[39] A Hora dos NOM's

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Dias se passaram desde a violência, e Erina ainda continuava na Enfermaria recebendo todos os cuidados necessários desde então. Quase todos os alunos de Hogwarts vieram lhe prestar sua condolências ao que aconteceu e alguns chegaram a dar presentes... muitos alunos da Sonserina que viviam grudados em Georgino e Elder — incluindo algumas meninas como Josi Pendleton, da mesma turma — foram lá pedir desculpas. Quando Josi veio, Erina notou uma enorme semelhança dela com o professor Snape: sobrancelhas grossas, nariz pontudo, cabelos e olhos negros. Até pensou que poderia ser alguma parente dele, mas não iria perguntar isso.

— Obrigada... por estar aqui, Josi. Você... era uma das melhores amigas do Georgino e do Elder, e bem...

— Sim, sim eu sei. Ainda te odeio, Thompson, mas não a ponto de querer que algo desse tipo acontecesse. Foi nojento, asqueroso. Esses merdinhas nunca valeram nada mesmo. Hoje estou mais livre, com meu próprio bando. Eu era considerada a menina mais bonita do nosso ano lá na Sonserina e sempre estranhei eles querendo algo comigo e me puxando o saco. Está aí o motivo... e-eu poderia ter sido a próxima vítima deles.

— Você é muito bonita Josi e merece esse título. Me lembra até uma pessoa...

— Quem? O professor Snape? Já me disseram isso... ele é mesmo um homem deslumbrante, mas creio que você não vá achar o mesmo... todos a não ser a Sonserina o acham horroroso, um monstro.

— Eu não diria isso... o professor Snape é sim um homem bonito. Problema é que as pessoas só vem a beleza exterior e não a interior, sabe. Snape é um excelente professor o que falta nele é ser mais compreensível com os alunos, especialmente os da Grifinória.

— Que estranho ouvir isso de uma corvinal... bem que falam que vocês são esquisitos. — Erina não respondeu — Vou nessa. Se cuida, Thompson.

Erina sentiu uma ponta de ciúmes em seu coração, não por só Josi ser extremamente parecida com Snape, mas também por manter uma certa feição... o jeito em que falava dele soava amoroso demais para seu gosto. Erina esqueceu daquilo e foi se adiantar para os NOMs que estavam batendo na porta e também para quando iria aprender magia sem varinha e a aparatação.

Mas naquela noite, Erina tivera um pesadelo com Georgino e Elder... seus cadáveres mutilados e andando como Inferi lhe perseguiam... Georgino sem os dentes da frente e Elder com o rosto sem nenhuma pele e apenas ossos corriam atrás e gritavam palavras imundas e amaldiçoadas. Ela acordou com um berro na Enfermaria que fez até Madame Pomfrey acordar para ver o que tinha ocorrido.

Na manhã seguinte ao café da manhã, o professor Flitwick ainda extremamente abalado veio lhe visitar e ela acabou contando o seu sonho.

— F-foi horrível... e-eles estavam mutilados e gritavam coisas imundas para mim...

— N-não pense mais nestas coisas senhorita Thompson. Foi apenas um sonho, só isso... concentre-se nos seus NOMs, certo?

Erina só queria saber quando poderia sair daquela Enfermaria e ver os seus amigos; Ever, Hal e Deborah já tiveram alta e só Zara permanecia ao St. Mungus por causa do seu braço decepado. A verdade é que Madame Pomfrey estava lhe segurando porque tinha medo que mais alguma coisa acontecesse, assim revelou o professor Snape quando veio visitá-la.

— Sério? Ela está com medo?

— Aparentemente sim. É a primeira vez que um crime desta natureza acontece em Hogwarts e ela... ficou um pouco traumatizada, apavorada com o fato dos dois ainda estarem "a solta".

— Por que não conta a verdade para ela? Assim eu posso sair daqui e a gente começar nossas aulas.

— Não posso. Apesar de termos como comprovar que aconteceu o estupro, eu posso ser preso por matar dois adolescentes. E não só eu, mas o Warren e o Hagrid também.

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