Capítulo 39

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Dois anos depois...

Jimin.

O condomínio ficou pronto em menos de um ano. O lugar é maravilhoso, tudo muito perto, Supermercado, shopping, boas escolas, que já andamos pesquisando...

Nos mudamos assim que as casas ficaram prontas. Seokjin adotou uma menina. A Mi-Hi é linda, tem cinco aninhos assim como a Chin-Sun.

Taehyung, Hoseok e Yoongi agora são pais de dois meninos. O Baekhyun e o Chanyeol têm três anos.

– Vamos crianças! — eu chamo ao encontrá-los brincando no parquinho — O Sol está ficando quente, todos vão para o banheiro, o almoço já está pronto!

Todos correram em direção à minha casa.

— Papai Chim, eu quero brincar mais um pouquinho — Sung-Chang diz ao se aproximar.

— Mais tarde você brinca — me abaixo em sua frente para explicar — Agora está muito quente para ficar aqui fora  e você precisa almoçar.

— Depois eu posso voltar?— eu confirmo e o Sung-Chang corre pra casa. Todo dia é assim, ele sempre quer brincar mais um pouquinho.

Sigo até em casa, para ajudar as crianças com o banho. Em seguida fomos almoçar.

JungKook agora trabalha diretamente na empresa do meu pai. Ele trabalha no setor de criações, comanda uma equipe de mais de cem funcionários. Suas criações fizeram tanto sucesso que a oficina em casa não estava dando conta de tantas novidades e por precisar de um pouco de silêncio para criar. Ele fica em uma sala, coloca seus fones, passa o dia criando, depois de pronto, passa o protótipo para a equipe de criação e tudo flui muito mais rápido. Sua primeira criação foi o relógio, que agora é vendido em vários países, fazendo um grande sucesso. O nome ficou como ele havia sugerido, PJ.

Eu continuo escrevendo os meus livros. Desde o sequestro, nunca mais participei de uma tarde de autógrafos. Em live respondo as perguntas dos leitores, falo sobre lançamentos e novos projetos. Tenho uma boa interação com o meu público, é mais tranquilo e não deixa minha família preocupada.

Agora a família toda mora no condomínio, meus sogros se mudaram pra cá, pra ficarem perto das crianças, querem acompanhar o crescimento. O Minho, também mora na casa reservada para ele. Está namorando, ainda não trouxe a menina para nos apresentar, mas prometeu que assim que der, ele a trará.

O Kai vai ser papai de uma princesa. Estamos todos ansiosos para o nascimento de mais uma criança.

Após o almoço, hora do cochilo das crianças. É justamente o horário que eu tenho para escrever durante a semana. Aos finais de semana eu tenho um pouco mais de tempo, todos estão em casa, eu me tranco no meu escritório e passo algumas horas criando.

Pela tarde, alguns começam a chegar do trabalho, o Seokjin e o Taehyung continuam dando aulas na escola para deficientes visuais. Meus livros agora têm a versão em braile. Eu sempre envio alguns exemplares para a biblioteca da escola.

— Chegamos! — o Taehyung chega ao lado do Seokjin para buscarem os seus seus filhos.

— Aqui na cozinha...— eu grito — Estão lanchando, acabaram de acordar.

— Vamos aproveitar o lanche também...— o Seokjin se senta ao lado da filha — Temos que ver a escola dessas crianças para o próximo ano.

— Acho que Jungkook está pensando em contratar professores particulares — digo  —  Ele está pensando em deixar um dos quartos como sala de estudos.

— Mas o convívio social é muito importante para o crescimento deles! — o Seokjin comenta e o Taehyung concorda — Não podemos privar as crianças de viverem. Sei dos perigos, mas temos que dar essa oportunidade. Proteção demais cria dependência. Já conversamos sobre isso.

— Pode até ter um professor particular, mas para um reforço, não em tempo integral — o Taehyung diz — Você trabalha em casa, poderia levá-los, na hora da saída um de nós dois buscaria.

A Jennie chega exibindo sua barriguinha.

— Qual o motivo da discussão? — ela pergunta se servindo de uma fatia de bolo — Não me diga que ainda é a questão da escola?

— Acertou! — digo um pouco envergonhado — O JungKook morre de medo, ele se preocupa com essa história de bullying, ainda mais por eu ter engravidado, por eles não terem uma “mãe.” Não que ele sinta vergonha disso, mas o mundo é muito cruel com as crianças. Eu o entendo, mas são coisas que não poderemos evitar.

— Eu já dei a minha opinião sobre esse assunto — a Jennie fala me abraçando — Sei que vocês querem ajudar, mas a decisão tem que ser resolvida pelo casal. Nós sabemos exatamente o que passamos no período escolar, não foi fácil pra ninguém, mas eles precisam entrar em um consenso e a palavra final será dos pais, por mais que tenhamos as nossas opiniões.

— Você está certa! — o Seokjin fala convencido — Estamos sendo muito invasivos... Temos que respeitar a decisão deles.

Seokjin e Taehyung me abraçam.

— Nossos filhos também não têm mãe, e irão para a escola! — o Taehyung diz pouco antes de sair com os filhos.

Fico pensativo até que a Jennie chama minha atenção.

— Eu até concordo com eles! — ela diz após os dois terem saído —  É algo que uma hora ou outra, eles terão que enfrentar. Vocês precisam conversar mais sobre o assunto.

— Eu sei, mas o problema é o medo que meu marido tem — digo — Educamos os nossos filhos, ensinando a respeitar seus amigos, depois temos que largar no mundo selvagem, é essa a preocupação dele. A educação que a maioria não têm.

— Mas de qualquer maneira, um dia eles terão que conviver com essas mesmas pessoas — a Jennie diz — É melhor que seja agora, quando ainda são pequenos, e se acostumam mais rápido às situações, mais tarde eles poderão cobrar de vocês esse convívio com o mundo externo. Eles não podem viver nessa bolha de proteção a vida inteira, faz mal a eles. Sua sogra sempre fala sobre isso.

— Vocês estão certos, vou conversar melhor com o Jungkook sobre isso — digo convencido — Depois que eu fui sequestrado, ele ficou muito inseguro.

— Eu entendo, mas isso já foi resolvido — a Jennie faz um carinho em minha mão — Não há mais como encontrá-los, mesmo que a louca saia da penitenciária, não tem mais como encontrar vocês.

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