A Caçadora de Monstros

Capítulo um

Londres, 1826.

Sentindo a boca roçar no pescoço, ela já sabia o que viria a seguir: uma mordida intensa.

Ele estava sobre o seu corpo nu, com as mãos segurando firme a cintura, possuindo-a de uma forma deliciosa. Bulma sentia tanto prazer quando aquele homem, metade monstro, metade humano, fazia amor com ela e sugava-lhe o sangue ao mesmo tempo.

Yamcha era um vampiro, isso foi descoberto logo que ela o conheceu. Apaixonando-se a primeira vista. Ele era bonito, tinha os cabelos escuros e os seus olhos eram negros, mas ficavam vermelhos às vezes. Seu corpo era tão forte, que ela podia sentir a rigidez apenas com um dedo.

Não demorou muito para ela se entregar à ele, e todas as vezes que ele a tinha em seus braços, sugava-lhe o sangue. Era uma experiência única, maravilhosa e muito, muito prazerosa. Bulma poderia morrer em seus braços nesses momentos, que morreria feliz.

A única coisa que a incomodava nesse relacionamento, era que ele não querer transforma-la. No começo, Bulma imaginou que fosse por não conhecê-la direito, mas já havia se passado dois anos desde que o conheceu, então a desconfiança não era mais uma desculpa.

Bulma lembrava-se como se fosse hoje, quando fugira de casa para nadar no rio e na volta encontrou aquele homem que marcaria sua vida.

Acabara de sair da água completamente encharcada, os cabelos azuis compridos molhados; o corpo totalmente despido. Enquanto secava-se, sentiu que estava sendo observada. Olhou ao redor, mas não viu ninguém, já começara a entardecer, o sol já havia pousado, e ela teria que voltar antes de escurecer totalmente. Segundo a vizinhança, não era seguro nadar a noite no rio da floresta. Trocando-se rapidamente ela resolve sair dali o mais rápido possível. Quando está a caminho de casa, um sujeito - muito atraente, diga-se de passagem - surge em sua frente. Assustada, Bulma corre o mais rápido que pode, em uma direção oposta, mas, não sabendo como, na época, ele a alcança rapidamente, pulando na sua frente, com um sorriso malicioso nos lábios.

- Não fuja de mim - falou o sujeito, com uma voz calorosa. - Não irei machuca-la.

Dando um passo para trás, Bulma se afasta quando ele tenta tocar o seu rosto. Ela tentou fugir, mas as mãos dele a seguram pelo braço, a rodopiando em direção ao seu corpo. Antes que ela pudesse raciocinar, ou ao menos gritar, ele espreme seus lábios aos dela.

Desde aquele primeiro beijo, ela soube: Yamcha era o amor da sua vida.

- Quando você irá me transformar, Yamcha? - perguntou ela, enquanto colocava seu vestido.

Yamcha estava deitado, quando ela lhe fez a pergunta, os olhos a analisaram de soslaio.

Suspirando, ele senta na beirada da cama, com o corpo desnudo, e com um sorriso nos lábios. Yamcha a olha com profundidade dessa vez.

- Tudo ao seu tempo, preciosa - sua voz saiu rouca e um tanto sombria.

Yamcha usara esse apelido, preciosa, desde que sugou seu sangue pela primeira vez. Bulma sentia-se especial, única para ele. Ela o amava, afinal, e ele a chamar daquela forma mostrava que ele a amava também.

- Mas, já estamos há dois anos juntos, quero viver para sempre ao seu lado - falou ela cabisbaixa.

O medo de um dia dele abandona-la a consumia, por sua beleza e juventude provavelmente em algum momento ir embora. Isso a assombrava. Além do fato de que seu pai queria arranja-lhe um marido. Mesmo Bulma ainda tendo apenas vinte primaveras, em sua cabeça, sabia que os anos passam rápido - além de seu pai insistir em dizer-lhe isso - e logo a velhice a alcançaria.