1
Erina Thompson olhava toda a baderna sem acreditar em um único centímetro do que estava acontecendo. Mais uma vez, Mérula Snyde havia passado de todos os limites e de novo, pisando em suas decisões. Seu semblante, apesar de ter "concordado" com eles não bagunçando a escola ainda era de uma profunda revolta. Severo Snape, que estava ao seu lado lendo as milhões de informações que o cérebro da garota processava ao mesmo tempo notou que no fundo estava com muito ódio.
Erina estava se sentindo muito mal e queria cometer uma loucura. Decepcionara o professor Flitwick como monitora e concordando com aquela maluquice. E tudo isso para que? Seria muito mais fácil ter a inimizade com a Mérula do que deixar essa festa chegar a tal ponto de ser impossível dos professores e monitores a controlarem. Sevinho estava certo o tempo todo e eu nunca o ouvi. Eles só se aproveitam da minha inocência. Erina derramou uma lágrima do olho esquerdo que evaporou assim que tocou na pele.
— C-cheguei... — disse Kasimier Warren aos prantos e ofegante — O Fílio está bem...
— Quer ficar quieto? — disse Snape entre os dentes.
— O que aconteceu? Vai me dizer que pegaram outro professor e colocaram dentro do forno...
Logo, o professor Warren notou que Erina estava paralisada na frente da entrada do Salão não demonstrando nenhum sentimento. Quando foi para ver o que estava acontecendo, suas mãos haviam queimado ao tocar no rosto da garota e ele teve que se afastar.
— Caramba. Eu toquei na senhorita Thompson e me queimei.
— Está acontecendo de novo. — disse Snape se aproximando dela.
— Acontecendo o que?
— Pensei que já sabia dos estranhos surtos da Thompson e de suas visões, mas estou vendo que não. — Snape o olhou com desprezo — O que se esperar de você...
Snape foi para a frente da garota e viu os mesmos olhos púrpura daquele dia.
— Preciso de alguma coisa que abaixe a febre...
— V-vou pegar um pano gelado no meu escritório. — disse o professor Warren saindo correndo, de novo.
Enquanto todos os alunos, acompanhados pelos moradores de Hogsmeade gritavam e faziam a maior zona, Snape só pensava em algum jeito de abaixar a febre de Erina. A garota não se mexia em nenhum momento, mas virou a cabeça ao ver Ninfadora Tonks se aproximando dela com duas garrafas de cerveja amanteigada.
— Bebidinhas... — Tonks entregou a garrafa para Erina que pegou na hora — Olhos maneiros. Magia ou lentes? Ou será que andou fazendo alguma poção polissuco para se transformar na Mérula, hein?
— Vá embora, Tonks. A senhorita Thompson está passando mal...
— E o que ela tem?
Tonks descobriu rápido quando viu Erina segurando a garrafa com tanta força que a quebrou, misturando o líquido com o próprio sangue dos cortes na mão. Depois, sem ao menos expressar nenhuma reação agarrou o pescoço da garota de cabelos rosas e a levantou para o alto, com todos no Salão vendo. Tonks sentiu o quão a pele da garota ardia, queimando seu pescoço junto com o sufocamento.
— E-Erina? O que e-está fazendo? S-sou eu, Tonks...
— Solte-a Thompson... por favor...
Erina começou a voltar a si e quando se viu enforcando Tonks a soltou rapidamente e começou a chorar. O pescoço da garota tinha uma mistura estranha de cerveja amanteigada com sangue e leves queimaduras, mas o que realmente fora o pior era a tosse.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Great
Fanfiction1988-1989. Erina Thompson, com quase dezesseis anos e prestes a entrar no quinto ano da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts descobriu que amar o professor de poções Severo Snape não é uma tarefa fácil - e pode até ser algo arriscado na maioria da...