[8] O Totem Elemental

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Erina entrou na sala dos monitores ainda um pouco nauseada e pensando no que Mérula queria lhe falar. O cômodo cheirava a limão com hortelã e tinha uma jarra com água gaseificada com rodelas e folhas das anteriores.

— E então? — perguntou Erina — Qual é a proposta?

Mérula pegou dois copos e colocou o líquido da jarra neles, e serviu para Erina.

— Sente-se, por favor. — Mérula a encarou com seus olhos púrpuras grandes e marcantes — Minha proposta é o seguinte: no dia das bruxas, antes daquele tótem estranho cuspir os nomes dos campeões para o torneio... pensei em reunirmos os alunos do quinto ao sétimo ano para a maior festa que esta escola já viu. — Erina olhou para o lado e fechou a cara — Você pensa alto, Thompson?

— M-mas é claro que penso.

— Então irá concordar com a minha ideia. Será uma grande comemoração com direito a fazer tudo. Quer dizer... tudo não, já que teremos de vigiar os alunos para que não destruam o castelo. O que acha?

— Nada bom. E como fica os outros alunos? E o diretor? Ele sabe que vamos fazer uma zona na escola?

— O professor Dumbledore não precisa saber. Nenhum deles precisa além dos diretores das nossas casas, que vão nos auxiliar na hora da festa. Convencer a professora Sprout e a professora McGonagall é fácil. O problema são o professor Snape e o professor Flitwick. Por isso que você precisa me ajudar, Thompson. O Flitwick confia em você e não vai negar nenhum pedido seu.

— Mas isso não quer dizer abusar e deixar que os alunos façam o que quiser.

— É só no dia das bruxas. Aliás... não é neste dia que é o seu aniversário? — Erina acenou positivamente — Mais um motivo para querer aceitar a minha proposta. A não ser é claro... que não queira ter a minha amizade...

Erina ficou pensativa por uns momentos. Uma festa no dia do seu aniversário não seria uma má ideia, porém esconder isso de Dumbledore e dos outros professores não é algo louvável; olhou duas vezes para os seus sapatos, depois tomou três goles da bebida — desceram que nem fogo, a fazendo sentir a garganta arder — e finalmente chegara a uma conclusão.

— Eu te ajudo. — Mérula sorriu.

— Sabia que poderia contar com você.

— Mas eu só quero saber... como que vamos tirar o diretor e os outros da escola?

Mérula se levantou e foi até seu armário, retirando um exemplar do Profeta Diário e colocando-o na sessão de viagens. Em uma imagem colorida animada, aparecia duas crianças usando vestes azul claras e acenando atrás de um canteiro de coqueiros diante de uma praia.

— Havaí?

— Ilhas Maldivas. Colônia de férias para bruxos. Na foto, estes são os alunos da Beauxbatons. É um lugar muito popular para alunos de qualquer escola de magia e bruxaria pelo mundo passar um tempo. Fica ao centro das ilhas e os trouxas turistas não têm acesso, obviamente. Uma temporada de uma semana deve custar mais ou menos dois mil galeões. Mas vai sobrar uns seis mil para fazermos a festa.

— E como vamos arranjar todo esse dinheiro?

— Um empréstimo na conta dos professores, ora.

— Mas isso é errado. M-Mérula, como que...

— Vamos explicar aos quatro como que funciona. Por isso que preciso que convença o professor Flitwick o quanto antes. Comece falando sobre seu aniversário, uma festa, essas coisas... também farei o mesmo com o professor Snape. Ele gosta muito de mim.

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