Capítulo 52

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Hoje faz praticamente uma semana desde que eu e Emily nos mudamos para esse apartamento. Não é tão pequeno, mas também não é tão grande. É o suficiente para morarmos. Além de já estar mobiliado. É simples, mas é bonito.

Estou escovando os dentes, após um banho refrescante, me preparando para o primeiro dia de aula. Meu coração acelera só de pensar no que está prestes a acontecer, só em pensar nesse novo mundo que vou conhecer.

Meu celular apita na bancada quando estou me inclinando para cuspir na pia. Uma sincronicidade quase perfeita. Lavo a boca e pego o celular. Uma mensagem. Sinto um aperto no peito. De Mark.

O que será que vai me dizer? Vai contar que está namorando? Que conheceu alguém? Vai contar que seu pai... faleceu? Tento não pensar em coisas ruins. Realmente tento. Porque pode não ter acontecido nada.

Abro sua mensagem, prendendo a respiração.

Derek me contou que hoje será seu primeiro dia de aula, então... boa sorte!

Solto a respiração, mordendo o lábio. Nada de ruim aconteceu na vida dele. Me sinto aliviada por isso. Sorrio. Não sei se devo responder. Não se se ele espera que eu responda. Não sei se é isso que ele quer. Ou se Mark só me enviou isso para mostrar que sabe sobre mim, sobre minha vida. Para mostrar que me acompanha, apesar de não conversarmos desde o resort.

Ele sabe, porque Derek está contando para ele. A única coisa que não sei é se Derek conta livre e espontaneamente ou se Mark fica perguntando a ele sobre mim.

Talvez isso não devesse importar, mas importa. Porque faz parte do acordo. Do acordo que ele criou. Apesar de que já perguntei para Derek sobre Mark.

Dou de ombros, porque não vou enlouquecer por causa disso. Decido responder.

Obrigada!

E como vai seu pai? Já teve algum momento bom com ele? Ou ainda está à espera?

Viro-me de costas para a bancada e apoio meu corpo contra ela, sem tirar os olhos do celular.

Continuo à espera de um milagre.

Mas a esperança é a última que morre, e ela só morrerá quando...

Mark não precisa completar a sentença para que saber o que ele quer dizer. "Quando meu pai morrer". Sinto um aperto no peito. Quero ajudá-lo de alguma forma, mas não sei como.

Desculpa fazê-lo pensar sobre isso, Mark

Como está sua vida? Realmente não vai começar a estudar agora?

Emily bate na porta e abre-a quando digo que pode entrar. Ela está sorrindo, já vestida para seu primeiro dia de aula na universidade. Suas pernas balançam, mostrando o quanto está inquieta, nervosa.

– Estou indo agora – avisa, apontando para trás. Balanço a cabeça. – Você precisa de alguma coisa?

– Não estou precisando de nada, mas obrigada por perguntar. Como você está se sentindo? – pergunto o óbvio, arqueando as sobrancelhas.

Ela sorri, suspirando.

– Muito nervosa.

– Tem algum motivo para você estar se sentindo assim?

– É o primeiro dia de aula. Na universidade! – exclama, gesticulando. – Mais uma mudança drástica na minha vida! Só que... é um nervosismo bom, não sei explicar. Vejo você mais tarde? Não quero chegar atrasada.

Sei que, se Emily sair agora, chegará cedo demais na universidade, mas quem sou eu para julgá-la? Não quero que ela perca sua animação. Porque sei que está animada, alegre, apesar do nervosismo.

Um verão na minha vida [COMPLETO TEMPORARIAMENTE]Onde histórias criam vida. Descubra agora