[31] A Sexta Tarefa

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Acabou e não há chances de volta, assim disse o professor Snape.

Erina voltou para o seu quarto arrasada e se algum de seus parentes estava na sala de estar quando chegou em prantos, ela não teria dado a mínima para o que eles estavam falando. Chegou no quarto e se deitou na cama, chorando muito. Sua mãe havia lhe chamado para jantar, mas tudo que Erina queria era chorar e chorar. Tudo estava terminado e ele não iria perdoá-la jamais. Muita coisa estava envolta de sua mente; as coisas horríveis que viu na penseira e os gritos de Snape. Tudo aquilo a atormentou até que caísse no sono.

Para piorar a situação, ela ainda teve pesadelo, mas não com a Pisadeira. Estava sonhando com o pequeno Snape e aquele homem terrível que era o seu pai. A mesma cena do estupro, só que com ela sendo Eileen. Foi desesperador, melancólico e o pior de tudo foi ter acordado na manhã seguinte com uma forte dor de cabeça e olhos inchados.

Erina não queria sair daquele quarto e não queria comer. Sua mãe havia berrado umas cinco vezes para que ela tomasse café, mas não deu nenhuma resposta. Pegou um de seus livros e fez o que ela mais gostava na vida: ler. Adquirir conhecimento e ser mais sábia.

E foi naquele instante que teve uma boa ideia.

Erina vai obliviar todos aqueles que sabem, incluindo o senhor Newt e o professor Warren. Poderia ser uma das alternativas para conseguir seu amor de volta. Saiu do quarto e foi até o banheiro lavar o rosto e ir tomar o café da manhã. Para a sua felicidade, nem sua mãe e nem sua tia estavam lá, apenas o seu primo.

— O que aconteceu ontem, prima? Tia Lau chamou, chamou e você não respondeu. Hoje no café foi a mesma coisa e... — ele percebeu que o semblante dela não era nada bom — Prima... que olhos são esses? V-você estava chorando?

— Estou bem, primo. Não precisa se preocupar comigo. Vou comer rápido porque preciso fazer algo importante.

Era difícil ter que tomar essa decisão de obliviar todos eles, mas não dava mais. Tomou rápido o café da manhã e saiu do apartamento em busca de todos os seus alvos para obliviar. Encontrou primeiro o senhor Lupin conversando com Deborah Howard sentados em uma mureta. Ela correu até alguns arbustos e se agachou atrás deles, apontando a varinha e murmurando Obliviate um pouco alto para atingir os dois ao mesmo tempo. Rapidamente os efeitos começaram a ser sentidos.

— Senhor Lupin... notou isso?

— Notei o que?

— P-parece que algo foi tirado do meu cérebro... uma lembrança que envolvia alguém...

— Quem?

— Não sei... acho que o professor Snape. O senhor lembra?

— Se for sobre a Dora se transformando nele no dia da festa, quero mais é esquecer daquilo.

Erina correu agora para procurar o resto das pessoas que sabiam de seu segredo, mas não encontrou ninguém na praça principal. Deixou então a baixada e foi procurar pelo paredão de areia e encontrou Mérula Snyde observando a paisagem do rio. Andou calmamente até ela, apontou a varinha e disse Obliviate. A monitora da Sonserina logo foi atingida e se esquecendo de tudo que sabia sobre ela e Snape.

Agora faltava o professor Warren, o senhor Newt e os seus melhores amigos. Por mais que doesse ter que obliviar Ever, Hal e Zara era o certo a se fazer.

Ficou rodando e rodando a cidade em busca deles e voltou para a pracinha da fonte do índio de prata para dar uma descansada depois de ter andado tudo aquilo, e para a sua sorte o senhor Newt estava andando por lá e conversando com Iara Park, a assistente do segundo andar da Casa de Repouso. Um pouco insegura, Erina apontou a varinha para perto de suas costas e disse Obliviate que o atingiu em cheio.

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