Peacock

Going crazy?

POV. Justin Bieber

Eu acordei pela manhã, eram pouco mais das 10 horas. Abbie estava deitada ao meu lado em um sono profundo. Fiquei com os meus olhos presos a ela, e sorri ao me lembrar que aquela foi uma das noites em duas semanas que Abbie não havia tido pesadelo, o que era um tanto quanto maravilhoso. Passei o meu polegar em sua bochecha, esperando que ela fosse acordar, mas nem se quer se moveu. Aproximei o meu rosto do dela, selando a sua bochecha, e mais uma vez nada. Andei com os meus lábios pela sua bochecha, parando em seus lábios, dando um selinho longo. Ela continuou nem se quer a se mexer.

- Abbie? - murmurei, sentindo a preocupação tomar conta de mim. Abbie tem sono leve, ela acordaria com os meus toques. - Abbie? - a chamei mais uma vez, vendo-a em seguida abrir os olhos com dificuldade, esfregando-os com a mão. - Oh, amor... - eu disse aliviado, vendo-a me fitar confusa.

- Aconteceu alguma coisa? - sua voz rouca e sonolenta me perguntou, e eu apenas balancei a cabeça negativamente, levando os meus lábios até os seus e dando mais um selinho. - Hum, que horas são? - ela perguntou, dando um pequeno sorriso.

- 10 e pouco - respondi após olhar para o relógio.

- Temos algo pra fazer hoje? - ela perguntou, bocejando. - Eu estou tão cansada!

- Cansada por que? - perguntei, franzindo a testa. - Nós não fomos dormir tão tarde ontem.

Abbie pareceu pensativa, desviando o seu olhar do meu. Ela sempre fazia isso quando não tinha resposta. Logo voltou a me fitar.

- Deve ser a maconha - ela disse por fim, tendo o seu olhar na minha direção, então, eu apenas lhe dei um sorriso, nada convencido disso.

A maconha nunca causaria isso a ninguém, tudo bem que em Abbie ela causa muita sonolência, mas nada que uma boa noite de sono pudesse solucionar. Sem contar que pela olheira, pelo seu jeito exausto, pela sua demora de acordar, por não ter tido nenhum pesadelo e pela sua vontade de permanecer na cama o dia todo, parecia mais que Abbie não dormiu nada a noite.

- Então amor, temos algo pra fazer hoje? - ela voltou a pergunta e eu balancei a cabeça negativamente.

- Não baby, podemos ficar em casa o dia todo - eu sorri, vendo-a também abrir um sorriso. - Está com fome?

- Um pouco - ela respondeu, bocejando mais uma vez.

- Podemos tomar um café bem reforçado, o que acha?

- Acho ótimo! - ela disse animada.

- Então vem - falei, tirando o edredom de cima de mim. - Vem me ajudar! - eu sai da cama, escutando Abbie resmungar, ri fraco, andando até o lado onde ela estava deitada e puxando o edredom, logo, a segurando pelo braço. - Vamos amor! - falei, vendo-a rir e soltar um suspiro, logo, se levantar.

- O que eu não faço por você, hein? - ela disse, começando a andar preguiçosamente até a porta. Eu a levava, segurando em sua cintura enquanto seguíamos em direção a cozinha. Esther nos seguia.

Fizemos omelete, panquecas, waffles, fritamos bacon, chocolate quente, café preto e suco de laranja. Não costumávamos tomar café da manhã por acordarmos tarde, e geralmente abusávamos no almoço mesmo, mas aquele dia eu apostava em algo diferente.

A mesa estava farta de coisas boas, e eu me sentei ao lado de Abbie. Ela vestia apenas uma camiseta grande minha, tão velha que eu nem mais usava, mas ela insistia em querer usar por dizer que tinha o meu cheiro. Nos pés ela usava um par de meias que chegavam até a canela. O frio continuava rigoroso e a neve não cessava a nenhum momento. Estávamos chegando no meio de Dezembro.