[26] Porto dos Bruxos

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Apesar de estar com muitas dores, Erina Thompson estava extremamente feliz por ter vencido a partida de Quadrimada e pela sua equipe ter conseguido o primeiro lugar. Infelizmente, não conseguiu comemorar o suficiente com seus amigos, já que foi parar na enfermaria e lá aconteceu todos os gritos de comemoração que deixou Madame Pomfrey e os outros que cuidavam do setor de cabelos arrepiados. Outros jogadores de times neutros e de outras equipes estavam presentes como o apanhador da Grifinória, Carlinhos e Georgino.

— Então a sangue-ruim conseguiu pontuar mais do que a gente? — bufou Georgino enquanto se arrumava na própria cama após ter sua perna quebrada na partida — Golpe de sorte.

— Não foi. Ela conseguiu por merecimento. — disse Carlinhos, que estava ao lado dele.

— A conversa ainda não chegou no chiqueiro, Weasley. Aliás, vocês dois são o próprio chiqueiro, a escória da sociedade. Uma mestiça imunda e um traidor de sangue.

Erina notara que muitos sonserinos começaram a chamar os mestiços das outras casas e da própria Sonserina de imundos após a fala infame de Snape, mas também não aprenderam com o próprio a habilidade de se arrepender e largar preconceitos que são tóxicos e ofensivos para a sociedade bruxa.

— Não liga não Carlinhos. O Georgino tá com inveja e por isso a raiva toda. — provocou Erina — Ele sabe que sou melhor do que ele em tudo.

— I-isso não é verdade. — disse o sonserino — Te desafio para um duelo. O que acha, hein? Aquele dia no Clube de Duelos onde aquele idiota do Johnson usou o Pirraça pra jogar um balde de sangue na cabeça do professor Snape... tu teve sorte...

— Adoraria ter um duelo com você, mas não me misturo com perdedores.

Carlinhos, que tomava um suco de laranja, cuspiu-o no mesmo instante e riu. Georgino parecia um tomate de tão vermelho que ficou com a resposta e não retrucou, apenas cobriu a cabeça com o lençol e virou-se. Parece que ele é mais inofensivo quando o Elder não está por perto... isso é muito interessante.

O final de semana chegou, e mesmo não estando 100% para voltar a ativa foi liberada da enfermaria por seus ferimentos não serem considerados graves como de uma parcela que estavam internados. Indo para o café da manhã no Pátio Suspenso encontrou uma pessoa que só conheceu após sair da mansão Malfoy aos prantos: a esposa de Lúcio, Narcisa Malfoy e um menininho loiro ao lado dela que vestia um terno preto e cachecol verde que deveria ser o filho deles. Se a senhora Malfoy está aqui... o Lúcio também deve estar. Será que ele já sabe que eu fiz uma dívida de cinco mil galeões no nome dele e veio cobrar?

Erina não queria se aproximar deles então se sentou ao lado direito do pátio onde dava a visão do portão dourado e deu colheradas generosas em seu pudim quando o menininho que estava com Narcisa olhou diretamente para ela e apontou, puxando a barra do vestido da mãe.

— Mamãe... aquela menina sentada ali não é a namorada do padrinho?

Padrinho? Snape era padrinho daquele menino?

Erina fingiu não ter ouvido nada e continuou a comer, só que fora obrigada a parar quando o garotinho correu na sua direção, ficando ao lado dela.

— Ei. Você é a namorada do padrinho?

— P-padrinho?

— É sim, meu filho. — respondeu Narcisa ao se aproximar deles — ... mas creio que a senhorita não deva saber que Severo é padrinho de meu filho Draco, não é?

— N-não senhora... fui pega de surpresa...

Quem diria que Snape poderia estar além de uma amizade com a família Malfoy, fazendo parte da mesma como padrinho do filho deles...

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