Capítulo 9

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Final de um dia lindo!

Jimin.

JungKook cantou algumas músicas do Justin Bieber, sua voz é linda. Ele gosta muito de músicas românticas.

Com as histórias muito tristes que os amigos compartilharam, me senti mais próximo à eles. Senti o laço de amizade sendo fortalecido. Cada um deles demonstraram sua admiração por mim, mesmo eu sabendo que na minha história, eu não tive outra opção além de seguir em frente, assim como eles. A vida não nos dá opção de retornar ou refazer. Se eu tivesse  essa oportunidade, talvez eu escolheria nunca ter me aproximado do Taemin.

— Eu já vou! — Seokjin fala se levantando — Meu amor já enviou duas mensagens.

— Eu vou com você! — Taehyung diz se levantando – Meus amores ficaram o dia inteiro sem mim. Estou louco de saudades. JungKook, você mora pertinho, depois você ajuda o Jimin a descer?

— Sim, eu vou ficar um pouco mais — JungKook se senta mais próximo à mim — Quando ele quiser desço com ele.

Recebo abraços e beijos dos meus amigos que logo saíram me deixando sozinho com o JungKook.

— Eu queria te fazer uma pergunta, sem querer ser invasivo... Você sabe o motivo do seu irmão cometer essa atrocidade? — faço a pergunta que rondava a minha cabeça desde o fim da história — Ele nutria algum sentimento amoroso em relação a você? Desculpa a minha curiosidade...

— Tudo bem — Jungkook diz se aproximando mais, sentando bem ao meu lado — Eu me fiz essa pergunta por muito tempo, pois eu queria entender o motivo. Até que um dia eu fui até a penitenciária, mas ao saber da minha presença ele não quis me receber. Voltei outras vezes até que um dia ele aceitou a minha visita. Ele disse que já conhecia Hyuna. Eles estudaram juntos, e que Hyuna sempre fez da vida dele um verdadeiro inferno, por não ter pais e por ser adotado. Segundo ele, a Hyuna ao encontrá-lo na minha casa, quando não havia ninguém por perto, ela dizia que ele era um rejeitado que jamais seria um Jeon. Estava sempre pelos cantos o ofendendo quando ninguém estava prestando atenção neles. Ele disse que no dia que aconteceu a tragédia, como eu estava trabalhando e os meus pais haviam saído, Hyuna falou pra ele que havia engravidado de propósito para esfregar na cara dele que um Jeon de verdade nunca seria como ele, um rejeitado. No dia do acidente, ela na verdade havia o empurrado, mas ele conseguiu se segurar no corrimão, porém com o impulso, a Hyuna acabou perdendo o equilíbrio e caindo da escada. Ele fugiu acreditando que ninguém acreditaria nele. Afinal ele não era um Jeon, era somente alguém que ninguém queria por perto.

— E o que você pensa sobre tudo isso? —pergunto — Você acreditou na versão dele?

— Olha, eu sempre sofri bullying na escola por ser um nerd, por isso eu sei exatamente como as pessoas podem ser cruéis — Jungkook diz após um longo suspiro — A Hyuna, sempre fazia perguntas sobre Minho, questionava o porquê dos meus pais terem adotado se já que tinham um filho legítimo. Eu não entendia muito bem a razão dessa fixação que ela tinha sobre esse assunto. Depois que voltei para casa, fiquei pensando sobre tudo que ele havia me dito, somando com as informações com minhas lembranças. Eu acreditei na versão do Minho. Tanto que estou pagando os melhores advogados para tirar ele da cadeia. Eu o visito de vez em quando, às vezes junto com os meus pais, que no início ficaram com raiva dele. Eu contei a história para eles, por fim eles aceitaram visitá-lo na penitenciária, e entenderam que a história era bem diferente da que eles acreditavam no início.

— Incrível! — digo pensativo — Eu também acredito na versão dele. Pois como você relatou, ele sempre foi gentil. Ele rejeitou Hyuna desde que ela entrou na sua casa. É possível sim, ser verdade.

— Eu me lembrei como ela tratava algumas meninas na escola, ou até eu mesmo quando sentia ciúmes — JungKook diz — A Hyuna era muito mimada. E como eu era apaixonado por ela, acabava  relevando o seu comportamento. Assim como no seu relacionamento, eu esperava que com o tempo ela mudasse, sabe? O meu sofrimento agora é mais por minha filha, que nem pude conhecer e ver o seu sorriso.

— Um dia você vai encontrar um grande amor e esse amor irá colar seu coração despedaçado! — digo fazendo um carinho em sua mão — Você terá uma linda família. Eu sei que um novo amor não substitui o que você perdeu, mas ameniza a dor.

Bebemos mais um pouco de vinho, enquanto o Jungkook cantava outras músicas. A noite foi agradável. O Kai e o meu pai se juntaram a nós, trazendo bolo em uma bandeja.

Ficamos até tarde conversando, ouvindo música.

— Já está tarde, amanhã eu venho te ajudar com o livro — JungKook diz se levantando — Eu vou te ensinar a usar o aplicativo. Quando você acordar, me envie uma mensagem que eu venho. Boa noite!

Jungkook me abraça e beija meu rosto.

— Boa noite, Jungkook! — digo sorrindo — Até amanhã!

JungKook se despede da minha família, e o meu irmão desce junto com ele me deixando sozinho com o meu pai, que nesse instante me abraça me fazendo de deitar sobre o seu ombro.

— Eu gostei muito dos seus amigos — meu pai diz me fazendo sorrir — Amigos de verdade são assim... Nos incentivam, nos fortalecem.

— Eu também gosto muito deles — me aconchego nos braços do meu pai  — Eles  tornam o peso mais leve, sabe? Me fazem me sentir vivo, ter esperança.

— Sim, eu entendo! — meu pai beija minha cabeça — O JungKook te encheu de mimos, ele é muito inteligente.

— São coisas muito úteis! — concordo sorrindo — Agora eu posso ligar e enviar mensagens sem precisar de ajuda. Eu amei os presentes que ele me deu. Gostei de todos os presentes que recebi, mas os do JungKook foram especial, não só pra mim, como para as pessoas que têm a mesma necessidade que eu.

— Vamos descer? — meu pai tenta se levantar mas eu o impeço — Não quer?

— Não, o seu colo está muito bom! — digo me aninhando em seu colo — Faz muito tempo que não ganho um colinho.

— Você está carente... — meu pai brinca bagunçado os meus cabelos — Você precisa arrumar um namorado,  mas  que seja um namorado que preste!

A última frase saiu com um sorriso. Balanço minha cabeça negando.

— Não sei... Não estou pronto para um novo relacionamento — respondo — Afinal, passei quase oito anos da minha vida em um relacionamento abusivo. Preciso me apaixonar por mim muitas vezes antes de me apaixonar novamente.

— Te entendo... — o meu pai suspira — Eu sofria tanto vendo você com aquele imbecil...

— Agora já passou — faço um carinho na mão do meu pai — Nem vale o nosso pensamento ou raiva.

Acabei aceitando descer, já estava com sono, eu fui para meu quarto, tomei um banho e me joguei na cama.

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ℒ𝓊𝓏 𝒹ℴ𝓈 𝓂ℯ𝓊𝓈 ℴ𝓁𝒽ℴ𝓈  (𝒥𝒾𝓀ℴℴ𝓀) ( ℳ𝓅𝓇ℯℊ) Onde histórias criam vida. Descubra agora