Capítulo 5

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Jimin.

Sexta-feira...

– Logo depois do estágio sigo pra casa dos meus pais.– Digo enquanto entro no carro. – Vou deixar o carro no estacionamento e vou de táxi para o aeroporto.

– Você ainda não me contou o motivo dessas viagens. – Tae se vira pra me olhar.– No início eu pensei que você só queria um colo de mãe... Qual é o real problema?

– O problema é com meu pai. – Suspiro frustrado. – Ele voltou a beber, e como sempre, se torna agressivo. Eu me preocupo com a minha mãe sozinha naquela casa com ele. Os empregados não se envolvem. Normalmente ele bebe na sexta-feira, agora sabendo que estarei em casa ele não bebe. É uma forma de dar segurança pra ela, sabe?

– Que barra pesada! – Tae coloca a mão no meu ombro me passando conforto – Como você ficou sabendo?

– Na semana passada a governanta me ligou enquanto estava no supermercado. – Explico. – Ela me contou que minha mãe estava deprimida. Eu quase larguei tudo pra voltar pra casa... Depois de conversar com minha mãe ela me pediu pra não abandonar meus estudos, ainda mais que falta pouco pra eu me formar.

– Ela está certa, largar tudo agora seria frustrante. – Tae diz. – Ainda mais que você lutou tanto pra chegar até aqui. Sem contar que você vai assumir a empresa da família logo que terminar.

– Vamos assumir a empresa! Não se esqueça que você também faz parte disso! – O corrijo. – Meus pais prometeram aos seus que cuidariam de você como se fosse filho, aquela empresa também é sua.

– Eu não vejo dessa forma! – Tae nega. – Foi sua família que construiu , meus pais não passavam de funcionários da sua família.

– Nada disso... Mesmo que meus pais se esquecessem, eu me lembraria. – Digo. – Você sabe como eu sou com promessas, não aceito um não como resposta. Agora vamos trabalhar!

Entramos na empresa entrego a chave do carro em suas mãos e seguimos para nossas salas.

Essa é a empresa da minha família. Tae e eu crescemos juntos. Seus pais eram funcionários da nossa casa, onde Tae nasceu e foi criado. Infelizmente sua mãe morreu de câncer quando Tae tinha 15 anos,  seu pai morreu logo em seguida, dirigindo bêbado. Eu tenho Tae como um irmão e me lembro da minha mãe conversando com a mãe dele sobre criar ele como se fosse um filho.

Após o estágio estou seguindo novamente pra casa dos meus pais. Pego um táxi e vou direto para o aeroporto.

Três meses depois...

Estou retornando de mais um final de semana na casa de meus pais, está tudo bem... Mas tenho medo do meu pai voltar a beber.

Vou direto para a universidade onde encontro Tae conversando com os nossos amigos.

– E aí cambada, vocês não vão estudar?– Tae corre pra me abraçar. – Que saudade é essa?

– Eu estava preocupado. – Tae me dá um tapa fraco. – Como estão todos lá?

– Aparentemente bem.– Digo. – Ainda não posso deixá-los sozinhos.

Seguimos  todos juntos conversando até a nossa sala.

No final das aulas Tae e eu corremos para o estágio.

–Eu tenho andado tão ocupado que nem tenho tido tempo para acompanhar a evolução dos meninos. – Digo. – Me conta como eles estão?

– Todos estão indo muito bem. – Tae comenta. – Eles estão fazendo aulas de dança e musculação.

– Fico feliz por eles. – Sorrio. – Eles vão se dar bem no basquete.

𝑫𝒐𝒄𝒆 𝑪𝒐𝒏𝒇𝒍𝒊𝒕𝒐. (𝑱𝒊𝒌𝒐𝒐𝒌)Onde histórias criam vida. Descubra agora