Capítulo 38

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Estamos todos reunidos na área da piscina. O DJ já está tocando há um pouco mais de uma hora. As pessoas dançam, gritam e se divertem – eu e meus amigos estamos no meio dessas pessoas. Apenas Lyle e Dylan ainda não apareceram. Ela ficou de ninar Hope para se juntar a nós enquanto Dylan ficaria de olho na filha.

– Vou pegar bebidas para que possamos fazer um brinde – anuncia Tori, aumentando um pouco o tom de voz para conseguir ser ouvida. – Alguém vem comigo? Por mais que eu queira, não tenho como trazer bebida para todo mundo. Sabem... não sou como o Stitch.

Kyle e Emily se voluntariam para ir com ela. Os três seguem para o bar. Continuo dançando, de frente para Chaz, nossos olhos se encontrando por um breve momento, antes de eu virar o rosto e observar Derek e Zoe. Os dois estão parados, conversando, não muito distante de nós.

– Vou ajudá-los com as bebidas – ouço meu amigo dizer, apontando na direção do bar. – O que você vai querer? Uma cerveja?

Vejo Zoe fazer uma careta.

– Sinto muito desapontá-lo, Derek – responde Zoe, balançando a cabeça em negativa –, mas eu não bebo. Nada de bebida alcoólica para mim.

Derek ri.

– Não tem problema, Zoe. Mas... só por curiosidade... você não bebe porque não gosta ou porque nunca provou ou por qualquer outro motivo? – pergunta meu amigo, arqueando as sobrancelhas. Derek, sempre sendo curioso.

– Já provei, e não é algo que me agrada – retruca Zoe, dando de ombros. Seus olhos castanhos estão marejados. – Pode-se dizer que, para mim, bebidas alcoólicas são associadas a coisas ruins. Quando meus pais se separaram, meu pai descontou sua raiva e tristeza na bebida.

"E quando decidi provar cerveja pela primeira vez... posso dizer que não foi a melhor experiência do mundo, então, tomá-la só irá reavivar a memória na minha cabeça, só irá me lembrar de algo que não quero. O gosto deve ser tão ruim quanto me senti no dia em que..."

Assim como Derek, percebo que Zoe está prestes a chorar. É por isso que ele a interrompe. Derek pode ser curioso, mas sabe quando deve parar. Ele tem mais compaixão do que curiosidade.

– Tudo bem. Não precisamos falar sobre isso agora... a menos que você queira, então, sugiro que conversemos em outro lugar. Mas, se você não estiver a fim de conversar sobre isso, posso buscar um copo de água, ou de suco, para você. O que acha?

Zoe sorri, passando as mãos nos olhos.

– Eu aceito um suco de laranja.

– Então, vou pegar para você – observo meu amigo sorrir.

Ele se vira, mas Zoe segura seu braço. Ele a encara, erguendo uma sobrancelha.

– Obrigada! – é apenas o que ela diz, ou grita.

Derek assente com a cabeça e sorri. É nesse momento que percebo que Chaz está me chamando. Parei de dançar há algum tempo, para observá-los, e nem notei que fiz isso. Ele ri quando olho para ele, sentindo minhas bochechas corarem.

– Nosso encontro está tão ruim a ponto de você ficar bisbilhotando as conversas alheias? – indaga em tom de brincadeira, arqueando as sobrancelhas, mas percebo que, lá no fundo, ele realmente tem receio de que eu não esteja gostando.

– Nosso encontro está sendo ótimo – garanto, aproximando-me dele e o puxando para um beijo.

Ele coloca as mãos na minha cintura. Sinto uma carga elétrica percorrer meu corpo. Nossos lábios se afastam um pouco.

– Você acha que esse beijo irá me distrair do que acabei de perceber? – ergue uma sobrancelha.

– Se não o distraiu, então, não foi bom o suficiente – digo maliciosamente, sorrindo. – Talvez eu deva tentar uma segunda vez.

Um verão na minha vida [COMPLETO TEMPORARIAMENTE]Onde histórias criam vida. Descubra agora