e no papel que estava na minha mão. Aquele papel tinha o nome de Patrícia, provavelmente sendo o nome da mãe de Justin e em baixo do seu nome tinha a rua, o número e o bairro, e naquele instante eu me encontrava naquele mesmo lugar do endereço. Eu nem acreditava que havia chegado depois de ter fugido da boate com poucas peças de roupas dentro de uma pequena mala e ter pegado o primeiro voo para o Canadá, sem nem saber onde Justin pudesse estar. Chegando em Straford, uma cidade localizada no interior do Canadá e onde eu vi pelo Google que era a cidade natal de Justin, eu pesquisei com padeiros e pessoas que trabalham no comercio da cidade onde era a casa de Patrícia (preferi falar o nome da mãe de Justin do que dele próprio, não quis mostrar que o meu interesse estava sob o artista pop), muitos conheciam a mãe de Justin como Pattie, mas logo me passaram o endereço. Eu achei que encontraria uma mansão em um condomínio fechado, mas por sorte não tinha nenhum condomínio fechado, tão pouco mansão, a casa era grande sim, mas nada que chamasse tanto a atenção.

O meu coração estava disparado e o meu olhar ainda estava parado naquela casa de dois andares, eu tentava criar coragem pra ir em frente. Peguei a minha mala que estava no chão e em passos rápidos, comecei a andar em direção a porta enorme de madeira da casa, que provavelmente indicava a porta de entrada. Soltei um suspiro de leve, fechando os meus olhos por alguns instantes e dando duas leves batidas na porta.

O relógio marcava 15h em ponto. Não estava tão sol já que o dia estava nublado, mas era como se eu sentisse meu peito pegar fogo. Quando eu pude escutar alguns passos se aproximarem da porta, a minha respiração ficou descompensada, até eu escutar alguém mexer na chave e girar a maçaneta, abrindo a porta em instantes. Uma mulher que aparentava ter seus 40 e poucos anos, cabelo castanho até os ombros e um sorriso carinhoso me fitou um pouco confusa. Ela era bem bonita.

- Oi. - Eu disse, rindo fraco. - Você é... Patrícia? Pattie? - Perguntei, sentindo a minha bochecha queimar.

- Sou eu mesmo, você é quem? - Ela perguntou um pouco confusa.

- Eu sou a Abbie. - O nervoso tomava conta de mim, e eu me maltratei mentalmente por isso. É obvio que Pattie não me conheceria.

- Ah, hum... Abbie. - Ela sorriu, olhando pra trás e depois voltando a me fitar. - Você quer... que eu chame o Justin, huh?

- Sim, por favor. - Mas antes que ela pudesse se virar pra responder, uma voz um tanto quanto doce e rouca ecoou pela casa:

- Mãe? Quem está na porta? - Era Justin.

Pattie me fitou com um sorriso fofo nos lábios. Eu me senti perdida por escutar a sua voz tão perto, por saber que... Estávamos tão perto. O meu coração disparou de forma frenética, eu pensei que fosse ter um infarto a qualquer momento.

- Venha ver com os seus próprios olhos, querido. Se eu for te contar você não vai acreditar. - Pattie disse com os seus olhos ainda colados em mim.

Justin resmungou alguma coisa, mas, seus passos em direção a porta foram ouvidos e eu tinha certeza que ele estava fazendo exatamente o que a sua mãe havia lhe pedido. Coloquei a minha mala no chão, então, Justin surgiu na porta. Ele piscou diversas vezes sem acreditar no que via, me olhando de cabeça aos pés e abrindo um sorriso.

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