[6] Torneio Tribruxo das Américas

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— Vamos logo, Erina.

— Já vou mamãe.

Erina Thompson pegara suas três malas — duas com roupas e uma com livros — e as colocava sob o porta malas do Opala vinho 1980 da senhora Thompson. A casinha de Greta ia no banco de trás, para desagrado de sua mãe.

— Mas ainda insiste em colocar a gata ai.

— Claro mamãe. Eu já falei para a senhora que a Greta não gosta de lugares escuros.

Erina estava extremamente nervosa por aquele ano letivo. Torneio Tribruxo das Américas, NOMs (Níveis Ordinários de Magia) apavorando todos os alunos do quinto ano, — mesmo que seja no fim do ano — funções como monitora e o pior de todos: tratar Snape como professor e não como namorado. Esconder de todos o que está na cara não é algo muito fácil, mas ela precisa tentar. Pessoas demais já sabem — Zara, Ever, Hal e agora Tonks — e talvez, não demore para que também os professores saibam, especialmente o professor Flitwick, aquele que mais lhe admira.

Fazia um dia lindo em Londres. Erina via pela janela do carro, mais alunos de Hogwarts se dirigindo a estação de King's Cross para pegar o Expresso de Hogwarts. Alguns ela conhecia de vista e outros eram de sua casa. — jurava ter visto Tulipa Karasu caminhando sozinha até a estação com suas malas e vassoura de quadribol presa sobre uma delas — A senhora Thompson estacionou e as duas foram para a plataforma 9¾, mas aquele dia o lugar estava completamente cheio.

— Mamãe... o que faremos? — perguntou Erina — Tá cheio de trouxas hoje...

— Temos que passar de qualquer jeito. Só esperar os trouxas se afastarem um pouco. Você, claro, vai primeiro.

— C-certo...

— Ora, mas tá com tanto medo assim dos trouxas, Erininha?

Aquela voz. Como era bom reconhecê-la. Erina logo viu Ever Molin, sua melhor amiga e correu para lhe dar um abraço. Estava acompanhada seu pai, o senhor Jackson Molin.

— Não serão trouxas que vão nos impedir de passar...

— Mamãe... essa é a Ever e o pai dela, o senhor Molin. — disse Erina apresentando os dois a sua mãe.

— Prazer em conhecê-las. — o senhor Molin acenou com a cabeça e Ever fez um joinha com as mãos.

— Vamos logo senão a gente perde o trem.

— Calma Ever. — disse o senhor Molin — Temos que esperar os não-maj se dispersarem.

— Acho que já dá para as meninas passarem. — disse a senhora Thompson.

Parte das pessoas já tinham ido embora. Erina foi a primeira a passar pela mureta que dividia as plataformas 9 e 10 da estação, chegando brevemente na plataforma 9¾, onde mais bruxos e bruxas levavam seus filhos para o impotente Expresso que cuspia fumaça mesmo antes de sua partida. Atrás da mureta, vieram Ever, o senhor Molin e a senhora Thompson. Ever foi a primeira a entrar e se despediu de seu pai enquanto que Erina foi a última e começou a chorar ao ter que se despedir de sua mãe.

— Adeus mamãe. Vou sentir muito sua falta.

— Não chore, querida. Aposto que vamos nos ver muito em breve neste ano.

— C-como assim?

— Surpresa. Agora entre antes que o expresso comece a se mexer e você fique.

— T-tá bom. Tchau, mamãe.

Erina embarcou no trem e procurou o vagão que Ever estava; bem no fundo, quase nos últimos lugares da estação. Pegou suas bagagens e colocou no bagageiro mais com a casinha de Greta.

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