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[40] Patrono III - Reflexões de um Príncipe (Final)

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Já era meia noite, e Erina saiu da Enfermaria em direção a Torre de Astronomia para seu último NOM. Quando subiu as escadas e chegou na torre, passou pelas suas lembranças a luta que Snape teve com Robert Johnson para protegê-la quando fora revelado que ele era o responsável por assassinar vários alunos da Grifinória. Cada vez que Erina pensava em tudo que sofreu nestes tempos, refletia: por que o Sevinho sempre precisa me salvar? Queria ser forte como ele, mas tudo que consigo é ser a donzela em perigo.

Parecia pensamentos de uma grifinória? Sim. Ela mesma acha que não deveria ter sido colocada na Corvinal, e sim na casa dos leões. A verdade é que, se não fosse pela briga mental que teve com o Chapéu Seletor, e seu medo de querer ser da Grifinória o irritou e o fez lhe colocar na casa das águias.

Na Torre, o grande telescópio dourado havia sido retirado para dar lugar a várias mesas com algumas folhas, tinta e pena. Erina trouxera seu telescópio e lunascópio e sentou-se em uma mesa perto das beiradas da torre... observou o mundo lá fora; a cabana de Hagrid soltava uma pequena fumaça da chaminé e a aldeia de Hogsmeade já se iluminara ao doce sabor daquela noite estrelada e sem nuvens, excelente para observar as estrelas e os planetas.

Madame Marchbanks junto com a professora Aurora Sinistra ficaram de frente para os alunos; a mulher mais velha usando um vestido verde esmeralda de seda e um chapéu pontudo azul com uma pena em cima e a professora Sinistra com suas vestes marrom em detalhes azulados e chapéu da mesma cor.

— Bem-vindos, quintanistas. Este é o último exame dos Níveis Ordinários em Magia, o de Astronomia. Por favor professora Sinistra, explique aos alunos o que deverá ser feito.

— Vocês terão que descrever os sons dos planetas do Sistema Solar. Já fizemos algumas tarefas semelhantes ao longo deste ano, então creio que não será problema. Anotem tudo que forem importantes na observação nos pedaços de papiro.

Porém, ninguém estava prestando atenção no que a professora Sinistra estava falando, apenas Erina. Olhando de novo para o parapeito da torre, viu massas cinzentas com mãos cheias de pústulas e usando capas negras andando como fantasmas sob as terras do castelo. Eram os dementadores de Azkaban. Apesar de estar longe, Erina sentia toda a vibração negativa que aqueles seres emitiam.

— Por favor, peço para que vocês se acalmem. — disse Madame Marchbanks — Estes dementadores estão às ordens do Ministério para caçar e prender dois adolescentes que cometeram o pior dos crimes. — Erina naquele instante abaixou a cabeça — Eles estão proibidos de se aproximar do castelo a não ser que seja de extremo necessário. Agora, concentrem-se nos seus exames. Vocês tem uma hora.

Erina pegou seu telescópio e começou a observar os planetas e tentar imaginar como seriam os seus sons. Marte, o misterioso planeta vermelho, palco de grandes histórias criadas pelos trouxas (incluindo uma delas, que Erina adorava e tinha como seu livro favorito do mundo deles; A Guerra dos Mundos, de H.G. Wells), imaginou algo misterioso e sutil... sabia que no Universo não existia som, mas cada planeta e satélite emite ondas eletromagnéticas que podem ser transformadas em som. O problema é que só os aparelhos dos trouxas é quem tinham esse poderio.

Júpiter, o gigante gasoso... tão silencioso e ao mesmo tempo fascinante. Erina pensou que algo calmo poderia ser o seu som e anotou todas as suas observações. Agora, vinha o seu planeta favorito... Saturno com os seus anéis maravilhosos. Lembrou na hora de quando Snape fez no olho vários anéis para simbolizar o planeta e lhe chamar sua atenção no Baile de Carnaval... deveria ser barulhento. Anotou tudo que achou importante antes dos papiros desaparecerem e recolheu seu telescópio e lunascópio.

Acompanhou outros alunos na saída para suas salas comunais, mas ela tinha que voltar para a Enfermaria. Ever sua grande e fiel amiga acompanhada de Tulipa lhe fizeram companhia.