Quando acordo, não sei que horas são. As cortinas ainda estão fechadas. Chaz continua na cama. Seu braço está ao redor do meu corpo. Meu rosto está no seu peito. Nossas pernas, um pouco entrelaçadas. Tento me mover sem acordá-lo, cobrindo meu corpo com o lençol. Sorrio, porque, dessa vez, ele continua aqui.
Consigo me sentar sem acordá-lo. Olho para ele e o observo. Seu peito subindo e descendo com a respiração ritmada. Quando olho para seu rosto, tenho vontade de beijá-lo. Tenho vontade de fazer tudo de novo. A segunda vez é completamente diferente da primeira. A segunda vez é muito melhor. Pelo menos, a minha foi.
Chaz passa a mão no rosto e abre os olhos. Quando me vê, seu sorriso se abre.
– Bom dia – digo, beijando-o suavemente nos lábios.
– Bom dia – retruca, apoiando o corpo nos cotovelos. – Você quer conversar sobre o que aconteceu?
Rio, revirando os olhos.
– Sobre termos feito sexo?
Assente com a cabeça, sorrindo.
– Exatamente sobre isso.
– Não acho que falar seja necessário... mas fazer, talvez...
Toco no seu abdômen e levo minha mão ao seu pescoço. Beijo seus lábios. Ele me beija de volta. Mas tudo que é bom dura pouco, porque um som ecoa, fazendo Chaz dar um pulo da cama.
– Não acredito! – exclama, passando as mãos no cabelo.
– O que foi? – pergunto, franzindo o cenho.
– O ensaio. Preciso ensaiar com a banda – responde, olhando de um lado para o outro à procura do celular. – Sabe que horas são?
Balanço a cabeça em negativa, suspirando. Ele encontra o celular perto da televisão, embaixo de algumas roupas. Ele atende à ligação.
– Oi, Kyle. – Há uma pausa. Chaz aquiesce. – Acabei de acordar. O ensaio não está marcado para quatro horas? Ah... Tudo bem, então, obrigado por me lembrar.
Ele coloca o celular de volta no lugar.
– Quanto tempo nós temos? – pergunto, levantando-me da cama, vestindo a camisa de Chaz, que está jogada no chão.
– Uma hora e meia – responde com um sorriso.
Aproximo-me dele, envolvendo seu corpo em um abraço. Ele passa o braço por meus ombros e beija minha testa.
– Esse é praticamente o nosso último dia juntos – digo sem pensar duas vezes, abraçando-o com mais força. – Amanhã, umas duas da tarde, nós devemos estar fazendo o check-out.
Ele suspira, fechando os olhos.
– Quando tudo começou a se encaixar...
– Eu sei que isso pode ser apenas um romance de verão para você, mas, se não for... – minha voz falha. Mordo o lábio. Fixo meus olhos nos dele. – Você acha que vamos continuar nos falando? Você acha que vamos continuar o que começamos?
Ele dá de ombros.
– Eu gostaria muito que continuássemos o que começamos, mas isso não depende só de mim.
– Depende de nós dois – digo, sorrindo.
– O que você quer?
– No momento, é isso que eu quero – respondo, apontando para mim e para ele. – Depois, quero o que seja melhor para nós dois.
Ele passa a mão no cabelo e sorri.
– Você quer pedir serviço de quarto? Ou quer comer lá embaixo?
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Um verão na minha vida [COMPLETO TEMPORARIAMENTE]
RomanceQuanto um verão é capaz de impactar a vida de uma pessoa? É possível que uma paixão determine o futuro de uma pessoa? Spencer Abrams talvez tenha suas respostas para essas perguntas. Após concluir seu último ano escolar, em meados de junho, Spencer...