[24] O Misterioso Senhor Alvim

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N/A: Este capítulo em especial possuí bastante palavrões e xingamentos. Sigam com cautela. 


1

Deborah Howard levou Erina Thompson para uma espécie de heliporto formado por terra batida que estava estacionado o dirigível da Ilvermorny. A garota da Grifinória entrou na cabine de comando, que era coberta de ouro e com um leme de pedra mármore lapidada que parecia ter sido feito para aquele veículo em si. Nos fundos da cabine havia uma porta trancada que era o acesso interno para os alunos, professores e funcionários da escola.

— É aqui onde fico para estudar e "fugir do mundo" enquanto estamos nesta escola. O piloto da Ilvermorny foi muito gentil em deixar que eu ficasse na cabine de comando com a condição de não tentar xeretar o que tem além da porta do dirigível, mas isso não me interessa. Como poucos alunos ficam aqui nós podemos ficar sossegadas por um tempinho... — Deborah se sentou em uma das cadeiras de couro da cabine, dando um sorriso para uma Erina chorosa e muito tristonha — Agora me conte o que está acontecendo. A essa hora você deveria estar no torneio junto com os seus amigos, a não ser que tenham perdido para a Sonserina... é que... os mestres de poções estão todos lá né?

— Quem dera fosse, Deborah... o-olha... você promete que não vai contar para ninguém?

— Claro.

— É que... você estava certa. Eu gosto do professor Snape e namoro ele.

— Eu sabia. Eu não acreditei quando me disse que era mentira... sabe eu não gosto do Snape, assim como qualquer outro grifinório, mas é tão bonitinho o jeito que você ficava olhando para ele nas poucas aulas de poções que tivemos juntas. Eu lá quietinha no fundo te olhando, apaixonadíssima para ele. Não te condeno até porque... — Deborah deu uma risada sem graça — ... gosto muito do professor Warren, só que ter uma paixão com ele é quase impossível; vinte anos de diferença mano... pelo menos você e o Snape é só doze anos...

— Isso não quer dizer absolutamente nada. Você pode sim namorar o professor Warren, só precisa falar para ele o que sente. Foi assim entre eu e o professor Snape, ou quase... — Erina deu um risinho e coçou a nuca — B-bem... mas como eu te disse na primeira vez que conversamos, posso te ajudar a conquistá-lo.

— A-acho que vou aceitar sua ajuda... se me contar o que aconteceu para estar tão triste.

Erina sentou em uma das cadeiras e virou-a para a direção de Deborah. Não aguentando, Erina chorou mais e enxugou precocemente as lágrimas expostas com os olhos avermelhados e inchados.

— Professor Snape... xingou um professor da Castelobruxo de mestiço imundo.

— Que? Quando foi isso?

— Agorinha de pouco, no torneio. Ele não havia aparecido junto com os outros que formam a equipe da Sonserina e eu fiquei assustada e preocupada, achando que tinha acontecido algo de ruim. Só que aí, junto com o professor Warren... o professor Snape acusou o professor de poções da Castelobruxo de tentarem matar ele.

— E aí o Snape o xingou.

— Não. Ele xingou o professor Alvim. Ele apareceu para tentar se defender das acusações do professor Snape, já que também foi citado junto com esse Ramiro, e aí... — Erina chorou mais naquela parte — o professor Snape gritou: "ninguém pediu sua opinião, seu mestiço imundo" e a diretora da Castelobruxo expulsou ele do salão...

— Caramba que barra. Tadinho do professor Alvim. Snape é um cara nojento, sabia? Ok, ok ele é teu namorado, mas... não justifica ele ter xingado o Alvim desse jeito, mesmo que ele tivesse feito aquilo. Mas então porque você está chorando desse jeito?

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