Eroda || DRARRY

Just Hold On

Draco Pov

- Ei, Draco - Me virei automaticamente na direção da porta ao ouvir a voz saudosa - Você está uma droga! - Observou, me fazendo revirar os olhos.

- Obrigado pelo elogio, Weasel - Resmunguei de má vontade, terminando de assinar todas as linhas do documento que precisava deixar com o supervisor avisando que estaria na Mansão do Riddle para a investigação do caso de Harry.

- Parece que foi atropelado por um hipogrifo. Uma manada deles - Insistiu entrando dentro da minha sala, sem pedir permissão para isso, o que me fez revirar os olhos mais uma vez.

Weasley era um amigo que eu não sabia como havia feito.

Éramos pessoas completamente opostas, ele me irritava na maior parte do tempo, e tinha uma inteligência muito limitada.

Ao mesmo tempo em que parecia odiar todas as minhas atitudes, modos e formas de viver, ele simplesmente não sumia da minha vida, como todas as outras pessoas que conheci.

Estava sempre ali, como uma pedra no sapato que você não consegue tirar, e depois de um tempo acaba apenas... Se acostumando.

Quando a Toca, casa dos Weasleys, foi queimada em um ataque de comensais, todos eles decidiram se espalhar e cada um ficou abrigado em um dos esconderijos da ordem.

Weasley acabou indo ficar no Largo do Grimmauld, e foi lá que essa estranha amizade surgiu.

Antes disso, na escola, não tínhamos contato algum embora eu soubesse que ele e toda sua família faziam parte da Ordem. Meu disfarce era secreto para todos, então eu não podia me aproximar de ninguém para não erguer suspeitas.

Mas ao nos vermos trancados durante muito tempo dentro do mesmo local, nós realmente nos tornamos algo que as pessoas costumam chamar de melhores amigos, embora eu sinceramente achasse o termo um pouco infanto-juvenil demais para ser aplicado.

Ele havia ingressado no esquadrão de aurores, optando por não terminar o último ano na escola assim como eu.

- Consegui uma pista - Contei por fim, sentindo que ele me olhava curioso - Que talvez ajude no caso do menino Potter.

- É engraçado você o chamar de menino Potter. Sabe que ele não é muito mais novo do que nós, não é?

- Ás vezes esqueço desse detalhe. As fotos que Sirius me mostrou são de uma criança - Dei de ombros.

Eu havia visto várias fotos, para tentar supor como o menino poderia ser hoje em dia, porque sete anos mudam muita coisa, e talvez isso dificultasse as coisas.

Mas tinha ao meu favor a cicatriz em forma de raio na testa dele.

Para ajudar, havia criado projeções de como ele poderia estar agora, e contava que isso bastaria.

Não seria difícil de reconhecer, certo?

- Onde você vai estar? - Questionou me olhando com curiosidade.

- Mansão dos Riddle - Informei vendo ele assentir - Em Little Hangleton.

- Vai levar reforços?

- Sabe perfeitamente que ninguém do esquadrão quer pegar o caso do garoto Potter - Dei de ombros - A missão é minha, Robbs já avisou que não vai dar suporte porque fui eu quem quis reabrir o caso.

Ninguém tinha se manifestado para fazer parceria e me ajudar. Todos achavam ser perda de tempo, e nenhum dos novatos queria pegar um caso que talvez não fosse resolvido e não gerasse creditos.

E além disso, nosso chefe havia me deixado abrir o caso que estava há anos arquivado, mas ainda assim disse que não poderia mover agentes para trabalharem nisso comigo.