XI - Um momento de pausa

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O Doutor explicou brevemente o que se passava para que a Clara ouvisse e para que todos ficassem cientes da ameaça que estavam a enfrentar. Um fungo parasita vindo do espaço pretendia invadir a Terra, utilizando os humanos como veículo e que, depois de utilizados, seriam descartados. Por outras palavras, uma vez nutridos, os fungos matavam os humanos que os tinham alojado. Havia também o detalhe fundamental de que o desenvolvimento dessa criatura se processava por meio de absorção de ondas sonoras.

Joe Hahn, o disc jockey da banda norte-americana Linkin Park, era o primeiro humano contaminado.

Mike perguntou:

- O fungo simplesmente apareceu aqui na Terra? Ou foi... plantado?

- Ainda podemos descobrir isso, mas não creio que seja crucial, neste momento, meu rapaz – respondeu o Doutor.

- Mike... o meu nome é Mike – suspirou ele, desalentado.

- O que temos de fazer é descobrir uma maneira eficaz de eliminar o parasita. Salvar o vosso amigo e salvar a Terra.

- Não bastam os meus gritos... – lembrou Chester.

- Não. Daqui a pouco tempo, depois de reconfigurar as suas células, o parasita vai gostar dos teus gritos e vai crescer ainda mais – explicou Mike. – O maldito bicho aprende, Chaz. Não queremos que ele se desenvolva, queremos... eliminá-lo.

- Foi o que o Doutor disse – completou Brad. – O parasita gosta de som. Surpreendeu-se primeiro com os teus gritos, mas agora que já os conhece vai querer mais. Se gritares ao pé do Joe, ele fica mais doente.

- Ah...

- E quanto ao Joe? – perguntou Rob, apontando com o polegar, por cima do ombro.

- Está seguro. A TARDIS cuida dele – informou o Doutor. Voltou-se para Brad. – Meu rapaz, traz-me a tigela. Despeja-a aqui dentro. – Abriu um contentor puxando uma alavanca.

- Tenho de tocar nisso? Outra vez? – enojou-se o guitarrista.

- Deixa estar que eu pego na tigela – ofereceu-se Dave.

O baixista recolheu a trouxa, desatou e retirou o lenço que tapava a tigela e aproximou-se da consola. Virou-a para dentro da portinhola escura que o Doutor tratou de fechar, empurrando a mesma alavanca. A consola vibrou, mais luzes se acenderam. A Clara abraçou-se a si própria. Um zunido preencheu o silêncio.

- O que quer isso dizer... que a TARDIS cuida dele? – insistiu o baterista.

- Significa que a TARDIS não vai deixar a infeção espalhar-se mais enquanto estiver a dormir aqui dentro – explicou Clara. – O Joe estará seguro até encontrarmos uma maneira de derrotar o fungo parasita, expulsá-lo do corpo dele e também da Terra.

- Oh... E depois podemos ir tocar...

- Continuas preocupado com o espetáculo – irritou-se Chester.

- Eu sou assim, meu. Sou bastante responsável.

- E nós não somos? – tornou o vocalista, elevando a voz.

- Acalma-te, Chaz – pediu Brad, abraçando-o pelos ombros. – Temos uma máquina do tempo, Rob. A TARDIS é uma máquina do tempo, contou-nos o Doutor. Por isso, vamos chegar ao palco a horas de dar o nosso espetáculo, sem que ninguém se aperceba de algum atraso. Vamos até fintar a Cammy.

- Hum... interessante... estamos dentro de uma máquina do tempo? – considerou Rob. – Esta cabina telefónica é um prodígio!

Mike perguntou, circunvagando o olhar pelo compartimento:

O Mágico e Os Ladrões de SomOnde histórias criam vida. Descubra agora